Segunda-feira, Abril 28, 2025
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Têxteis-lar portugueses conquistam o mundo com a Apertex

Por: Ana Rita Justo 

Um pouco por todo o mundo, a Apertex vai deixando a marca made in Portugal associada aos têxteis-lar com uma qualidade que já é reconhecida. A empresa quase centenária nasceu em Guimarães e quer continuar no percurso de internacionalização, agora com cautelas devido à guerra e à crise energética.

É em Guimarães que encontramos a Apertex, fábrica portuguesa de têxteis-lar que nasceu em 1928 pelas mãos de Francisco Ribeiro e que, hoje, prossegue o seu legado com o neto, Fernando Pereira, na direção-geral. Inicialmente criada para dar resposta às necessidades locais, a Apertex foi crescendo e, atualmente, exporta para todo o mundo.

Cerca de 90% da produção da fábrica portuguesa segue caminhos fora de Portugal, contando com um total de 60 colaboradores que vão vida aos têxteis jaquard, que vão desde os produtos de cama e decoração, mesa, banho e têxteis para hotelaria. O algodão e o linho são as matérias-primas de eleição, mas foi com a seda que a Apertex começou a sua operação, fabricando essencialmente colchas.

Hoje, a fábrica tem capacidade para produzir cerca de 20 mil colchas por mês e aponta aos mercados internacionais, onde a alta gama têxtil é reconhecida, nomeadamente Estados Unidos e Canadá, para onde segue 35% da produção, seguindo-se o mercado espanhol como o segundo mais relevante, com 30% da produção.

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Estudo conclui “bons níveis organizacionais” nas empresas nacionais

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Por: Marta Godinho

Segundo o estudo multissetorial Organizational Excellence Index, OEI, divulgado pela Odgers Berndtson, que contou com a participação de líderes de negócio de algumas empresas nacionais, concluiu que as empresas portuguesas apresentam “bons níveis organizacionais”, contudo estão “menos bem preparadas para o futuro”.

“Os resultados do estudo começam por apontar para uma tendência crítica: os líderes de negócio revelam uma elevada satisfação para com o desempenho das suas organizações ao longo dos últimos dois anos, mas uma preocupação para com a preparação das mesmas para os desafios de futuro”, pode ler-se em comunicado oficial.

Este estudo baseia-se na avaliação da proficiência das organizações nos comportamentos subjacentes às principais dimensões de atuação, segundo o modelo de ‘Organizational Excellence’ da Odgers Berndtson. O mesmo revela, ainda, que as empresas que apresentam melhor desempenho são as que também apresentam índices de ‘Organizational Excellence’ mais elevados.

“Os dois últimos anos são percecionados pelos líderes de negócio como anos de desempenho positivo das suas organizações, especialmente tendo em conta o contexto desafiante que enfrentaram”, afirma Pedro Mêda, partner da Odgers Berndtson e responsável pelo estudo.

“Ainda assim, estes mesmos líderes apresentam-se mais apreensivos com a preparação das suas empresas para com os desafios de futuro”, acrescentou.

“As organizações que apresentam solidez e maturação nas suas rotinas organizacionais são também as que melhor desempenho reportam, um indicador relevante para a importância de trabalhar ‘Organizational Excellence’ nas empresas”, concluiu.

O estudo reforça, ainda, que estas empresas com melhor desempenho apresentam outra caraterística em comum, como “a excelência em cinco comportamentos organizacionais específicos”, sendo eles a antecipação de tendências e o seu impacto no futuro do negócio; a eficácia na gestão financeira e de risco; a detenção de elevados padrões de desempenho e exigência de excelência nos resultados; o fomento da inovação e melhoria de processos; e o investimento nas competências necessárias para fazerem face aos desafios futuros.

360imprimir inova ao adotar semana de 4 dias e trabalho 100% remoto

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Por: Emanuelle Bezerra 

O governo português apresentou, no último novembro, o projeto-piloto que prevê a semana de quatro dias de trabalho para as empresas privadas que poderá, num segundo momento, ser estendido à administração pública. A iniciativa deve começar em junho de 2023 e o governo não oferecerá contrapartidas financeiras. As empresas que se voluntariarem para a experiência poderão impor um expediente de 32, 34 e 36 horas, sem prejuízo de salário para o trabalhador. Mas, já há quem tenha instituído o encurtamento da semana de trabalho antes mesmo do projeto ser lançado pelo governo. É o caso da 360imprimir, gráfica online de referência no mercado em Portugal.  

