Terça-feira, Abril 29, 2025
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48,6% dos portugueses receia o impacto da inflação em 2023

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Por: Marta Godinho

Num estudo realizado em conjunto pela Multidados e pela Guess What, por via de métodos telefónicos e online, revelou que 48,6% dos inquiridos portugueses considera que o seu nível de vida vai ser pior ou muito pior em 2023 devido aos efeitos da inflação e o impacto que terá nas suas vidas.

Dentro da inflação com 66,8%, estão também fatores de risco como a guerra (24%) e o impacto da pandemia (2,4%) nalgumas das preocupações dos portugueses para o ano que se avizinha.

Quanto aos rendimentos, 52,6% dos inquiridos prevê uma quebra de rendimentos em 2023, sendo que 33,7% acredita que a quebra será na ordem dos 5% e 9%. Devido a este possível cenário, 84% estima fazer cortes nas suas despesas.

Quanto a investimentos em produtos financeiros, os inquiridos mostraram algum desinteresse, sendo que 54% afirmou não fazer nem pretender fazê-lo e 84% referiu que não pretende investir em criptomoedas.

Dentro do universo de lazer, 18,8% dos inquiridos tenciona iniciar hábitos de leitura, sendo que 70,6% pretende continuar esse mesmo hábito. 49,1% dos inquiridos pretende iniciar a prática de exercício físico e 47,1% pretende manter este hábito. Já 40,9% refere que pretende cuidar da sua mente através de meditação, por exemplo.

Quando questionado o tema da guerra, 47,4% acredita que a guerra na Ucrânia não vai terminar em 2023, sendo que 91,1% apoia a Ucrânia no conflito, mas que 36,9% indica que a inflação poderá levar a um recuo neste apoio.

Este estudo recolheu mil respostas por parte dos inquiridos portugueses e foi realizado entre os dias 12 e 20 de dezembro.

“Estamos dedicados a capacitar pessoas e negócios” – Carla Santos

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Por: Marta Godinho

A Capacitare é uma consultora micromultinacional que tem como objetivo capacitar e empoderar pessoas, empresas privadas e entidades públicas a ultrapassar desafios de formalização de talento estrangeiro contratado para potenciar projetos. Em entrevista à PME Magazine, Carla Santos, CEO da Capacitare, conta-nos sobre a consultora e a sua missão, as Conversas de Café online e de que forma as empresas podem recorrer à Capacitare.

PME Magazine (PME Mag.) – O que faz a Capacitare?

Carla Santos (C. S.) – A Capacitare é uma consultora-boutique, micromultinacional focada em capacitar e empoderar pessoas, empresas privadas e entidades públicas a ultrapassarem desafios associados à formalização de talento estrangeiro contratado para potenciar projetos; ao processo migratório e iniciativas de empreendedorismo pessoal; e à gestão de iniciativas de apoio a munícipes e associações. Junto de empresas privadas, a Capacitare contribui para melhorar a sua logística de gestão de recursos humanos, mais especificamente dos processos formais exigidos na contratação de talento estrangeiro em Portugal. Com menos limitações à mobilidade de trabalhadores competentes e habilitados, essas empresas estão a usufruir de oportunidades para alavancar novos projetos, que requerem perfis e competências específicas, encontradas no palco global. Junto de cidadãos que migram para Portugal, a Capacitare simplifica e agiliza a forma como navegam a complexidade dos processos para regularizar o seu estatuto e documentação, visando assegurar o seu bem-estar e o das respetivas famílias em conformidade com a lei e infraestrutura nacional. Junto de novos empreendedores ou projetos de relocação de negócio para Portugal, a Capacitare agiliza a formalização da empresa e dos colaboradores estrangeiros que contrata em território nacional, e facilita a navegação e identificação de iniciativas de apoio disponíveis e relevantes (como por exemplo, acesso a financiamento ou apoio à contratação), críticas para a sustentabilidade-futura do negócio. Junto de entidades públicas como Câmaras Municipais e entidades da Economia Social, a Capacitare desempenha um papel de facilitação importante e impactante, isto porque apoia os esforços para empoderar técnicos de front-office, munícipes e associados a seguirem procedimentos de forma mais eficaz e a melhor implementar as medidas de apoio que gerem, visando criar o impacto positivo ao qual se propõem.

PME Mag. – O que têm feito no âmbito das empresas?

