Segundo os dados da Eurostat, as mulheres representam praticamente metade da força de trabalho da União Europeia. No entanto, continuam a ter pouca expressão em cargos de topo. Na UE existem 7,3 milhões de gestores: 4,7 milhões são homens, os restantes 2,6 milhões são mulheres. As mulheres continuam a receber salários inferiores aos entregues aos homens.
As diferenças salariais, tal como o número de cargos ocupados por cada género variam ao longo da UE. No ranking de países onde onde as mulheres ocupam mais cargos de chefia do que os homens, a Letónia ocupa o primiero lugar com 5,3 mulheres por cada dez cargos de topo. Logo atrás vem a Bulgária e Polónia onde a percentagem de mulheres é de 44%, na Irlanda desce para 43% e na Estónia 42%. Em Portugal há 3,3 mulheres por cada dez cargos de gestão. Ao todo, contam-se 71 837 cargos de topo; as mulheres são 23 763 desta força de trabalho.
Em Portugal, cada mulher gestora recebe menos 25,9% do que um homem que ocupa a mesma função, também menos do que acontece na UE. O registo de género em Portugal é, mesmo assim, superior ao registado na Alemanha, Itália e Chipre onde se contam somente 2,2 mulheres por cada dez cargos de topo. Estes países são os que põem menos mulheres na liderança.
Já em relação ao que pagam salários mais desiguais, a Itália repete o pódio, com um intervalo de 33,5%. Por exemplo, se a referência para um homem voltar a ser os 5000 euros, a mulher italiana leva menos 1675 euros para casa. No caso português, para cada 5000 euros pagos a um gestor do sexo masculino, são pagos 3705 euros a uma mulher gestora. A diferença nacional é suplantada pela Hungria (33,7%), Itália (33,5%), República Checa (29,7%), Eslováquia (28,3%), Polónia (27,7%), Áustria (26,9%) e Alemanha (26,8%).