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BI Award for Innovation in Healthcare 2021 médicos medicina neurocirurgia GLIA
Projeto de telemedicina, na área de neurocirurgia, recebe prémio no valor de 25 mil euros, nos BI Award for Innovation in Healthcare 2021 (Foto: Unsplash)

GLIA vence os BI Award for Innovation in Healthcare

Já são conhecidos os projetos vencedores do BI Award for Innovation in Healthcare 2021. A equipa GLIA, do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), que apresentou um projeto de telemedicina na área da neurocirurgia, foi a grande vencedora.

Foram conhecidos ontem os projetos vencedores do BI Award for Innovation in Healthcare 2021. A iniciativa da Boehringer Ingelheim, que conta com o apoio institucional da Ordem dos Médicos, procura projetos “diferenciadores e inovadores para apoiar a retoma dos cuidados de saúde e o sistema saúde em Portugal”.

Este ano, a equipa GLIA, do Centro Hospitalar Universitário do Porto, foi a vencedora ao apresentar “um projeto sobre telemedicina entre um centro hospitalar de referência, na área de neurocirurgia, e diversas instituições da sua área de influência”.

O projeto consistia em criar, no serviço de neurocirurgia, “uma sala de teleconsulta com integração online através de uma plataforma digital, que permite uma comunicação atempada e imediata com os Cuidados de Saúde Primários, rede de Cuidados Continuados e Cuidados Paliativos e restantes Centros Hospitalares”.

Este projeto tinha como finalidade “otimizar os cuidados prestados aos doentes e, ao mesmo tempo, otimizar os recursos económicos e temporais para os profissionais de saúde e doentes”.

De acordo com a nota de imprensa, esta proposta “foca-se na dor lombar, patologia com impacto alargado na população”. A missão é melhor a qualidade de resposta aos doentes, de modo a reduzir o número de “deslocações e a dispersão de consultas e meios complementares de diagnóstico e terapêutica”.

Ainda assim, “a ideia é que o projeto piloto valide as premissas do projeto e que este venha a ser alargado a mais patologias, especialidades e zonas do país”, como se pode ler em comunicado.

Em segundo lugar ficou a equipa MyDHU, que apresentou o projeto de “Sistemas de Informação para apoio ao cuidador e ao utente – uma abordagem integrativa em Hospitalização Domiciliária”, que tem como finalidade otimizar o serviço de hospitalização domiciliária com recursos às TIC, de modo a facilitar o processo de comunicação.

O pódio ficou preenchido com a equipa Safer, que apresentou um projeto de identificação pró-ativa para referenciação rápida e segura de doente não covid. A equipa procurou com esta proposta “mitigar os efeitos da pandemia na acessibilidade aos cuidados de saúde”.

Aos vencedores será entregue um prémio monetário e serão “integrados num ecossistema adequado à sua aplicação, que permitirá a contribuição direta para a sociedade e a saúde dos portugueses”.

Para Vanessa Jacinto, Head of Market Access & Public Affairs da Boehringer Ingelheim Portugal, “é de facto bom saber que existe tanta gente com vontade de inovar e apoiar o sistema de saúde português como vimos pelo número histórico de candidaturas que recebemos e pela qualidade dos projetos que hoje distinguimos”.

A representante da Boehringer diz que este prémio tem como objetivo “melhorar a vida dos portugueses, melhorando a sua saúde”, pois só com esta missão é que o sistema de saúde será capaz de responder às necessidades dos utentes.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, explica que “com este concurso de ideias inovadoras, e muito em particular com estes três projetos vencedores, reforçamos que a inovação não é algo distante e que é possível ser desde já implementada”, reiterando que “é crítico que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) acarinhe esta vontade de fazer diferente, pelo que a valorização do capital humano significa não só por si, mas sobretudo porque são ideias que melhoram a qualidade de vida dos nossos doentes”.

A edição do prémio BI Award for Innovation in Healthcare 2021 contou, durante o período de Hackathon, com “mais de 260 sessões, mais de 1.500 interações nas salas de trabalho e somaram-se mais de 400 horas de trabalho”, sendo que, no final, os projetos vencedores foram escolhidos por um júri que atribui os prémios monetários de 25 mil euros, 15 mil euros e 7.500 euros aos primeiro, segundo e terceiro lugar, respetivamente. Esta edição ficou marcada pelo número elevado de candidaturas, cerca de mais de 100 equipas.