C. S. – Cada vez mais empresas preocupam-se em oferecer um apoio mais completo e eficaz aos colaboradores estrangeiros que contratam, e que precisam de regularizar os seus documentos (estatuto legal), criando dessa forma maior segurança e paz à volta das suas pessoas. A maturidade dos processos que são implementados difere imenso de organização para organização, mas a maior parte dos nossos clientes quer inovar o processo atual que gere essas atividades ou criar e implementar novas iniciativas e boas-práticas alinhadas à excelência internacional. Tendemos a colaborar com as áreas dedicadas às pessoas da organização, incluindo os departamentos de Responsabilidade Social e Inovação, Igualdade e Diversidade, Recursos Humanos, até mesmo Gabinetes de Apoio ao Atleta, no caso de entidades desportivas. Na Gulbenkian por exemplo, fizemos um caminho de co-criação com variadas organizações nacionais e internacionais para analisar e inovar boas-práticas a serem implementadas pelo governo Português como políticas públicas. Aguardamos, neste momento, pela apresentação pública das recomendações que daí emergiram para a inclusão, diversidade e igualdade de grupos atualmente sub-representados no nosso país. Colaboramos com clientes que querem contratar talento estrangeiro com um perfil de competências muito específico, crítico para integrar diferentes projetos na organização. Verificamos que essas empresas ainda têm de lidar com stakeholders internos e externos muito focados nos obstáculos e dificuldades em vez de encontrar soluções e alternativas. Nessas situações a nossa abordagem permite-nos fazer triagens detalhadas entre os timings internos do projeto e do processo em concordância com a legislação em vigor, capacitando empresas a concluir contratações de forma mais eficaz. De forma geral estendemos o nosso apoio às famílias dos colaboradores, associados e munícipes, que elogiam a forma como descomplicamos e agilizamos processos que chegam a ser emocionalmente desgastantes, e a abordagem paciente, atenciosa e prática que damos a cada membro da família. Na sua área de atendimento ao colaborador, as empresas com quem colaboramos estão a reduzir significativamente taxas de reclamação, e a otimizar índices de baixa produtividade e eficiência, isto porque capacitamos os seus técnicos a terem maior claridade e agilidade sobre os processos de contratação de estrangeiros. Colaboramos de forma muito privilegiada com empresas comprometidas com ODS, o Pacto Global das Nações Unidas ou que procuram desenvolver a sua jornada ao nível da certificação B-Corp, trazendo uma capacidade de as conectar a uma diversidade de projetos de comunidades sub-representadas, que por conseguinte visam escalar e diversificar os apoios que recebem.

PME Mag. – Qual o objetivo das conversas de café online?

C. S. – As Conversas de Café conectam as diferentes audiências com quem trabalhamos (cidadãos, entidades públicas e privadas) e potenciam a partilha de diferentes boas-práticas e perfis de competências, bem como um networking qualificado entre participantes. É uma forma descontraída de humanizar o processo migratório e toda a logística legal associada, e encorajar espaços de diálogo e co-criação de novos produtos e serviços face às realidades que os diferentes stakeholders vão demonstrando. A Capacitare surgiu de uma vasta experiência na área das migrações e mobilidade humana, e o seu DNA é inspirado pelas 5 dimensões consagradas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Pessoas, Parcerias, Paz, Prosperidade e Planeta. As Conversas de Café partem desses pressupostos, daí que oferecem esperança e refletem esse espírito de entreajuda e sustentabilidade, com histórias de vidas reais, onde pessoas, empresas e entidades públicas inspiram-se mutuamente e são complementares. É impossível falar sobre empresas e a sua cultura organizacional e desassociar o propósito dos seus colaboradores, porque no cerne dessa questão falamos de potenciar sonhos, projetos de vida, de valorizar a necessidade de viver em paz numa sociedade inclusiva, aproximando famílias e assegurando um melhor equilíbrio profissional, psicológico e emocional.

PME Mag. – Como podem as empresas recorrer à Capacitare?

C. S. – Convidamos colegas responsáveis pelos processos de contratação (RH, Formação por exemplo), ou Coordenadores de Projetos direcionados à economia social a conversar connosco sobre novas formas de inovar ou de streamline a operacionalidade e eficiência das atividades envolvidas na contratação de estrangeiros e gestão de projetos, e como alcançar os resultados que pretendem na próxima fase de expansão e sustentabilidade. Estamos dedicados a conectar, empoderar e capacitar pessoas, projetos e negócios com uma equipa multidisciplinar, capacitada para entender as diferentes oportunidades e alternativas do projeto ou objetivos a alcançar.

