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Alex Pacheco, coach que criou o método ação e poder (Foto: Divulgação)

“Harmonia aumenta a produtividade” – Alex Pacheco

Alex Paxeco, coach brasileiro que criou o método ação e poder e que trabalha, entre outros, com o piloto de MotoGP Miguel Oliveira, irá realizar um grande treinamento no Casino Estoril este fim de semana, para ajudar aqueles que precisam de autodescobrir-se. Em entrevista à PME Magazine, Alex Pacheco explica o que contribui para uma vida feliz pessoal e profissionalmente.

PME Magazine – Criou o método Ação e Poder. Em que consiste?

Alex Pacheco – O MAP é um treinamento de desenvolvimento pessoal de inteligência emocional em que são aplicadas técnicas para o desenvolvimento do autoconhecimento, principalmente por meio das emoções básicas: o medo, a raiva, a alegria e a tristeza. Colocamos, também, dentro do que é importante desenvolver, o amor. Tudo isso passando pelo desenvolvimento pessoal e pela autoconsciência. Ao longo desses anos, em diversos cursos e treinamentos que fiz, percebi que as pessoas, ao longo da vida, nos ambientes da escola e da família, trabalham muito a parte cognitiva, mas não a parte emocional. E essa perceção despertou em mim que isso era algo que deveria trabalhar na minha vida e na vida das pessoas, pois é justamente essa parte do nosso inconsciente que comanda a nossa vida e o desenvolvimento dessas emoções. A forma como essas emoções funcionam e como nós somos programados fez-me idealizar o MAP como ele é. Então, o MAP consiste nisso: no desenvolvimento pessoal através da programação neurolinguística e da neurociência, onde trabalhamos as quatro emoções básicas e o amor, sobretudo o amor próprio. As pessoas, hoje, amam-se muito pouco, e é por isso que existem tantos casos de depressão e suicídio.

PME Mag. – Como é que as pessoas podem tomar consciência dos seus bloqueios psicológicos e de como estes afetam o seu sucesso?

A. P. – É um despertar. Muitas vezes, as pessoas já têm noção do que as bloqueia, só que varrem isso para debaixo do tapete, por medo ou conveniência. É verdade que nem todos têm essa consciência, porque a principal função do inconsciente é proteger a pessoa, e talvez um trauma ou uma dor qualquer que ela tenha vivido na infância seja a causa desse bloqueio. Quando se faz esse trabalho no MAP, essa pessoa vai em busca do que está guardado no inconsciente dela, e aí vem o despertar para a existência desse bloqueio. A primeira coisa que precisa acontecer é reconhecer que existe o bloqueio. A partir daí, trabalhar para se enxergar nem melhor nem pior do que ela seja, mas sim para se conhecer exatamente como ela é na realidade. As pessoas são treinadas para verem muito mais o outro do que a si próprias. O que convidamos as pessoas a fazerem no MAP é olhar mais para si e para a auto-responsabilidade, que fará com que ela chegue ao protagonismo que ela merece ter na vida. Como afeta o sucesso depende daquilo que a pessoa considera sucesso. Há pessoas com sucesso financeiro e que, mesmo assim, têm muitos bloqueios. Eu acho que sucesso é extrair da vida o que ela quer, de facto, ter e ser na vida. O mais importante de a pessoa conseguir seus desbloqueios não é o sucesso numa determinada área da vida, mas sim encontrar o equilíbrio nas mais diversas áreas e, principalmente, o equilíbrio com ela própria. Hoje, as pessoas estão muito descontentes com elas mesmas, com o meio em que vivem. Quando elas despertam sobre elas próprias e trazem a responsabilidade do que acontece nas suas vidas para as suas mãos, elas tomam a diretriz e o comando do que vão fazer. É claro que não é possível controlar tudo, como a morte, como uma traição. Mas nós podemos controlar o rumo que vamos tomar em todas as situações. Eu costumo dizer que a vida é como um avião, em que a maioria das pessoas são os passageiros, simplesmente sendo levadas sem saber comandar. Quando a pessoa passa a ter o comando desse avião chamado vida, ela vai definir quem vai no seu avião, quem vai na cabine ao lado dela, que é o seu co-piloto, quem vai na primeira classe, na executiva e também quem não deseja ter a bordo – porque existe muita gente ao redor que não traz benefício nenhum, são pessoas tóxicas. 

