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Empresas de Crescimento Elevado
Empresas de crescimento elevado estão presentes em todos os setores de atividade e em todas as regiões do país (Foto: Unsplash)

Empresas de crescimento elevado registarm aumentos de 150% no emprego e de 56% no volume de negócios

Por: Diana Mendonça

Entre 2017 e 2020, as empresas de crescimento elevado (ECE) registaram um aumento de 150% no emprego e de 56% no volume de negócios, de acordo com os dados do estudo da Informa D&B.

Em Portugal, existem 1.565 empresas de crescimento elevado, representando 0,4% do tecido empresarial português. Estas empresas são responsáveis por 10% do emprego gerados entre 2017 e 2020. Com um total de 135 mil empregados ao fim de três anos, o crescimento das ECE neste período foi de 150%, gerando 87 mil novos postos de trabalho.

Quase metade das empresas de crescimento elevado (48%) são exportadoras e, ao longo destes três anos, realizaram vendas de 2,8 milhões de euros para os mercados externos. Em 2020, o volume de negócios conjunto das ECE atingiu 12,9 mil milhões de euros, o que traduz um crescimento de 56%, face ao início do período.

“A agilidade e o sentido de oportunidade das ECE, que as conduz a rápidos crescimentos, revelam-se sempre muito importantes para a economia, desde logo pelo emprego que criam, mas também porque são um estímulo para outras empresas que, pertencendo à sua cadeia de valor, beneficiam com o ritmo acelerado do seu crescimento”, explica Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B.

As empresas de crescimento rápido estão presentes em todos os setores de atividade e em todas as regiões do país. O setor da Indústria, Construção, Serviços empresariais e Tecnologias de comunicação e informação são os que registam o maior número de ECE. Em conjunto, estes quatro setores geram dois terços de todo o emprego criado pelas ECE neste período.

Já a nível das regiões, existe um predomínio das ECE na região norte (37%), seguida da Área Metropolitana de Lisboa (30%). Apesar da região norte ter mais empresas, é a região de Lisboa que gera mais emprego (43%).

O número de ECE e a capacidade de criação de emprego ficaram afetados pela pandemia, registando uma quebra de 22% face ao período anterior de 2016-2019. Em termos de postos de trabalho, de um período para o outro, foram gerados menos 37 mil novos empregos.

Apesar dos impactos da pandemia, estas empresas obtiveram bons resultados e, inclusive, algumas subiram de escalão, deixando de ser empresas de pequenas dimensões. Isto, deve-se ao facto das ECE terem um reduzido risco de failure e à sua capacidade de resistência.

Consideram-se empresas de crescimento elevado, todas as empresas que tenham no mínimo 10 colaboradores e um crescimento orgânico médio anual de empregados superior a 20%, durante três anos consecutivos. O rápido ritmo de crescimento e a capacidade de inovação são duas caraterísticas que distinguem estas empresas.