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Luís Veiga Martins, nova sbe desenvolvimento sustentável
Luís Veiga Martins, associate dean for community engagement & sustainable impact da Nova SBE (Foto: Divulgação)

Medir para gerir em prol do desenvolvimento sustentável

Por: Luís Veiga Martins, associate dean for community engagement & sustainable impact da Nova SBE 

 

Atualmente, somos inundados com um manancial de dados disponibilizados por estudos, publicações científicas, relatórios, notícias, redes sociais, livros e pelas mais variadas formas de comunicação. Por outro lado, é utilizado um número cada vez maior de métricas, metodologias, inquéritos, sensorizações, dados de internet ou censos. Com isto, podemos desencadear um sem número de ações, entre elas afinar trajetórias, testar soluções, produtos, serviços, inovar, investigar ou avaliar a satisfação dos diferentes stakeholders.

O alargamento do âmbito desta análise da medição é cada vez mais vasto, tendo nos últimos tempos vindo a entrar progressivamente mais nos temas ligados ao desenvolvimento sustentável. Naturalmente, destaco, desde logo, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que incorporam 169 metas e 231 indicadores de performance que permitem definir de uma forma clara onde os países pretendem chegar e o que querem alcançar: acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que até 2030 todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade. 

A Europa assumiu o compromisso de neutralidade carbónica em 2050 através do Pacto Ecológico Europeu com um objetivo intermédio de redução das emissões em 55% em comparação com os níveis de 1990. Com vista a alinhar estes objetivos com as necessidades específicas da economia europeia em benefício do nosso planeta e da sociedade, os investimentos das empresas passam a ser analisados com lentes adicionais ao tradicionais critérios meramente de lucro: ESG (Environmental, Social and Governance). Ou seja, o setor financeiro passou a medir os riscos ambientais ligados por exemplo ao tipo de energia utilizado, à forma como os seus resíduos são geridos e as emissões de carbono; os critérios sociais da empresa e dos seus parceiros, a política de segurança e de saúde dos colaboradores, políticas de diversidade e inclusão, entre outros, passam também a ser medidos; por fim, a aferição dos eventuais conflitos de interesses ao nível de órgãos sociais, os métodos contabilísticos e a transparência das contas, entre outros, passam também a ser objeto de medição.

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