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A atividade económica, contudo, encontra-se em níveis homólogos inferiores (Foto: Pixabay)

Novo confinamento com menos impacto económico

O confinamento de 2021 aparenta, no primeiro trimestre deste ano, uma contração do PIB inferior ao período homólogo, altura do primeiro confinamento decretado como medida de combate à pandemia da Covid-19.

Apesar da duração do novo confinamento estar a ser mais prolongada (quase o dobro) do que a do confinamento de 2020, as previsões indicam que o impacto económico provocado deverá ser metade daquele que foi notado no ano passado.

Os indicadores referentes a estas previsões fazem parte de uma análise do Banco de Portugal, que inclui dados como os do multibanco e o tráfego. Os valores para os dois primeiros meses do ano, de acordo com os referidos indicadores, encontram-se mais próximos do comportamento do PIB no quarto trimestre de 2020, altura em que o PIB cresceu cerca de 0,2%, do que da contração de 14%, verificada no segundo trimestre do ano passado.

Também a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) apresenta indicadores relativos aos valores estimados do PIB para o primeiro trimestre deste ano, apontando para uma contração de 7,5% em cadeia e de 9,4% em relação ao período homólogo.

No entanto, é preciso ter em conta que, no segundo trimestre de 2020, foram verificados níveis mais elevados de atividade económica do que os do primeiro trimestre deste ano.

Para esta diferença observada no desempenho do PIB poderá ter contribuído a adaptação das empresas a esta nova realidade, sem esquecer o facto de que o PIB já tinha sofrido uma queda considerável ao longo de 2020, pelo que o ponto de partida para este ano se situava em valores mais baixos. A somar a estes fatores, também os apoios do Estado às empresas podem servir como explicação para o fenómeno observado.