O volume das moratórias está próximo dos 30 mil milhões de euros, com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) a alertar para que entre 25% a 30% desse valor possa entrar em incumprimento. O presidente da CIP afirma ainda estar a trabalhar num conjunto de propostas para apresentar ao Governo relativamente a esta situação, de acordo com o Jornal de Negócios.
Numa altura em que as moratórias estão a atingir um volume próximo dos 30 mil milhões de euros, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, alerta para que cerca de 25% a 30% desse montante possa entrar em incumprimento.
Em entrevista ao Jornal de Negócios, António Saraiva indica que dos 46 mil milhões de euros correspondentes ao total das moratórias (quando englobados os particulares), cerca de 24 mil milhões de euros estarão a ser direcionados para empresas, numa tendência que se aproxima a passos largos dos 30 mil milhões de euros.
O presidente da CIP alerta para que a banca e o governo possam apoiar as referidas empresas que sentem mais dificuldades para cumprir este compromisso até ao próximo mês de setembro, elaborando quadros de solução que possam aliviar o problema.
Além disto, empréstimos de longo prazo também poderão ser uma ajuda válida, na ótica do responsável da CIP, uma vez que o fim das moratórias irá traduzir-se numa maior pressão sobre a economia nacional.
Recorde-se que, desde março do ano passado, milhares de clientes não estão a efetuar o pagamento dos créditos aos bancos, tentando abrigar-se no decreto-lei do governo que concede moratórias nos empréstimos, criadas no sentido de apoiar famílias e empresas mais afetadas pela crise económica atual.