O grupo Fiat Chryslet (FCA) arrisca uma multa que pode ir até aos 4,6 mil milhões de dólares (cerca de 4,4 mil milhões de euros) caso a Agência de Proteção Ambiental (EPA) norte-americana prove que foi instalado software defeituoso em 104 mil carros vendidos entre 2014 e 2016, fazendo-os escapar aos limites de emissões poluentes.
Em causa está o software utilizados nos modelos Grand Cherokee e Dodge Ram 1500, vendidos nos Estados Unidos entre 2014 e 2016.
Antes, os títulos da Fiat Chrysler foram suspensos, quinta-feira, na Bolsa de Milão, depois de informações que davam conta da acusação de manipulação de emissões em veículos a gasóleo nos Estados Unidos.
“Continuamos a investigar a natureza e o impacto desses dispositivos. Todos os fabricantes de automóveis devem jogar pelas mesmas regras e vamos continuar responsabilizar as empresas pelas suas ações”, disse Cynthia Giles, do departamento de segurança da agência norte-americana de Proteção Ambiental.
Já Sergio Marchionne, CEO do grupo Fiat Chrysler, rejeitou quaisquer ilegalidades.
“Isto não faz qualquer sentido. Não fizemos nada ilegal. Nunca foi nossa intenção criar condições para que fossem desenhados dispositivos para enganar nos testes”, disse.
No caso dos dois modelos referidos, há suspeitas de violação das normas ambientais, nomeadamente nos níveis de óxido de azoto (NOx).
O caso deve, agora, ser resolvido pela administração de Donald Trump, que nomeou um novo responsável para a EPA e que é crítico da legislação em vigor.