A empresa é uma das pioneiras ao implementar a semana laboral mais curta e já havia incutido o trabalho 100% remoto. A iniciativa de reduzir a carga laboral teve início a 10 de outubro deste ano de 2022 e será monitorizada trimestralmente, com os seus resultados divulgados para todo o mercado. 

A 360imprimir é, entretanto, uma voz dissonante no mercado português. Segundo um inquérito da Associação Empresarial de Portugal (AEP) divulgado no dia 18 de novembro, 90% dos empresários não aprovam a implementação da semana de quatro dias de trabalho. Para eles, a medida beneficia apenas os trabalhadores e pode gerar impactos negativos nos lucros das empresas. Para o estudo, foram ouvidos 1.130 empresários e apenas 10% deles acreditam que a medida poderá ser muito benéfica e 30% deles dizem que a semana encurtada não beneficiará nenhuma das partes. A redução da jornada de trabalho sem corte salarial é rejeitada por 94% dos entrevistados. 

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A tranquilidade abraça-se em Alenquer

Por: João Carreira

É difícil explicar por palavras o sentimento de tranquilidade que invade as emoções de quem coloca os pés no Sóis Montejunto Eco Lodge pela primeira vez e é essa a beleza deste espaço.

A PME Magazine foi descobrir um dos diamantes mais recentes da tão conceituada hotelaria nacional e perceber como um conceito que parece tão simples se tornou rapidamente num dos espaços preferidos dos portugueses.

Fica a 45 minutos de Lisboa, mas parece que entramos num mundo completamente diferente onde o tempo leva o seu tempo a passar e podemos até ouvir o bater das asas das andorinhas tal é o silêncio. 

Foi com um investimento “para cima de um milhão de euros” que os investidores, amantes de ciclismo, avançaram para o Sóis Montejunto, conta-nos Madalena Falé, assessora de comunicação do espaço.  

“Os investidores são amantes de ciclismo e a Serra de Montejunto é aquilo a que nós, tradicionalmente chamamos de Meca do ciclismo em Portugal. Eles vieram pedalar para a zona e constataram que a paisagem é divinal. A partir daí, começaram a sonhar em criar um empreendimento aqui, até porque o concelho de Alenquer, do ponto de vista turístico, apenas tinha alojamento local, casas de recuperação, etc., e era necessário ter um tipo de oferta diferente que pudesse captar pessoas para virem para cá”, explicou. 

As habitações são em formato glamping, algo que tem sido bastante bem aceite pelos visitantes: “Tem [sido bem aceite] até porque achamos que a população portuguesa e estrangeira, no que diz respeito ao turismo, foi mudando um pouco o seu rosto. Depois, com o aparecimento da pandemia, veio reforçar que as pessoas quisessem fazer turismo em sítios mais sossegados, não estarem tanto dentro daqueles hotéis ditos de cimento, a cruzarem-se umas com as outras, etc., então foram à procura de locais que lhes permitisse segurança e, ao mesmo tempo, conforto. Este conceito alia tudo isto: o conforto, a segurança, a qualidade e um contacto mais direto com a natureza. Isto fez com que as pessoas descobrissem que era isto que queriam. O feedback que temos dos nossos hóspedes é: ‘o que é isto?’. É o sossego absoluto, é a paz, é o relaxamento que queremos proporcionar.”

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O processo laboral na vertente disciplinar: o direito e dever do trabalho(r)

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Por: Sandra Laranjeiro dos Santos, advogada na LS Advogados, SP RL

O processo disciplinar assume-se no direito do trabalho como um dos principais desafios para o empregador: sendo um direito do mesmo é muitas vezes esquecido e acaba por levar o empregador a, em jeito de atalho de caminho, “cortar sem direito” a relação laboral. 

Mas em que consiste um processo disciplinar? O processo disciplinar é um meio de exercício do direito do empregador em caso de violação de algum dos seguintes deveres do trabalhador: a) respeitar e tratar o empregador, os superiores hierárquicos, os companheiros de trabalho e as pessoas que se relacionem com a empresa, com urbanidade e probidade; b) comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade; c) realizar o trabalho com zelo e diligência; d) participar de modo diligente em ações de formação profissional que lhe sejam proporcionadas pelo empregador; e) cumprir as ordens e instruções do empregador respeitantes a execução ou disciplina do trabalho, bem como a segurança e saúde no trabalho, que não sejam contrárias aos seus direitos ou garantias; f) guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não negociando por conta própria ou alheia em concorrência com ele, nem divulgando informações referentes à sua organização, métodos de produção ou negócios; g) velar pela conservação e boa utilização de bens relacionados com o trabalho que lhe forem confiados pelo empregador; h) promover ou executar os atos tendentes à melhoria da produtividade da empresa; i) cooperar para a melhoria da segurança e saúde no trabalho, nomeadamente por intermédio dos representantes dos trabalhadores eleitos para esse fim; j) cumprir as prescrições sobre segurança e saúde no trabalho que decorram de lei ou instrumento de regulamentação coletiva de trabalho.