PME Mag. – Como ultrapassar estas questões?

A. P. – Autoconhecimento, e principalmente entender que é o inconsciente que comanda a nossa vida. Quando existe essa perceção, podemos alinhar o inconsciente com o consciente, e potencializar tudo o que se quer. As pessoas aprendem por meio de um forte impacto emocional ou de repetições. No MAP, as pessoas passam por um grande impacto emocional para que a gente possa programar a vida e a mente delas, para que elas possam potencializar tudo o que querem para as suas vidas lá fora, na vida quotidiana.

PME Mag. – O que é que nos torna vencedores?

A. P. – O que é ser vencedor? Ser feliz, ter sucesso? São conceitos diferentes para cada um. A pessoa tem de se fazer essas perguntas para saber a sua própria resposta. Hoje, há um estereótipo de vencedor, de felicidade e de sucesso que é vendido pelos media, pelas famílias e pelas escolas, e esse estereótipo afasta as pessoas das suas verdades. Cada indivíduo é único e tem o seu próprio conceito de sucesso, felicidade e vitória. Conheço muitas pessoas que têm dinheiro e não se consideram bem-sucedidas, porque a vida delas, no âmbito pessoal, familiar ou afetivo, é um grande fracasso, segundo elas mesmas dizem. E o contrário também existe. A palavra-chave, novamente, é o autoconhecimento, que leva a pessoa a ter uma harmonia com o que ela quer de facto. Reconhecer e viver o seu próprio eu e não mais um eu que não é delas, é um eu da sociedade, da família, do emprego. Um eu que não é a vida que ela queria viver e sim a que a sociedade, a família e/ou o meio em que vive foi criando no seu entorno. Quando você desperta para quem você realmente é, desperta para o seu propósito, a sua missão, o que vai de encontro com o seu verdadeiro eu e, aí sim, vai estar próximo do sucesso.

PME Mag. – Como é que isto se aplica no contexto empresarial?

A. P. – Quando uma pessoa está em harmonia com ela própria tem menos doenças, menos conflitos e maior bem-estar pessoal. Isso aumenta a produtividade. E também faz com que ela traga as responsabilidades para si e um entendimento melhor do que o mercado espera de facto desta pessoa. Uma das coisas que trabalhamos nos treinamentos é que a pessoa valorize o seu lado emocional, o seu feeling, encontrando um equilíbrio entre o racional e o emocional, o que irá aproximá-la dos seus objetivos – e do tal sucesso que tantos buscam.

PME Mag. – O que podem os participantes esperar do MSX?

A. P. – Vamos mostrar uma métrica de como a pessoa se pode superar. Vamos mostrar estratégias para que as pessoas busquem o equilíbrio – pessoal, profissional, emocional, energético – e, consequentemente, alcançar o sucesso. O MSX vai ser um grande despertar dessa métrica. Eu costumo brincar dizendo que vou dar dicas de um milhão de dólares lá. Dicas simples, pequenos detalhes, mas que transformam a vida das pessoas e por isso digo que valem um milhão de dólares. Acredito muito que o detalhe é o que faz a diferença. Na alta competição é o detalhe que torna uns poucos em grandes campeões. Todos ali já atuam em alta performance, e o detalhe – não só a nível técnico, ou de foco, ou emocional, mas sim o contexto que engloba tudo isso – é o que faz a pessoa chegar em primeiro. Todos nós podemos fazer isso na área que quisermos. Muitas pessoas não estão a fazer o que querem da vida e isso afasta-as da alta performance, do sucesso e da felicidade. Todos esses assuntos estão englobados no MSX, com técnicas, dinâmicas, com o cognitivo, mostrando a métrica, indo do lado racional para o emocional.

PME Mag. – Por último, o que é que todos procuram?

A. P. – Todos procuram a felicidade. Mas o conceito de felicidade é diferente para cada um. No senso comum, o que todos querem é isso: nem todos querem ter dinheiro, ser famosos ou bem-sucedidos, mas todos querem ser feliz.