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Daniel Marques, sócio da Massive Media Portugal (Foto: Massive Media)

Massive Media Portugal reinventa-se com produção de máscaras

Por: Sofia Neves

Ao ver a faturação em produção gráfica cair durante dois meses a 100% devido à pandemia causada pela Covid-19, a Massive Media Portugal, consultora de comunicação nascida em 2013, procurou reinventar uma das áreas do seu negócio, passando a produzir máscaras de tecido personalizadas.

A pandemia causada pela Covid-19 que assolou o mundo em 2020 resultou em mudanças nas mais variadas áreas, e as empresas não foram exceção. Foi neste contexto que muitas viram quebras na sua faturação e a necessidade de se adaptarem e de se reinventarem. A Massive Media Portugal não foi exceção e, de forma a dar resposta às quebras na sua faturação na área da produção gráfica, viu surgir uma oportunidade: a produção de máscaras personalizadas, em tecido.

Sediada em Lisboa e com sete anos de atividade, a Massive Media Portugal é uma consultora de comunicação com várias áreas de negócio. Além da agência de comunicação Media em Movimento, especializada em assessoria mediática e na produção de conteúdos, tem uma área de produção gráfica e organização de eventos, a revista corporativa PME Magazine, dedicada às pequenas e médias empresas, e a plataforma Portugal Fixers, de apoio a jornalistas internacionais.

Daniel Marques, sócio da empresa e responsável pela área de produção gráfica, conta, em entrevista, como surgiu a ideia, que resultou na produção e venda já de alguns milhares de máscaras.

“Achámos que vender máscaras por si só não aportava valor às empresas, e nesse sentido, decidimos fazer máscaras com impressão, de modo a que o cliente possa, através das máscaras, comunicar a sua marca”, diz.

A Massive Media Portugal não vende, por isso, máscaras brancas, nem cirúrgicas. Vende, isso sim, máscaras sociais personalizadas, certificadas pelo CITEVE.

Depois de o departamento de design da empresa fazer um protótipo com a imagem definida pelo cliente, e depois de aprovado o design, a máscara segue então para produção.

As máscaras têm um tecido exterior onde é efetuada a sublimação (impressão) e, posteriormente, esse mesmo tecido é costurado ao TNT (o tecido não tecido que faz a filtragem das partículas). Depois, são então colocados os elásticos e o clipe nasal, e as máscaras são embaladas individualmente, com um folheto de instruções e onde consta o selo de certificação do CITEVE e o número de lote de produção.

“Foi a forma que encontrámos de comunicarmos com os nossos clientes, mantermos os nossos clientes ativos e chegarmos a outros clientes”, acrescenta.

O nascer de uma ideia

A ideia de começar a produzir máscaras surgiu, na verdade, por parte de um cliente que ligou, sabendo que a Massive Media Portugal se dedicava à produção gráfica, a perguntar se produziam máscaras. Na altura não o faziam, mas “ali surgiu um clique”.

“Ok. Se tenho um cliente que me pergunta se estou a produzir máscaras, se calhar temos aqui uma oportunidade”, pensou, na altura, o sócio.

A empresa começou, então, a procurar um parceiro que permitisse a impressão do tecido das máscaras que, depois de costuradas e com o acrescento dos elásticos e do clipe nasal, são embaladas para serem entregues.

“Foi um processo muito rápido. Ao fim de uma semana, estávamos aptos a começar a produzir máscaras. E foi isso que aconteceu. Numa semana ou duas começámos a produzir”, acrescenta.

Entretanto, a empresa começou, também, a comercializar máscaras para crianças, tendo disponíveis packs de 25 máscaras com imagens definidas mas que podem ser adaptadas, caso seja pedida uma imagem diferente.

Comunicar a nova oportunidade

De forma a dar conhecimento sobre da nova iniciativa, a empresa começou por usar a sua rede de clientes e uma base de dados desenvolvida com os contactos que já tinha. A esta base de dados foram-se juntando aqueles que, ao longo de semanas, passaram também a ter interesse no produto.

“Enviamos um email ou fazemos um telefonema à pessoa responsável da empresa, seja no marketing ou nos departamentos de compras, apresentamos o produto e o seu valor. Caso estejam interessados, enviamos amostras ou marcamos reuniões para dar amostras das máscaras”, refere.

A reação por parte dos clientes foi muito positiva: “Já temos clientes a repetir encomendas para outros clientes porque, como trabalhamos com intermediários, trabalhamos com as empresas, com o cliente final, mas também com agências que vendem ao cliente final”.

Daniel Marques acrescenta que também há clientes a fazer mais do que uma compra: “Há um mercado, neste momento, que consome bastantes máscaras”.

Segundo o responsável, o mercado das máscaras divide-se basicamente em três tipos: as máscaras para profissionais de saúde e outros que estão em contacto com o público e que são obrigados a usar máscaras de nível 1 e 2; depois, existem as que já existiam antes da Covid-19 e todas as outras que foram surgindo ao longo destes meses.

“Por fim, onde estamos enquadrados, são as máscaras comunitárias única e exclusivamente dedicadas às empresas que apostam na sua imagem e, ao mesmo tempo, na segurança dos seus colaboradores, proporcionando-lhes máscaras seguras, aproveitando para sua imagem”, explica Daniel Marques.

A aceitação é grande, porque as pessoas, quando utilizam esta máscara na rua “continuam a transmitir a sua marca”, sublinha.

“E é precisamente o que dizemos aos nossos clientes: é dar a possibilidade de os colaboradores, ou de os próprios clientes andarem com uma máscara a fazer passar a imagem da empresa. É mais um veículo de comunicação da marca.”

Apesar de também estar a fazer venda de máscaras para crianças, a Massive Media Portugal quer continuar a produção industrial de máscaras.

“Estamos totalmente focados no setor corporate.”