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Rogério Canto, senior manager de Infraestruturas na Minsait em Portugal (Foto: Divulgação)

Outsourcing de TI: chegou a vez das PME

Por Rogério Canto – Senior manager de infraestruturas na Minsait, em Portugal

A externalização dos sistemas de TI era, até há pouco tempo, um dos grandes temas pendentes nas decisões estratégicas das pequenas e médias empresas em Portugal. É um facto que as organizações de maior dimensão são efetivamente as grandes precursoras da externalização dos serviços de TI em busca de ganhos em eficiência e atingindo um estágio de maturidade significativo. Ainda assim, continuam a alargar o âmbito do outsourcing, apostando cada vez mais em projetos de transformação das suas aplicações, de forma a alcançar um número cada vez mais reduzido de aplicações legacy e on-premise.

Num contexto em que a resposta aos desafios da pandemia acelerou a necessidade da digitalização das empresas, muitas PME viram-se na necessidade de delegar os seus serviços de IT a especialistas e de introduzir rapidamente soluções críticas para a continuidade dos negócios. Em muitos setores, registou-se uma adoção muito rápida de tecnologias inovadoras, tais como o check-in digital na hotelaria e nos alojamentos locais, menus com QR Code na restauração ou estratégias efetivas de e-commerce no pequeno comércio, entre outros.

O atual ritmo de mudança dos mercados e da sociedade leva as empresas e instituições a recorrer a parceiros especializados que permitem uma implementação mais rápida de novas tecnologias que apoiam e, muitas vezes, potenciam o negócio, economizando tempo e dinheiro. Em paralelo, o outsourcing permite às organizações focarem os seus colaboradores nos desafios do negócio e deixar o know-how especializado das TI com terceiros.

E esse é um caminho que as pequenas empresas terão de continuar a fazer. Não nos podemos esquecer que o acesso aos fundos europeus, a famosa bazuca do PRR, vai ser muito importante para as PME, e que o nível de sofisticação das suas plataformas tecnológicas terá um papel determinante na preparação das candidaturas. Com fortes limitações de recursos próprios, estas empresas precisam de organizar e estruturar processos de gestão e operação da sua área de TI, com uma metodologia experimentada e baseada nos principais standards e boas práticas.

O último ano e meio de pandemia veio gerar maior confiança quanto à prestação de serviços de forma remota e provar que, quer do ponto de vista de tecnologia, quer do ponto de vista de recursos humanos, não só é possível prestar serviços de qualidade, como fazê-lo de forma mais produtiva e com impacto no negócio.

A sofisticação da transformação digital vai permitir otimizar processos, melhorar a oferta de produtos e serviços e facilitar a operação comercial, em Portugal ou no mercado internacional. O outsourcing é uma ferramenta de gestão ao dispor das empresas, independentemente da sua dimensão, e as PME têm agora a porta aberta para serem escaláveis na resposta ao mercado, gerando ganhos para o seu negócio.