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Gabriel Coimbra, group vice president e country manager da IDC (Foto: Divulgação)

O futuro do setor financeiro

Por: Gabriel Coimbra, group vice president e country manager da IDC

A tecnologia é o grande motor de mudança do setor de serviços financeiros e de pagamentos nos próximos anos. De acordo com a IDC Financial Insights, neste contexto de grande transformação, este impacto será sentido em todo o ciclo de vida do cliente, desde a abertura da conta até a manutenção, passando pelo desenvolvimento de produtos e até mesmo pelo marketing.

É também transversal às várias vertentes dos serviços financeiros, desde serviços bancários até pagamentos e seguros.

Previsão 1: à medida que as pressões reguladoras e sociais aumentam, até 2024, 40% dos bancos implementarão modelos de combate ao branqueamento de capitais (AML) baseados em inteligência artificial (IA) para detetar melhor os padrões de tráfico humano e outras atividades ilícitas com alto impacto social.

Previsão 2: até 2023, 25% dos bancos globais utilizarão a análise de sentimentos baseada em IA para melhorar a experiência do cliente em produtos e serviços atuais e futuros.

Previsão 3: até 2025, 50% das seguradoras oferecerão prevenção de risco em tempo real como um serviço para seus clientes de retalho, tanto no ramo vida como no não vida, diretamente ou por meio de ecossistemas de parceiros digitais.

Previsão 4: durante 2022 a consolidação do mercado de startups tecnológicas financeiras (fintech) continuará, com pelo menos 30% das fintechs mais relevantes adquiridas e outras 30% a irem à falência por falta de escala.

Previsão 5: até 2026, 35% dos pagamentos serão otimizados usando modelos de IA.

Cada previsão é moldada por um conjunto comum de fatores-chave que fornecem uma ferramenta de planeamento estratégico para os líderes de tecnologia e suas contrapartes de negócio, e existem alguns tópicos comuns que podem ajudar na tomada de decisão:

– Mantenha os dados no centro: muitos dos processos transformacionais identificados nestas previsões baseiam-se na correta recolha, gestão e monetização de dados. Isso requer infraestrutura para lidar com os dados e processos para entender os dados, os quais exigem atenção e investimento;

– Faça da inteligência artificial uma área de foco: os dados só se tornam acionáveis ​​e valiosos por meio da análise, e a IA será fundamental para a capacidade de entender tendências e executar modelos de decisão complexos;

– Encontre oportunidades para otimizar processos: melhores dados e melhores análises criam oportunidades para melhores processos em vários casos de uso. Embora a personalização, a gestão de pagamentos e a prevenção de fraude sejam casos, eles representam apenas alguns dos processos que podem ser otimizados;

– Estratégia para a cloud: os dados da IDC mostram claramente que as instituições financeiras estão a utilizar a cloud híbrida para as novas iniciativas de tecnologia, aproveitando as plataformas “como serviço” para aumentar a velocidade de entrada no mercado, aumentar a flexibilidade e melhorar a funcionalidade;

– Gerir o risco ao longo do processo de transformação: Novas iniciativas criam novos desafios. Os riscos de segurança aumentam à medida que a infraestrutura abrange uma organização adicional. Os modelos de decisão podem introduzir desafios não planeados.