De acordo com os últimos dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de bens cresceram cerca de 6,3% nos primeiros três meses do ano em termos homólogos, contribuindo assim para atenuação do saldo deficitário da balança de bens.
A Associação Empresarial de Portugal (AEP), após analisar os últimos dados recolhidos pelo INE, concluiu que “após uma queda de -10,2% em 2020, as exportações de bens cresceram 6,2% no 1º trimestre deste ano em termos homólogos”. Ainda que os mercados e as empresas permaneçam num ambiente de incerteza, os resultados obtidos evidenciam “grande resiliência e a importância crucial de manter os apoios públicos”.
O comunicado da AEP dá conta que “a retoma começou em fevereiro e se acentuou em março” com variações face ao mesmo período do ano anterior, cerca de 2,6% e 28,8%, respetivamente, “após -10% em janeiro”.
No que respeita aos mercados, a maior contribuição para a retoma das exportações deve-se a Espanha, com cerca de 2,3% no primeiro trimestre e 7,6% já em março, e França com o equivalente a 1,4%. A AEP destaca ainda o Reino Unido, os Estados Unidos e Itália como sendo “contributos relevantes de outros grandes mercados”.
Relativamente aos grupos de produtos, as maiores contribuições chegaram do Material de Transporte, que teve um aumento de 1,4% nos primeiros três meses, e das Máquinas e Aparelhos e dos Metais. No passado mês de março, a AEP considerou o conjunto dos plásticos e borracha e dos combustíveis como sendo um grupo de produtos significativo.
O comunicado refere ainda a situação das importações que demostra uma tendência a diminuir, cerca de “-5,3% em termos homólogos, após -15,1% em 2020”. Estes resultados contribuíram para “uma atenuação do saldo deficitário da balança de bens e uma melhoria da taxa de cobertura (para 85,4%, após 76,1% no trimestre homólogo”.