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Cimeira de Liderança
Painel de oradores no quarto dia da Cimeira (Foto: Cimeira Lusófona de Liderança)

Formação e Aprendizagem marcam penúltimo dia da Cimeira de Liderança

O penúltimo dia da Cimeira Lusófona de Liderança teve como tema central “Formação e aprendizagem nas organizações” e contou com novos painéis de oradores que debateram ideias e partilharam experiências pessoais com os participantes do evento.

O painel que contou com a presença de Pedro Mendes, professor no ISCE Cabo Verde, José Crespo Carvalho, presidente, CEO e membro da comissão executiva do ISCTE Executive Education, Naiole Cohen dos Santos, strategic board advisor e co-fundadora na ACGA, e Carlos Pin Vaz, executive senior partner da African Talents, teve como tema central: “Estão as empresas e as universidades a colaborar ativamente para a formação dos novos líderes?”.

Naiole Cohen defende a urgência de haver uma maior clareza no ensino universitário para que se formem líderes claros, informados, compreensivos e de fácil compreensão e José Crespo alertou para a importância do conteúdo e da forma na educação académica.

“O mundo em cinco anos mudou completamente, ou seja, se há cinco anos as empresas preocupavam-se com a perspetiva de olhar para o consumidor enquanto ser humano, nós hoje temos um tsunami digital e tecnológico a acontecer e não temos ferramentas para lidar precisamente com esse tsunami digital e tecnológico”, acrescentou Pedro Mendes.

O painel que debateu sobre o tema “Que modelos e metodologias utilizar para acelerar a aprendizagem nas Organizações?”, teve como oradores Gladys Dinis, diretora de recursos humanos no BFA Angola, José Lourenço, diretor de recursos humanos na Prosegur, Miguel Pinto, managing director na Continental Advanced Antenna Portugal, e Marco Victor, life strategic.

Os oradores recordaram a transformação digital que o meio laboral sofreu devido à pandemia e as adaptações que as empresas e os seus membros tiveram de fazer para que a nova forma de trabalhar funcionasse. Com isto, consideram que os líderes ficaram mais capacitados e mais ágeis por haver uma maior necessidade de agir rapidamente.

“Nós fomos sentindo que as pessoas começaram a demonstrar um interesse de autodesenvolver-se”, afirmou Gladys Dinis. A oradora acredita que os colaboradores, após a pandemia, estão mais envolvidos na busca de conhecimento e aprendizagens e estão mais dispostos à partilha. Marco Victor concordou em absoluto com a oradora ainda que, a seu ver, haja um longo caminho a percorrer.

O orador Luís Teles, CEO do Standard Bank Angola, discursou sobre a forma como os líderes conseguem desenvolver talento nas empresas. Começou por relembrar que o trabalho e o mindset sofreu grandes alterações, implicando novas formas de pensar enquanto líderes. “A “pool” global de talentos chegou e o talento tornou-se a nova moeda global, se as empresas tiverem a cultura certa, confiança e tecnologia para o aproveitar”, acrescentou.

O CEO alerta para o facto de os líderes terem o dever de compreender os fatores que influenciam as escolhas dos talentos, isto é, a compensação, o crescimento pessoal e ambiente, e o bem-estar, que tem muita relevância no momento da escolha. Para uma boa gestão de talentos, Luís Teles aconselhou os ouvintes a fazerem escolhas focadas, a procurar as melhores pessoas em cedências, a pensar na pessoa e não no processo e a priorizar a mudança de mindset.

Por fim, Susana Almeida Lopes, managing partner da SHL Portugal, apresentou um caso de estudo relativamente à Universidade Corporativa, destacando a motivação, os benefícios e as aprendizagens. A oradora explicou que as academias são muito relevantes para a formação mais académica, para acelerar o crescimento, para a gestão de conhecimento, para desenvolver competências e para complementar aprendizagens.