Por: Redação
O Barómetro Informa D&B apurou que no primeiro trimestre de 2025 foram criadas 14.909 novas empresas em Portugal, refletindo uma descida de 1,9% face ao mesmo período do ano passado. Destaque para menos 490 constituições ligadas às “atividades de transporte de passageiros, a pedido, em veículo com condutor”.
Segundo os dados obtidos, o setor da construção manteve a tendência positiva dos últimos cinco anos com mais um ano de crescimento na constituição de empresas.
Por outro lado, o setor da agricultura e outros recursos naturais apresentou o maior crescimento percentual do trimestre.
Outros setores que registaram um aumento no número de novas empresas foram o das atividades imobiliárias (+23%; +322 constituições) e das indústrias (+8,5%; +49 constituições).
No entanto, a descida na criação de empresas foi sentida na maioria dos setores, sendo mais acentuada nos transportes (-25%; -346 constituições). Em particular, nas “atividades de transporte de passageiros, a pedido, em veículo com condutor” que sofreram uma redução de 46% (-490 constituições).
Ainda segundo os dados recolhidos, a Grande Lisboa concentrou a maior parte da quebra na constituição de empresas, com uma descida de 4,9% (-212 constituições). Os setores dos transportes e tecnologias da informação e comunicação foram os mais afetados.
Primeiro trimestre de 2025 regista descida no número de encerramentos de empresas
Entre janeiro e março, registaram-se 2357 encerramentos de empresas, o que traduz uma descida face ao mesmo período do ano passado.
No acumulado dos últimos 12 meses, fecharam 13.661 empresas, menos 12% do que o registado no ano anterior. Esta queda foi generalizada em todos os setores, com exceção do dos transportes, que registou um aumento de 10% nos encerramentos (+83).
Outro dado relevante em análise neste trimestre foi a redução das insolvências, 507 empresas iniciaram um processo de insolvência, representando uma descida de 7% (-38) face ao primeiro trimestre de 2024.
A indústria lidera esta tendência de queda, especialmente nos segmentos de têxtil e moda (-48%; -51 insolvências), especialmente nos distritos de Braga e Porto. Por outro lado, os serviços empresariais registaram um aumento de 70% nas insolvências (+21), impulsionado pelos serviços de apoio às empresas (+83%; +20 insolvências).