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Insolvências cresceram mais de 11% no primeiro trimestre em Portugal
Insolvências cresceram mais de 11% no primeiro trimestre em Portugal (Fonte: Pexels)

Insolvências cresceram mais de 11% no primeiro trimestre em Portugal

O número de empresas insolventes em Portugal cresceu 11,5% no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo, de acordo com a análise da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos.

É no segmento das microempresas e pequenas empresas (com uma faturação que fica abaixo dos 500 mil euros) que se verifica o maior número de insolvências. Por outro lado, e em termos de longevidade, foi nas empresas com dez ou mais anos de existência que se registou o maior número de insolvências.

Em termos geográficos, o Porto foi o distrito que registou maior número de insolvências – um crescimento de 15% face ao período homólogo -, seguido pelo distrito de Lisboa que, ainda assim, registou uma descida de 6% face ao primeiro trimestre do ano passado.

Nos três primeiros meses do ano, o setor dos serviços foi o mais afetado por insolvências, seguido pelo setor da construção, e pelo retalho.

Estes dados surgem numa altura em que a economia portuguesa está a acelerar e as estimativas apontam para um crescimento acima da média do euro. Ainda a marcar o panorama económico está a inflação. No primeiro trimestre do ano, os preços no consumidor mantiveram-se elevados, pressionando assim as margens das empresas. Apesar de estar a dar sinais de alívio, as projeções sugerem uma manutenção da inflação acima do objetivo do Banco Central Europeu, que é na casa dos 2%. Neste contexto macroeconómico, muitas empresas podem não ter conseguido fazer face ao aumento dos custos.

Quanto aos processos de revitalização verifica-se uma diminuição de 16% até março, face ao mesmo período do ano passado.

“As previsões que temos para o ano de 2023, apontam que as insolvências devem crescer 19% em Portugal. No caso da Zona Euro, as expectativas da Allianz Trade – nossa acionista – apontam para uma subida de 23%. Agora que a pandemia de Covid-19 já, oficialmente, terminou os apoios às empresas atribuídos pelos governos um pouco por toda a Zona Euro já terminaram, ou estão a acabar, o que terá efeitos sobre a solvabilidade das empresas”, afirma Vassili Christidis, CEO da COSEC.