O primeiro documento do processo disciplinar é o auto de notícia, no qual se descrevem vários comportamentos do trabalhador visado. De seguida deve ser nomeado um instrutor do processo que será quem irá conduzir o mesmo nomeadamente recolhendo depoimentos/declarações de testemunha, com vista a fundamentar a nota de culpa a ser entregue ao trabalhador.

Aos depoimentos das testemunhas, que podem ser outros trabalhadores, clientes, fornecedores que estejam envolvidos com os acontecimentos que o empregador considere violadores da relação laboral, deve-se seguir o relatório preliminar, elaborado pelo instrutor do processo, no qual este descreve os factos imputados ao trabalhador, denominado “arguido”, cabendo ao instrutor propor a elaboração da nota de culpa ao empregador.

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1320 euros como mínimo de salário para licenciados em grandes empresas

Por: Marta Godinho

Cerca de meia centena das grandes empresas portuguesas assinaram hoje, dia 19 de janeiro, o “Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens” promovido pela Fundação José Neves (FJN) com a promessa de aumentar o emprego juvenil e assim melhorar a qualidade laboral, como é o caso dos níveis de salário.

O pacto prevê novas adesões no futuro (sendo que a Altice, Bial, CTT, EDP, Feedzai,  Teleperformance, Caixa, Corticeira Amorim, Fidelidade, Galp, NOS, Manpower Group, REN, RTP, Santander, SIBS e Navigator já são algumas das empresas signatárias) e metas até 2026 para melhorar os salários atuais e a qualidade do emprego dos jovens até aos 29 anos de idade. Ademais, as empresas comprometem-se a aumentar 10% as contratações de jovens até 29 anos e que mais de 19% dos jovens dessas companhias tenham contratos sem termo. 

Quatro áreas fundamentais de atuação neste pacto são a contratação e retenção jovem, o garante de emprego de qualidade, a formação e desenvolvimentos dos jovens e o poder da voz. Dito isto, as organizações comprometem-se a “aumentar a percentagem de jovens nas novas contratações” e “aumentar a percentagem de jovens que permanecem na empresa dois anos consecutivos”, lê-se no pacto.

Outra das promessas neste pacto implica que, nos próximos três anos, o aumento da “percentagem de jovens com ensino superior com salários de valor mínimo equivalente ao nível remuneratório correspondente à entrada na carreira geral de técnico superior” [em 2022, eram 1320 euros], “aumentar a percentagem de jovens trabalhadores com contratos sem termo” e “aumentar a percentagem de jovens com ensino superior que desempenhem funções adequadas ao seu nível de qualificação”.

De forma a elevar a formação e desenvolvimento dos jovens, o pacto prevê “assegurar que, pelo menos, 50% dos jovens trabalhadores participaram em ações de formação efetivas com o apoio da empresa, nos três anos anteriores a 2026“, “integrar estagiários jovens na empresa e/ou criar oportunidades para formação em contexto de trabalho para alunos que estão em formação profissional no ensino secundário ou superior” e “aumentar o número de jovens trabalhadores que beneficiam de acompanhamento regular sobre performance e expectativas e de um plano de desenvolvimento ou mentoria”.

Por fim, para dar voz aos jovens, ficou acordado que as empresas signatárias deste documento vão “aumentar a percentagem de jovens nos quadros superiores da empresa”, “aumentar o número de jovens trabalhadores da empresa envolvidos nas iniciativas desenvolvidas ou criadas pela empresa para dar voz aos jovens na empresa” e “aumentar o número de jovens que se reconhecem e identificam com o propósito da empresa, e dos que se dizem satisfeitos e reconhecem o seu contributo para os resultados da empresa”.

Segundo o Governo, propõe-se reforçar as políticas ativas de emprego, tais como o apoio à criação de emprego e à transição dos jovens para o mercado de trabalho, tal como a implementação de políticas de formação, qualificação e emprego, para continuar a trajetória que aproxime Portugal da média europeia.

“Temos o objetivo claro de ter impacto real na melhoria dos índices de qualidade e quantidade do emprego jovem até 2026“, resume o responsável pela Fundação José Neves.

