O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, afastou a possibilidade de haver uma crise de abastecimento e de combustíveis, tendo referido que o Governo está a preparar uma linha de crédito de 400 milhões de euros para ajudar os setores que estão a ser mais afetados, de acordo com as declarações neste sábado aos jornalistas, citadas pela RTP3.
“Não só não temos problemas nos stocks – que temos para algumas semanas em bens críticos -, como estamos a tentar reforçá-los e a diversificar as fontes de abastecimento”, afirmou o governante à margem da conferência da Ordem dos Economistas, em Lisboa.
Os mercados do Brasil e África do Sul poderão vir a ser alternativas para a importação de milho para as rações dos animais.
Os apoios que poderão ser atribuídos ainda não estão totalmente definidos, sendo que a Comissão Europeia admite que os subsídios vão poder compensar algumas empresas que têm um uso intensivo de energia, mas, em simultâneo, está a consultar outros países relativamente aos apoios serem mais transversais, pedindo soluções para ajudar o setor da agricultura. No entanto, só dia 25 e 26 de março haverá um acordo formal do Conselho Europeu.
A linha de crédito de 400 milhões de euros virá durante esta semana “para permitir dar liquidez às empresas e para que não entrem em dificuldades”, segundo Siza Vieira.
O ministro da Economia sugere que se adote o regime lay-off para as empresas que foram obrigadas a parar a sua produção devido ao aumento dos custos da energia.
As indústrias que mais usam o gás natural ou que estejam dependentes de outros combustíveis, bem como os setores do transporte, agricultura ou pesca, retalho alimentar e turismo foram e estão a ser prejudicados com o aumento dos preços.
