O governo português atualizou, esta quinta-feira, entre 0,9% e 1% os intervalos de rendimento que determinam as taxas de IRS a aplicar em retenção na fonte a trabalhadores por conta de outrem, na segunda correção do ano às grelhas que são utilizadas pelos empregadores para reter imposto.
Segundo o Ministério das Finanças, esta alteração irá ajudar a minimizar o imposto retido a mais neste ano em relação ao que deve ser liquidado no verão de 2023, depois do desdobramento de escalões que deverá ser aprovado com a proposta do Orçamento do Estado.
Contudo, os maiores ganhos expectáveis para a classe média (a partir do terceiro escalão de IRS), não deverão chegar este ano na forma de maior liquidez mensal, mas sim no acerto de contas final com o fisco.
A atualização tem impacto a partir dos 814 euros brutos mensais de rendimento, atual limite inferior do quinto patamar para retenções, que sobe aos 822 euros. Neste patamar, e na generalidade dos limites mais baixos dos cinco patamares que se seguem (até aos 1225 euros brutos, que passam para 1237), a atualização aproxima-se de 1%.
A partir dos 1321 euros brutos de rendimento mensal, a atualização de valores ronda os 0,9%.