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Elisabete Afonso, Microsoft Business Manager, TD SYNNEX Portugal
Elisabete Afonso, Microsoft Business Manager, TD SYNNEX Portugal

Inteligência Artificial: a promissora vantagem competitiva das PME

Por: Elisabete Afonso, Microsoft Business Manager, TD SYNNEX Portugal


Muito se tem escrito e falado sobre Inteligência Artificial (IA) e respetivo impacto, talvez por ser uma das tecnologias mais revolucionárias e desafiadoras deste século e que se acredita poder vir a transformar integralmente a maneira como vivemos, nos relacionamos e trabalhamos. Na verdade, se até aqui parecia ser um conceito futurista, agora apercebemo-nos que estamos a entrar numa nova era da IA, já que a vemos cada vez mais incorporada em diversos setores da economia (desde a saúde, banca, educação, logística, vendas, transportes etc.) e com novas funcionalidades munidas de benefícios e oportunidades a explorar.


A IA vai acelerar os negócios. É esta a mensagem que nos chega. Mas não se pense que se trata de uma ferramenta unicamente ao alcance das grandes multinacionais. O universo das PME portuguesas pode tirar enorme partido deste tipo de soluções, que estão já a impulsionar a eficiência e tomada de decisões estratégicas.

As PME ao usar no seu dia-a-dia as aplicações baseadas em IA vão melhorar a sua produtividade e criatividade, libertando as equipas de forma a terem mais tempo e foco no negócio em si. Diria que vai ser a maior transformação digital dos últimos anos, mudando a forma como consultamos a Web (informação na internet) e usamos as várias aplicações a que estamos habituados.

Maior simplicidade na experiência do utilizador, é uma das suas premissas, uma vez que passamos a ter à nossa disposição tecnologia inteligente que nos ajuda a ser mais produtivos e criativos em qualquer tarefa, atendendo às nossas necessidades diárias, sem com isso negligenciar a segurança dos dados e informação em causa.

Um ponto importante a realçar é que, em todo este processo é importante que os parceiros tecnológicos se encontrem capacitados de forma a garantir que a AI é rentabilizada ao máximo. Seja através de ferramentas, recursos ou formação técnica, os parceiros tecnológicos têm de estar preparados para poder ajudar os seus clientes a navegar, de forma segura e eficiente, por estas novas tecnologias, capitalizando a oportunidade transformadora que elas podem oferecer.

Hoje em dia, as empresas possuem avultadas quantidades de informações e dados que precisam de ser analisados, campanhas de marketing que necessitam de ser segmentadas, atendimentos ao cliente que exigem rapidez e eficácia, reduzir o tempo gasto a organizar ficheiros, automatizar processos e mais um infindável rol de tarefas decisivas para o seu crescimento mas que podem ser asseguradas pela IA. Sendo importante esclarecer que este tipo de ferramentas não vai substituir as pessoas, pois não são de todo capazes de substituir o elemento humano, mas antes criar a necessidade de formar e adaptar os colaboradores para novas especializações. A IA vai garantidamente mudar a forma como as empresas vão gerir os seus negócios e os seus recursos humanos, mas continuará a ser necessária a humanização nestes novos processos de inteligência. Encarar a IA como mais uma ferramenta que pode enriquecer o trajeto profissional, penso que é este o caminho, tendo presente que deve sempre ser usada de forma responsável e inclusiva.

São quatro os eixos que sustentam a IA: conectividade – na obtenção de uma experiência consistente em todos os dispositivos – criatividade – ao permitir que nos inspiremos e transformemos ideias em conteúdos, de forma rápida e simples – produtividade – já que teremos sempre uma resposta para os nossos pedidos e, por fim, inteligência – que irá operar de acordo com as nossas preferências e permissões, sendo um produto único na nossa capacidade de compreender a Web, os nossos dados empresariais e o devido contexto local.

Em suma, o acesso e a implementação de ferramentas de IA por parte das PME deve ser encarados como algo prioritário, uma vez que é a via de se manterem competitivas num mercado altamente exigente, volátil e imprevisível como o atual. Não nos esqueçamos que as PME são o motor impulsionador da economia europeia e portuguesa, como tal não podem ficar para trás nesta era digital que requere boas doses de capacidade de adaptação e reinvenção.