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Ricardo Vicente
Ricardo Vicente, diretor da Bluecoast (Foto: Divulgação)

“O desafio foi fazer tanto com tão poucos” – Ricardo Vicente

Por: Catarina Lopes Ferreira

A Bluecoast, empresa do mercado imobiliário, quer diferenciar-se pelo serviço de consultoria e assessoria imobiliária personalizado e exclusivo e também pelo impacto na comunidade, tendo em dezembro participado numa ação de solidariedade com a CASA de Setúbal, para confeção e distribuição de refeições quentes aos mais necessitados. Em entrevista à PME Magazine, Ricardo Vicente, diretor da Bluecoast, falou sobre os objetivos de expansão do negócio e também sobre estas ações solidárias que a empresa tem o hábito de fazer.

PME Magazine (PME Mag.)- Qual pensam ser o maior motivo para o crescimento da Bluecoast?

Ricardo Vicente (R. V.) – Os maiores motivos foram a criação de planos de negócio para pequenos, medios e grandes investidores, bem como a captação de investimento estrangeiro.

PME Mag. – Que impacto teve a pandemia na Bluecoast e que desafios trouxe ao setor imobiliário?

R. V. – Apesar de todo o impacto negativo nas nossas vidas e que ainda se faz sentir na sociedade, felizmente na nossa atividade não foi sentido o impacto negativo, pelo contrário –  acabámos por registar o maior crescimento de sempre e continuamos em grande velocidade  com a formalização de parcerias exclusivas com promotores na área da construção, onde ajudamos a desenvolver e vender esses projetos. O maior desafio tem sido, e continuará a ser, a contratação de pessoas – com o crescimento mensal que temos tido, e que se prevê que continue, a captação de novos elementos é o maior desafio ao nível dos recursos humanos. Sabemos que já há muito que se sente dificuldade em crescimento de dotação nas empresas, e a pandemia veio acentuar essa dificuldade. Com o crescimento de novos projetos de construção para promotores e investidores que vendemos este ano e que irá crescer em 2022, o desafio foi fazer tanto com tão poucos – aproveito para agradecer a todos os elementos da empresa que sempre deram e dão o seu melhor e prescindem de tanto para se conseguir alcançar objetivos todos os dias.

PME Mag. – Qual a mais-valia de reforçarem o departamento de recursos humanos?

R. V. – As empresas valem pelo capital humano e este é um negócio de pessoas. A criação de relações é uma pedra basilar neste mercado, e a escolha das pessoas certas é fundamental.

PME Mag. – As ações solidárias são importantes para a Bluecoast?

R. V. – As ações são importantes para que os colaboradores possam manter, no ambiente de trabalho, a postura que já têm em sociedade. As ações centradas no apoio aos desfavorecidos e na preservação do meio ambiente são aquelas pelas quais os colaboradores demonstram maior interesse. A Bluecoast procura, onde e quando possível, integrar nos seus projetos pessoas que por norma não se encontram incluídas no mercado de trabalho. De momento, temos em formação um colaborador proveniente da APPACDM , apadrinhado pela empresa, e ao cuidado de um consultor, que trabalha na área da mediação – assim contribuímos para que o colaborador possa sentir-se integrado e válido em sociedade. Este é apenas um exemplo, mas a postura da empresa é esta e, proporcionando-se outra situação semelhante, não teremos objeções à integração de colaboradores com algum tipo de deficiência. Outra situação que teve lugar no final deste ano foi a participação dos colaboradores em duas ações distintas: a confeção e distribuição de refeições para os sem-abrigo apoiados pelo CASA (Centro de Apoio aos Sem-Abrigo) e apoio a este centro; e a recolha de lixo na Serra da Arrábida – atividade realizada em conjunto com a Arrábida Obstacle Runners. Ambas as atividades permitiram aos colaboradores sentir e ver o seu impacto imediato na comunidade a que pertencem.

PME Mag. – Apesar do ano complicado de pandemia, conseguiram superar as expectativas?

R. V. – Cremos que o capital humano da empresa terá sido determinante, é o maior ativo e onde é feito o maior investimento. No próximo ano o objetivo será também a expansão.

PME Mag. – Vão abrir novos espaços. Qual o objetivo?

R. V. – Em relação à abertura de novos espaços, estes representam mais oportunidades para replicar as ações e iniciativas acima descritas – na realidade revimos os objetivos e a abertura de dois novos espaços passará a seis espaços previstos para o próximo ano.

PME Mag. – Que investimentos têm para o futuro?

R. V. – Os principais continuarão a ser a aposta no capital humano e na formação. 2022 será também o ano da expansão (os primeiros dois anos foram de implementação e consolidação no mercado). Prevemos ainda abertura de seis novos espaços pelo distrito de Setúbal e ainda o alargamento da operação a Lisboa, Porto e Algarve.