Por: Marta Godinho
O estudo Schroders Global Investor Study 2022, que inquiriu mais de 23 mil pessoas sobre a sustentabilidade, revelou que 66% dos portugueses acredita que o investimento sustentável é a singular forma de assegurar a rentabilidade a longo prazo, em comparação com 60% dos inquiridos a nível global.
Cada vez mais conscientes das práticas de investimento como papel fundamental nas questões de sustentabilidade global, 67% dos portugueses concorda que este investimento pode impulsionar o progresso em desafios de sustentabilidade, tal como as alterações climatéricas. Este tema preocupa os portugueses quanto aos seus investimentos, sendo que 58% dos investidores nacionais salienta esta causa.
Os investidores portugueses cada vez mais acreditam que investir de forma sustentável é a forma de obter maior retorno a longo prazo (68%) e investidores “especialistas” acreditam que investir de forma sustentável pode gerar mudanças positivas quanto às alterações climáticas (70%), em comparação com as pessoas que classificam ter menos conhecimento como 65% dos investidores “intermédios” e 60% dos investidores que pensam ter conhecimentos de investimento “principiante”.
91% dos inquiridos reconhecem o quão atrativo os fundos sustentáveis são, sendo que 60% o veem atrativo pelo impacto ambiental mais vasto que aumentou desde 2021 e 45% veem-no como atrativo pelos seus princípios para a sociedade.
O estudo concluiu que 57% dos inquiridos nacionais e internacionais acreditam que fatores como a capacidade de escolha em investimentos alinhados com as suas preferências pessoais de sustentabilidade é o fator mais popular, seguido de 48% dos inquiridos nacionais e globais falarem da educação sobre o investimento sustentável em geral.
Por outro lado, a maior barreira para o aumento dos seus investimentos sustentáveis é, segundo 49% dos investidores portugueses e 51% dos inquiridos globais, a falta de transparência e os dados comunicados pelos fornecedores sobre o impacto dos investimentos sustentáveis.
Mencionados por ambos os inquiridos (nacionais e globais), os objetivos de sustentabilidade destes passam pela educação de qualidade como a área mais importante em que gostariam de ver os seus investimentos impactados (47% a nível global e 51% em Portugal) e também a redução das desigualdades (36% em Portugal) e água de qualidade e saneamento com 39% a nível global.