Desemprego médio da OCDE deverá ficar acima dos 61% no próximo ano.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estima que a média da taxa de desemprego dentro da organização seja de 60,8% no final deste ano e de 61% em 2017.
A confirmar-se a perspetiva deste ano trata-se de um retrocesso para números que só foram registados entre outubro e dezembro de 2007, meses anteriores à crise económica que se instalou em 2008.
Segundo o relatório ‘Perspetivas do Emprego 2016’, divulgado esta quinta-feira pela OCDE, a economia global “presa numa ratoeira de baixo crescimento”, pelo que é necessário apostar na melhoria das qualificações dos trabalhadores, bem como em reformas estruturais “para suportar a criação de emprego, a satisfação no trabalho e a melhoria das condições de vida”.
Segundo a OCDE, Chile, Alemanha e Turquia já ultrapassaram os níveis pré-crise em emprego, enquanto Grécia, Irlanda e Espanha continuam com estimativas de desemprego elevadas.
Portugal não deverá conseguir atingir os níveis de 2007, ano em que a taxa de emprego se situava nos 63,5%, acima da média da OCDE. Para 2017 prevê-se que o nível se situe nos 58,7%. Quanto ao desemprego, em 2007 era de 7,8% e em 2017 prevê-se que seja de 11,3%.