“A nossa expectativa é que estas primeiras 50 empresas possam transformar-se em muitas mais e ajudar a alterar a realidade do emprego jovem em Portugal. Queremos transformar este pacto num movimento nacional que possa ter impacto em todo o país“, admite Carlos Oliveira, presidente executivo da FJN.

É de reforçar que desde 2015 que a taxa de desemprego dos jovens com menos de 25 anos em Portugal tem sido mais do dobro da taxa de desemprego da população em geral. Durante a pandemia chegou mesmo a ser 3,5 vezes superior. Dificuldades na transição para o mercado de trabalho, incluindo entre os jovens mais instruídos, e a prevalência de relações contratuais não permanentes explicam o agravamento do desemprego jovem.

Quanto aos licenciados entre os 25 e os 34 anos atualmente empregados, 30% são considerados sobrequalificados para a profissão que exercem, segundo o Livro Branco “Mais e Melhores empregos para os jovens”, uma iniciativa da Fundação José Neves, do Observatório do Emprego Jovem e da Organização Internacional do Trabalho para Portugal.

Desta forma, todas as empresas signatárias sentem a urgente necessidade de atuar de forma estratégica e unir esforços de forma a promover o emprego jovem até aos 29 anos e de criar condições de emprego mais atrativas, alinhadas com as expectativas individuais e nacionais.

“A seguir à assinatura do pacto vamos começar a preparar a primeira reunião semestral para monitorização, análise do trabalho realizado e partilha de boas práticas, que contará com a presença do Senhor Presidente da República, do Governo e das empresas”, conclui Carlos Oliveira.

Paralisação da TAP entre os dias 25 e 31 de janeiro

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Por: Marta Godinho

A proposta da TAP foi reprovada por “larga maioria”, levando os tripulantes de cabine da companhia aérea portuguesa a avançar relativamente à greve que decorrerá entre os dias 25 e 31 de janeiro.

Em assembleia-geral desde as 10 horas, em Lisboa, os tripulantes rejeitaram, pela segunda vez, uma proposta da TAP que ia ao encontro de 12 das 14 reivindicações do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), de forma a tentar evitar uma nova greve de sete dias depois da paralisação que se fez sentir durante dois dias em dezembro com um impacto de oito milhões de euros na companhia aérea.

O dirigente sindical do SNPVAC, Ricardo Penarróias, apresentou-se numa reunião com o ministro das Infraestruturas, João Galamba, que se manifestou “convicto de que a assembleia-geral do SNPVAC dará um passo decisivo para a melhoria da situação dos trabalhadores e da companhia aérea, permitindo evitar uma greve de sete dias que causaria um grave dano à empresa”, acrescentando e reforçando “a sua confiança e o apoio à proposta da TAP”.

“Iremos discutir o documento, ouvir as opiniões de todos os associados e, no final, são os associados que irão tomar a decisão”, acrescentou Ricardo Penarróias, presidente do SNPVAC.

“Foi uma conversa construtiva, informal, sensibilizando para a importância do momento, a importância que uma greve poderá ter para a saúde financeira da empresa. Nós somos sempre sensíveis a isso”, concluiu.

Quando questionado sobre as diferenças entre a proposta que está agora em cima da mesa e a anterior, que foi reprovada, e não conseguindo evitar a greve de dois dias em dezembro, Ricardo Penarróias afirmou que se trata de “questões muito técnicas”, como, por exemplo, o regresso de mais um tripulante aos voos transatlânticos, com mais de seis horas, que estavam a ser realizados com quatro elementos.

Para o SNPVAC, a falta de mais um tripulante naqueles voos é “questionável” em termos de segurança e “miserável” em termos de condições laborais.

Ademais, referiu que houve avanços nas negociações com a empresa. Contudo, é imperativo saber se serão suficientes para os tripulantes, de forma a evitar uma nova greve na companhia aérea.

Taxa de juro do crédito à habitação sobe para 1,898%

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Por: Marta Godinho 

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação subiu para 1,898% em dezembro de 2022, sendo o valor mais elevado desde setembro de 2012. A subida foi de 30,1% face a novembro de 2022 (1,597%), segundo os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgado esta quinta-feira, dia 19 de janeiro.

Nos contratos nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 2,365% em novembro para 2,715% em dezembro do ano passado. Em dezembro, o capital médio em dívida aumentou 241 euros para 62,004 euros.

