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Trabalho híbrido
A continuação do trabalho híbrido é um desejo geral (Foto: Pexels)

Estudo revela que manter trabalho híbrido é um desejo geral

Novo estudo mostra que o trabalho híbrido não durará tanto quanto se espera. Nele também os benefícios e desafios desta nova forma de trabalhar são expostos e o desejo geral em continuar neste regime laboral a partir de casa.

De acordo com a pesquisa da consultora de recrutamento global Robert Walters, mais da metade dos trabalhadores expressam a noção de que o regime híbrido não veio para ficar, pela falta de equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. Dos 2000 inquiridos, 55% teme que o regime de trabalho híbrido não durará muito mais tempo, ao contrário do que desejariam.

Para alguns, os modelos de trabalho híbrido não testados provocaram dias de trabalho mais intensos, como serve de exemplo a participação necessária em reuniões presenciais e virtuais, deixando-os, consequentemente, sobrecarregados e exaustos. O estudo adianta que 85% dos inquiridos estão expectantes face a uma maior flexibilidade para trabalhar a partir de casa e 78% afirmam que não aceitarão um novo emprego até que esta flexibilidade não seja acordada.

Citado no comunicado, François-Pierre Puech, country manager da Robert Walkers Portugal comenta: “Embora a mudança para o teletrabalho tenha sido quase instantânea, precisamos reconhecer que foi por necessidade. O retorno ao trabalho deve ser gradual, tanto os empregadores quanto os funcionários devem usar este ano para testar uma variedade de estilos de trabalho, desde o trabalho híbrido até à possível remoção do tradicional 9-5 de uma forma mais permanente”.

Segundo a pesquisa, estima-se que o trabalho híbrido poderia vir a “adicionar mais de 48 bilhões à economia a cada ano”, o que permitia a cuidadores, pais e pessoas com deficiência participar com mais afinco nas tarefas laborais. No total, o estudo assume que o aumento do trabalho híbrido pode significar que 3,8 milhões de pessoas adicionais poderiam entrar na força de trabalho de uma organização.

O cuidado infantil é uma outra questão fulcral, já que um relatório mostra que estes ainda são afetados pela Covid. François-Pierre Puech refere que os números neste campo não voltaram ao normal, apesar de haver já um levantamento da maioria das restrições antes impostas pela pandemia, e afirma: “Em um momento em que o setor clama por maior apoio, dados mais detalhados sobre as mudanças nos níveis de ocupação forneceriam uma imagem muito mais clara do impacto da pandemia nos negócios da primeira infância”.