Por: Denisse Sousa
Andar de bicicleta está cada vez mais na moda por ser uma opção de mobilidade mais amiga do ambiente, mas também pelos seus benefícios à saúde. Se dantes as colinas de cidades como Lisboa ou Bruxelas eram um desafio, com a Horizontal Cities é possível passar pelos altos e baixos das cidades, sem ter de facto que o fazer. Criada por três amigos, a Horizontal Cities venceu o concurso VODAFONE Big Smart Cities e em 2016 lançou a app Horizontal. Conversámos com Pedro Fernandes, cofundador da Horizontal Cities.
PME Magazine – Como nasceu este projeto do Horizontal Cities?
Pedro Fernandes – A ideia original nasceu do Kobe (Arquiteto paisagista) que é um dos fundadores da empresa. De origem Belga, o Kobe veio morar para Lisboa e ao trazer consigo a sua bicicleta deparou-se com uma enorme falta de informação relativamente aos percursos mais bike friendly que habitualmente usava nas suas deslocações dentro da cidade.
Por outro lado, a baixa taxa de utilização de bicicletas em Lisboa, com o argumento de que era impossível devido à morfologia da cidade, levou-o à criação de um modelo a trÊs dimensões da mesma, chegando à conclusão de que mais de 63% da cidade era plana, ou com uma inclinação muito ténue.
Com base nesse modelo, o Kobe convidou-me a mim para gerir a parte de marketing e comunicação e ao Diogo Simões para toda a parte tecnológica, de forma a montarmos uma equipa para concorrermos ao Concurso Vodafone Big Smart Cities, o qual acabámos por ganhar e que nos permitiu avançar para a criação da empresa Horizontal Cities e concretizar o lançamento da APP HORIZONTAL, em setembro de 2016.
PME Mag. – Quais as funcionalidades da app?
P. F. – A APP permite a definição dos percursos mais planos, bike friendly, cujo cálculo é feito por um algoritmo exclusivo tendo por base mapas de alta precisão.
A navegação GPS conta com um sistema de voz e indicações turn by turn. De futuro, irá indicar também pontos de interesse e outras informações pertinentes a quem se desloca de bicicleta.
Por outro lado, tendo em conta as características específicas do utilizador, são medidas as distâncias percorridas bem como o gasto energético do utilizador, para além do dinheiro e a quantidade de CO2 poupados pelo facto de se ter trocado o carro pela utilização da bicicleta.
PME Mag. – Quantas cidades já estão mapeadas na app?
P. F. – Neste momento estão disponíveis duas cidades (Lisboa e Bruxelas), contudo, até ao final ano iremos lançar, pelo menos, mais cinco capitais europeias.
Leia a entrevista na íntegra na edição digital da PME Magazine.