Quanto à prestação média, esta fixou-se em 299 euros em dezembro, valor que verificou uma subida de 11 euros face a novembro e 46 euros (18,2%) comparando com dezembro de 2021. Nos contratos nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 29 euros para 536 euros.

No ano passado, a taxa de juro média anual para o crédito à habitação no seu total fixou-se em 1,084%, um valor superior em 24,2% a 2021. O capital médio em dívida aumentou 3,833 euros para 60 142 euros e a prestação média mensal aumentou 12,9% (31 euros) para 268 euros.

“Preservamos como compromisso produzir uvas e vinhos de forma sustentável” – Nuno Brito 

 

Por: Ana Rita Justo

Com 270 sócios e 2200 hectares de vinha, a Adega de Borba tem assumido, nos últimos anos, um investimento significativo na otimização de processos produtivos tendo em vista políticas mais sustentáveis. Falámos com Nuno Brito, que assumiu a direção-geral da empresa no ano passado depois de passar pelo mercado da consultoria e por outras empresas de distribuição alimentar, sobre os principais desafios sentidos no contexto atípico que se vive e sobre as medidas que fazem desta empresa com quase 70 anos de história um caso de sucesso nacional. 

PME Magazine – De que forma a Adega de Borba tem modernizado a produção e as formas de trabalho? 

Nuno Brito – O investimento em tecnologia de produção e sistemas de apoio à gestão, bem como a melhoria contínua de processos tem sido uma constante da vida da empresa, como condição essencial para a sobrevivência e sucesso no mercado. A Adega de Borba está igualmente certificada pelo Sistema de Gestão de Qualidade e Segurança Alimentar (NP ISO 9001 e ISO 22000), assim como pela exigente norma de certificação IFS, que nos permite concorrer ao fornecimento de cadeias internacionais de distribuição. 

PME Mag. – Quais as principais apostas atuais?
B. – Temos como pilares estratégicos, em primeiro lugar, a promoção da notoriedade dos vinhos que produzimos, garantindo a genuinidade e características únicas da sub-região dos vinhos de Borba. Em segundo lugar, aprofundar a sustentabilidade ambiental e social da Adega. Em terceiro lugar, apostar na internacionalização dos nossos produtos e marcas. Por último, trabalhar a eficiência de todos os processos, da vinha à garrafa e melhorar a profissionalização e valorização dos nossos recursos humanos.

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@tualizar velhos hábitos com integração dos mais novos

Por: Martim Gaspar

O CDI (Center of Digital Inclusion) é uma organização não-governamental de inclusão e inovação social e digital, com presença internacional. Tendo chegado a Portugal em 2013, o objetivo da entidade cifra-se em transformar as vidas das pessoas através da tecnologia. Dentro das várias vertentes que dispõe, a organização apresenta agora a 3.ª edição do projeto @tualiza-te, que procura atrair jovens interessados em marketing digital para coordenar projetos de transformação digital em negócios locais na região de Valongo.

O @tualiza-te surge a partir da atuação do CDI Portugal com o projeto Centro de Cidadania Digital de Valongo, como mais uma oportunidade dos jovens adotarem as novas tecnologias como o caminho a seguir, mais especificamente na área do marketing digital. Ao mesmo tempo que adquirem conhecimentos necessários sobre esta área, os mesmos desenvolvem projetos em contexto real, para benefício de negócios locais para que estes aproveitem as vantagens da economia digital.

O projeto decorre na região de Valongo, aliando-se ao município a fim de dinamizar um espaço colaborativo que pretende instruir e abrir a comunidade a tirar partido das oportunidades do mundo digital, contribuindo para uma cidade mais inovadora, criativa e humana.

Através de formação certificada pelo Centro de Formação do Porto, os participantes poderão integrar-se em diversas áreas do marketing digital, nomeadamente, gestão de projeto, gestão de website, social media, conteúdos digitais, campanhas de comunicação digital e design, marketing e publicidade, bem como a oportunidade de fazer parte da transição digital dos negócios da região.

Com o @tualiza-te é incentivado o desenvolvimento de projetos em contexto real pelos seus participantes, em equipas, ocupando o papel de consultores, com apoio de formadores especializados em diferentes áreas de marketing digital para, desta forma, desenvolverem aprendizagens com impacto real nos pequenos negócios locais. A aproximação dos jovens aos negócios locais, potenciando oportunidades de emprego futuras, permite aos empresários acesso a ferramentas e outputs que de outra forma não teriam acesso tão facilitado e o papel dos participantes serve como de jovens embaixadores para a economia digital, contribuindo num projeto com propósito de ajudar à promoção e ao crescimento dos negócios locais.

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