Por: Maria Carvalhosa
Em 2021, 16% das empresas portuguesas sofreram incumprimentos significativos, apesar da dimensão das injeções de liquidez e dos estímulos fiscais que o tecido empresarial nacional recebeu para mitigar os efeitos económicos da COVID-19.
O impacto do contexto económico no risco de crédito da carteira de clientes é sentido por 86% das empresas portuguesas. A lista dos eventos que estão a deteriorar os níveis de solvência dos clientes, é encabeçada pelo assinalável aumento dos preços da energia (destacado por 21% das empresas), seguido pela escalada da inflação (19% das empresas), e, em terceiro lugar, pelos problemas na cadeia de fornecimento (destacado por 18% das empresas).
Estes dados fazem parte do inquérito de primavera do Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, impulsionado pela Crédito y Caución e pela Iberinform, no qual participaram os gestores de mais de 300 empresas de todas as dimensões e setores.
Apesar do cenário de deterioração do risco de crédito confirmado por este estudo, apenas 16% do tecido produtivo registou uma diminuição das suas vendas, face a 70% que observou algum tipo de crescimento.
O tecido produtivo mostra confiança em poder manter esta dinâmica em 2022.