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Segundo as Nações Unidas, o ano 2022 poderá ter lugar a uma crise alimentar "sem precedentes" (Fonte: Pexels)

Líderes do G20 comprometem-se a tomar medidas para travar crise alimentar

Por: Martim Gaspar

Os líderes do G20 anunciaram, esta quarta-feira, numa declaração o compromisso de “tomar medidas urgentes para salvar vidas, prevenir a fome e a desnutrição”, com principal foco nos países mais vulneráveis.

Na declaração final redigida durante a cimeira, onde são abordados 52 pontos sobre diversos temas, os líderes do G20 comprometem-se “a proteger da fome os mais vulneráveis, utilizando todos os instrumentos disponíveis para gerir a crise alimentar”.

Apesar de ainda não terem sido apresentadas medidas concretas, os líderes do G20 pretendem “tomar ações coordenadas para enfrentar os desafios da segurança alimentar, incluindo o aumento dos preços e o défice global de matérias-primas e fertilizantes”.

Durante a cimeira, o grupo de líderes discutiu a prorrogação do acordo discutido em julho para a exportação de cereais e fertilizantes russos e ucranianos, que expira a 19 de novembro. O assunto em questão não teve seguimento, mas, segundo a declaração, os líderes G20 consideram a “importância da sua implementação contínua por todas as partes relevantes”.

Segundo a ONU, o acordo já assegurou a exportação de cerca de 10 milhões de toneladas de grão e outros produtos alimentares da Rússia e da Ucrânia. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, o número de pessoas que sofrem de fome e desnutrição grave aumentou 22% desde o ano passado, o que revela ser uma crise alimentar “sem precedentes”, uma ideia reforçada pelas Nações Unidas.