Sexta-feira, Maio 9, 2025
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“Impacto nas empresas portuguesas vai depender de como evoluir o Covid-19” – Nuno Mangas

Com várias linhas de financiamento na rua, o IAPMEI concentra esforços no relançamento da atividade económica, mas também nos apoios no âmbito do Portugal 2020. Segundo o presidente, Nuno Mangas, só entre 15 de março e 16 de abril foram atribuídos 75 milhões de euros a 805 empresas neste âmbito. Leia a entrevista do presidente do IAPMEI à PME Magazine.

PME Magazine – Que tipo de apoio está o IAPMEI a providenciar às empresas no âmbito da pandemia?

Nuno Mangas – No IAPMEI estamos sempre e, em particular neste momento, muito focados em responder com a máxima eficácia às necessidades das empresas. Respondemos com um forte reforço dos serviços de apoio a diversos níveis. Desde logo, em matéria de capacidade de operacionalização e de prestação de informação às empresas, o IAPMEI criou uma página web dedicada às Medidas de Apoio às Empresas e disponibilizou toda a sua rede descentralizada para apoio e resposta aos empresários que atravessam momentos de grande dificuldade e incerteza no negócio, mas também na gestão e apropriação da informação associada às circunstâncias excecionais que atravessamos.  Por outro lado, para além da intervenção indireta nas linhas de crédito específicas Covid-19 e em diversas outras medidas associadas à minimização dos impactos nas empresas, importa sobretudo referir o trabalho desenvolvido na gestão da flexibilização das regras do Portugal 2020 para as empresas com projetos em curso. De referir que, entre 15 de março e 16 de abril, no âmbito das medidas de aceleração de pagamento de incentivos do Portugal 2020, o IAPMEI pagou 75 milhões de euros, abrangendo 805 empresas. Adicionalmente, diferiu, de forma automática, 32 milhões de euros de reembolsos de incentivos, abrangendo 253 empresas.

PME Mag. – O que pedem as empresas quando solicitam apoio ao IAPMEI?

N. M. – Ao longo deste período, os temas críticos que provocam maior incidência nas questões colocadas ao IAPMEI são diversificados e apresentam-se alinhados com o desenrolar dos acontecimentos e dos anúncios públicos das medidas de apoio. De um modo geral, centram-se nas linhas de financiamento disponíveis para reforço de tesouraria e nas medidas de apoio à manutenção da atividade e do emprego relacionadas, por exemplo, com o regime de lay-off simplificado. Mas também se focam, por exemplo, nos procedimentos associados à Certificação PME.

PME Mag. – Quantos pedidos já tiveram para a linha de crédito “COVID-19: Apoio à Atividade Económica”?

N. M. – A linha de crédito COVID-19: Apoio à Atividade Económica tem uma dotação de 4,5 milhões de euros e não temos ainda dados disponíveis sobre a sua utilização. Sabemos que tem havido uma procura elevada por este tipo de apoios o que, aliás, conduziu ao significativo reforço das linhas iniciais ao nível da sua capacidade de intervenção seja em dotação seja em abrangência.

PME Mag. – Que montante já foi disponibilizado às empresas no âmbito destes incentivos?

N. M. – Neste momento não é possível avançar com valores específicos para esta linha, mas posso recuperar a informação sobre o total da dotação atribuída às Linhas COVID-19 no valor de 6.200 Milhões de Euros.

PME Mag. – As medidas apresentadas são suficientes para não deixar cair o tecido empresarial português tendo em conta as últimas estatísticas do INE de que 2% das empresas já encerraram?

N. M. – As medidas em curso foram desenhadas para responder de forma imediata às situações emergentes identificadas. Estão naturalmente em permanente monitorização e avaliação sendo que existe um forte compromisso em limitar ao máximo a destruição de valor e da capacidade produtiva instalada. No curto prazo mantém-se o objetivo de apoiar as estratégias empresariais de recuperação, ajustamento e consolidação da atividade, algumas das quais já orientadas para resposta aos desafios do Covid-19. Esta é uma situação totalmente atípica e imprevisível com um impacto brutal na Europa e no mundo. A intensidade e extensão deste impacto nas empresas portuguesas vai depender da forma como evoluir a propagação da doença Covid-19 não só em Portugal, mas também nos outros países com os quais temos mais trocas comerciais.

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