Por: Marta Godinho
Um mercado publicitário fraco e despesas crescentes levaram à tomada de decisão dos primeiros despedimentos nos 18 anos de história da Meta, empresa de tecnologia que detém o Facebook, Instagram, Oculus e WhatsApp. Serão cerca de 11 mil funcionários que se traduzem em 13% da força laboral da empresa e um dos maiores despedimentos coletivos no mundo da tecnologia.
Além dos despedimentos, segue-se uma lista de milhares de cortes de postos de trabalho noutras grandes empresas de tecnologia, como é o caso do Twitter e da Microsoft. A principal razão para estes acontecimentos são a inflação e as taxas de juro elevadas que reverteram o aumento visível durante a pandemia.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, deixa mensagem aos funcionários afirmando que “a desaceleração macroeconómica, o aumento da concorrência e a perda de força dos anúncios publicitários fizeram com que a nossa receita fosse muito menor do que eu esperava”.
“Eu interpretei mal [a situação] e assumo a responsabilidade por isso”, acrescenta.
Zuckerberg destacou pontos fundamentais para a eficiência da empresa, tais como a transferência de recursos para “áreas de crescimento de alta prioridade” e apostando no seu mecanismo de descoberta de inteligência artificial, anúncios, plataformas de negócios e no metaverso.
Segundo a Meta, vão ser pagas 16 semanas de salário-base, duas semanas adicionais para cada ano de serviço e seguro de saúde suportado durante seis meses como forma de indemnização dos funcionários que agora se veem postos de frente para o despedimento.
Futuras contratações vão estar fora da agenda até, pelo menos, o primeiro trimestre de 2023.