O ISQ, entidade privada de soluções integradas e inovadoras de serviços de engenharia, inspeção, ensaios, testes e capacitação, vai integrar o Projeto Europeu Erasmus+ Encrypt 4.0, uma iniciativa conjunta de criação de uma task-force para a cibersegurança na indústria europeia.
“Esta matriz permitirá uma visão geral sistemática do cenário de risco de cibersegurança e a criação de perfis de risco precisos, em tempo real, de forma a possibilitar a adoção de medidas preventivas e a estabelecer medidas corretivas, em fábricas inteligentes”, explicou Pedro Matias, presidente do Grupo ISQ.
“O ISQ irá ainda desenvolver laboratórios de capacitação online em cibersegurança bem como uma ferramenta de acervo documental com casos reais de ciberataques que será alimentada e comentada em regime aberto”, concluiu.
De acordo com o fórum Económico Mundial, os ciberataques estão entre os cinco principais riscos globais, por isso, a Cybersecurity Ventures, empresa de cibereconomia global, prevê que os impactos relacionados com o cibercrime em 2021 serão maiores do que os desastres naturais no período de um ano.
Segundo o comunicado enviado pelo ISQ, o cibercrime organizado está em ascensão com a sofisticação das ferramentas da darkweb, que tornam os serviços mais baratos e mais acessíveis.
“Mas a capacidade de defesa das PME é geralmente mais fraca em comparação com as grandes empresas e os números sugerem que apenas 14% das PME afetadas recuperam sem assistência externa”, complementa o executivo.
De acordo com a National Cyber Security Alliance, 60% das PME que sofrem um ataque cibernético perdem os seus negócios em seis meses, estando vulneráveis devido à conectividade em sistemas de tecnologia de informação e tecnologias operacionais, fruto da digitalização da Indústria.
“A matriz de Risco de Cibersegurança irá delinear indicadores-chave de risco que serão facilmente aplicados a dados em tempo real. A matriz permitirá às empresas não só desenhar uma estratégia de cibersegurança a longo prazo, mas também realizar rapidamente relatórios diários que mostrarão os níveis reais de risco para processos num determinado momento”, explicou Andreia Morgado, gestora do projeto.
“Isto é da máxima importância no ambiente de manufatura, uma vez que mantém a produção em funcionamento o que, caso contrário, representaria um impacto irreparável com enormes prejuízos financeiros”, concluiu.