A crise pandémica deixou um legado de dívida pública de cerca de 40 mil milhões de euros (20% do produto interno bruto), segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). No próximo ano, o défice público de Portugal medido em contabilidade nacional vai cair novamernte, de 4,3% do produto interno bruto (PIB) para 3,2%.
Segundo o Governo, mais de 15% da dívida pública total é dívida nova e consequência da crise deixada pela pandemia da Covid-19, já que o crescimento deste ano foi revisto em alta, em abril, para 4,8%.
Para 2022, está previsto um crescimento económico de 5,5%, perspetivando-se, ainda, uma descida do desemprego “para 6,5% da população ativa, atingindo o valor mais baixo de 2003”, de acordo com o executivo liderado por António Costa.
Segundo o OE2022 documento adianta-se que: “o défice orçamental situar-se-á em 3,2% do PIB, tal como previsto no Programa de Estabilidade e partindo de um défice estimado de 4,3% em 2021″.
“Em termos de finanças públicas, recorde-se o legado de dívida pública deixado pela crise pandémica, de cerca de 40 mil milhões de euros (20% do PIB)”, acrescenta o documento.
A tutela das Finanças declara, ainda, que “ao longo de 2021, a credibilidade externa foi novamente comprovada, com uma emissão histórica com taxa de juro negativa, a subida de rating por parte da agência Moody’s e a primeira emissão a 30 anos desde 2015”.