O Governo anunciou, esta sexta-feira, em Diário da República as tabelas de retenção na fonte de IRS para o ano de 2022. Estas tabelas entram em vigor a partir de janeiro e irão traduzir-se numa redução do IRS em 175 milhões de euros.
Segundo o despacho, o valor resulta do efeito combinado nas tabelas de atualização do salário mínimo nacional e de um novo ajustamento entre o valor retido mensalmente aos trabalhadores e o valor de IRS.
Em relação aos salários e às pensões até 710 euros mensais, estas deixam de fazer retenção na fonte em sede de IRS, segundo o despacho que fixa as tabelas de retenção. Além da subida do valor, as novas tabelas desenvolvem também um ajustamento das taxas de retenção aplicáveis aos diferentes patamares de rendimento de trabalho.
Sobre as simulações, um solteiro sem dependentes com um salário de 740 euros brutos terá a taxa de retenção na fonte a baixar dos 8% para os 4,5%; um solteiro, igualmente sem dependentes, mas com um salário de 900 euros passará a descontar menos um euro por mês, enquanto se o salário for de dois mil euros, irá descontar menos quatro euros.
No que concerne aos pensionistas, um pensionista casado, mas único titular com uma pensão de 710 euros, deixará de pagar IRS a partir de janeiro; já um casal de pensionistas com este patamar de pensões terá uma poupança anual com o IRS de 398 euros.
Segundo o Ministério das Finanças, a atualização das tabelas de retenção na fonte, nos últimos três anos, tornou-se num ajustamento de cerca de 500 milhões de euros.