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José Vilarinho, diretor-geral da Opensoft (Foto: Divulgação)
José Vilarinho, diretor-geral da Opensoft (Foto: Divulgação)

“O mercado dos PALOP é uma aposta que dá resposta à necessidade de digitalização” – José Vilarinho

Por: João Monteiro

A Opensoft é uma empresa que cria soluções tecnológicas que impulsionam o crescimento de outras organizações, propondo estratégias para a simplificação de processos e ganhos de produtividade. Em entrevista à PME Magazine, José Vilarinho, diretor-geral da empresa, explica um pouco a abordagem da Opensoft ao mercado, especialmente a aposta nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP).

PME Magazine (PME Mag.) – Quem são os principais clientes da Opensoft?

José Vilarinho (J. V.) – A Opensoft tem como principais clientes instituições da administração pública, instituições de ensino e banca.

 

PME Mag. – Quais são os fundamentos base da empresa?

J. V. – Criamos soluções de referência, ou seja, somos especializados no desenvolvimento aplicacional de sistemas que processam rapidamente grandes volumes de informação, incorporando regras de negócio complexas e mecanismos de segurança e confidencialidade.

 

PME Mag. – Como explicam a constante evolução da empresa e que estratégias têm adotado para este crescimento considerável?

J. V. – A estratégia de crescimento da Opensoft é a sustentabilidade. Somos uma empresa que começou pequena e que foi ganhando mais clientes e projetos, ao mesmo tempo que crescia em número de elementos de equipa e competências. Ao fim de 20 anos, temos vários clientes e perto de 100 colaboradores associados à Opensoft, continuando a ser uma empresa totalmente portuguesa. Crescemos, mas sempre alinhados com o volume de projetos e faturação, ou seja, sustentavelmente. Apostamos em servir os nossos clientes com qualidade, não só através do nosso modelo de desenvolvimento de software, que está certificado internacionalmente, mas também através das garantias de segurança de informação que oferecemos aos nossos clientes. E claro, não nos esquecemos das pessoas e da importância que é a formação da equipa, tanto em competências técnicas, como em soft skills. A par disto, todos sabemos que a tecnologia tem sido um aliado das organizações nos últimos anos, especialmente para a transformação digital do negócio e para a melhoria da prestação de serviço, por isso os serviços da Opensoft têm tido maior procura.

 

PME Mag. – A aposta nos PALOP foi sempre uma ideia presente desde a criação da empresa ou é recente?

J. V.– A Opensoft tem procurado concretizar negócios fora de portas desde o início, mas sempre de forma sustentável. O mercado dos PALOP é uma aposta recente que vem dar resposta à necessidade de digitalização, especialmente em serviços públicos, destes países. É uma oportunidade de aplicarmos o conhecimento que a nossa equipa adquiriu nos projetos realizados em Portugal, até porque temos como vantagem falarmos a mesma língua e a proximidade legislativa.

 

PME Mag. – Como é feito o processo de escolha de colaboradores e como é feita integração dos mesmos?

J. V.– Na Opensoft, o processo de recrutamento tem três fases. Fazemos uma entrevista de perfil, para conhecer as expectativas profissionais, seguido de uma entrevista técnica para avaliar as competências técnicas do candidato. Se o candidato for bem-sucedido na entrevista de perfil e técnica, segue para uma entrevista de validação final, normalmente realizada pelo diretor-geral da Opensoft. Depois de passar as três fases, o candidato passa a integrar a equipa da Opensoft.  O processo de integração da empresa é feito pelos recursos humanos numa primeira fase, transmitindo tudo o que é necessário sobre regulamento e política interna da empresa, informação sobre benefícios e a forma como a empresa se organiza. De seguida, os novos colaboradores entram numa fase de formação interna sobre os métodos de trabalho e tecnologias usadas na empresa, já integrados na sua equipa de trabalho.

 

PME Mag. – De que forma é que a pandemia impactou as operações da empresa?

J. V. – O verdadeiro impacto foi deixarmos de trabalhar fisicamente no mesmo local, porque a nível operacional a totalidade das ferramentas utilizadas pela Opensoft já eram suportadas por ambientes cloud, por isso não foi necessário nenhum ajuste às operações da empresa. Desde a pandemia que passámos a adotar um modelo de trabalho híbrido que é, na verdade, a grande revolução que a pandemia trouxe à Opensoft.

 

7 – Quais são as expectativas para o futuro?

J. V. – A curto prazo, pretendemos consolidar parcerias, especialmente na área internacional, e procurar novos parceiros para a comercialização de uma nova solução que desenvolvemos vocacionada para o atendimento digital. Esta solução permite o atendimento à distância com garantias de segurança e recolha de dados biométricos e foi idealizada principalmente para organismos públicos e serviços bancários. Uma vez que temos na nossa carteira de clientes instituições públicas nacionais, pretendemos também apoiá-los nas medidas relacionadas com a transição digital potenciadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência.