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Sete em cada dez empresas portuguesas têm como objetivo crescer em 2023 e a maioria quer reforçar a aposta no recrutamento (Fonte: Pexels)

Estudo revela perspetivas otimistas de crescimento nas empresas portuguesas

Por: Filipa Ribeiro

A Neves de Almeida HR Consulting, uma consultora de gestão especializada em recursos humanos, revelou as conclusões do relatório “2023: o que vai mudar na gestão de pessoas”, em conjunto com o ISCTE Junior Consulting, que traça um retrato do que será a realidade do mercado de trabalho na gestão das pessoas este ano.

De acordo com os resultados, sete em cada dez empresas portuguesas têm como objetivo crescer no ano de 2023, independentemente da sua dimensão, e a maioria quer reforçar a aposta no recrutamento.

No seguimento do estudo, os objetivos de crescimento são transversais a todos os setores analisados, sendo o dos Transportes e Infraestruturas o mais otimista dado que a totalidade dos inquiridos antecipa um forte crescimento ainda este ano (100%). Seguem-se os setores da Energia (86%), e da Saúde e Farmacêutico (83%). Com perspetivas menos positivas, encontram-se os setores da Indústria, Retalho e do Turismo, que esperam manter ou até mesmo reduzir o negócio em 2023.

À visão de crescimento, junta-se a necessidade de reforçar a força laboral. Cerca de 44% das empresas inquiridas preveem aumentar o número de trabalhadores da empresa e 37% igualar o número face ao ano de 2022. Esta aposta no recrutamento será mais significativa no setor da Energia, seguindo-se o do Turismo e o das Tecnologias, Media & Telecomunicações (TMT), em áreas de IT, RH, Marketing, Comercial e Financeira.

Fenómeno que, segundo Pedro Rocha e Silva, CEO da Neves de Almeida HR Consulting, pode ser explicado “pelo ambiente competitivo que existe relativamente à procura de talento”, onde as empresas entendem que “só através de colaboradores qualificados conseguirão potenciar o seu negócio”.

Na aposta no talento, as necessidades e os objetivos diferem. De acordo com os dados do relatório, as pequenas empresas estão mais focadas na atração de talento, as médias na retenção, e as grandes companhias no engagement (em empresas com menos de 1000 colaboradores) e na retenção de talento (com mais de 1000 colaboradores).

O CEO das Neves de Almeida HR Consulting considera ainda que as empresas não ficaram indiferentes às inúmeras adversidades que ocorreram ao longo do ano passado, como a guerra na Ucrânia e o aumento da inflação, independentemente da sua dimensão ou setores em que operam.

E como não há empresas sem pessoas, assistimos a uma valorização crescente dos colaboradores e do seu bem-estar, ao mesmo tempo que se reforça a urgência de aplicar corretamente estratégias de gestão. Só assim será possível assegurar a resiliência dos negócios, perante mais um ano que continuará a pôr-nos à prova“, sublinhou Pedro Rocha e Silva.

No estudo “2023: o que vai mudar na gestão de pessoas” participaram 200 CEO e diretores de recursos humanos de empresas relacionadas aos setores dos Serviços, Retalho, Transportes e Infraestruturas, Financeira, Energia, Saúde e Farmacêutica, Turismo e das TMT.