2022 foi um ano recorde de ocupação de escritórios em Lisboa e Porto

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Por: Marta Godinho

A JLL, empresa de serviços profissionais especializada em imobiliário e gestão de investimento, lançou um estudo que revelou que entre janeiro e novembro de 2022 foram ocupados 312 mil metros quadrados de escritórios em Lisboa e no Porto. Estes dados superam em 75% os 178 mil metros quadrados tomados durante o mesmo período em 2021, em ambas as regiões.

“Este ano foi surpreendente para os escritórios. Apesar de termos saído da situação pandémica, logo no início do ano, a conjuntura internacional alterou-se drasticamente com o conflito na Europa e as condições económicas também se agravaram. Isso levantou muitos receios, mas a verdade é que as empresas seguiram os seus planos de mudança de instalações, criaram-se empresas e continuaram a surgir novos ocupantes internacionais no nosso país”, afirmou Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL.

“2022 foi realmente um ano de procura muito intensa. Para 2023, estamos expectantes, pois não só partimos de uma base de ocupação em níveis máximos, como se adivinha um ano de grandes desafios ao nível das condições económicas, com impacto no consumo e o respetivo reflexo na atividade de grande parte das empresas potencialmente ocupantes”, acrescenta.

Na região de Lisboa, a ocupação centra-se nos 259,200 metros quadrados até novembro com um total de 186 negócios concretizados com área média de 1,400 metros quadrados. Isto reflete um crescimento de 88% face ao mesmo período em 2021 com um valor de 137,900 metros quadrados.

O estudo concluiu que o Parque das Nações foi a localização mais dinâmica com 27% da ocupação anual com forte atividade de pré-arrendamento. As empresas de Serviços Financeiros foram as mais dinâmicas com 35% de área ocupada durante o ano.

Já na região do Porto, a ocupação centra-se nos 52,700 metros quadrados até novembro com um total de 61 negócios concretizados com área média de 900 metros quadrados. Isto representa um crescimento de 31% face aos 40,300 metros quadrados ocupados no mesmo período em 2021.

Matosinhos e o CBD-Baixa apresentam um equilíbrio de zonas com a maior procura com 35% e 33% do take-up anual, respetivamente. Os setores de TMT´s & Utilities são os de procura mais ativa e líderes destacados do mercado no Norte, com 51% da ocupação anual.

Este estudo também analisou o desempenho mensal dos mercados de Lisboa e do Porto em novembro. No Porto, foram ocupados 3,200 metros quadrados e em Lisboa foram ocupados 5,300 metros quadrados, sendo que foi tido em conta os níveis de atividade menos dinâmicos ao longo do ano. Sofia Tavares concluiu que “estes últimos meses do ano têm sido menos robustos em termos de ocupação, o que é natural após um período com índices de atividade muito fortes e concretização de negócios de grande dimensão, como aconteceu no verão”.

Greve na CP e IP obrigam à supressão de comboios

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Por: Martim Gaspar

Segundo uma fonte da operadora ferroviária, a greve na CP, Comboios de Portugal, e na IP, Infraestruturas de Portugal, levou à supressão de 447 comboios no dia 25 de Dezembro, tendo apenas circulado 138.

Para os dias de greve foram definidos os serviços mínimos de 25% dos comboios nos dias 23 e 26 de dezembro e para os feriados de dia 25 de dezembro e 01 de janeiro de 2023. Segundo a nota dos sindicatos, a greve definida para os seguintes dias procura garantir prémio financeiro, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da discriminação entre trabalhadores.

Face às greves dos próximos dias, a CP colocou uma nota na sua página oficial, referindo “perturbações na circulação de comboios, a nível nacional”, “com possível impacto nos dias anteriores e seguintes aos períodos de greves”.

Os clientes que viram os seus comboios cancelados podem pedir o reembolso total até 10 dias após o fim da greve ou a revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria.

“Queremos desenvolver experiências digitais poderosas para clientes B2B” – Pedro Palrão

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Por: Marta Godinho

A agência MagicWay é uma consultora estratégica em inovação com o foco no engagement digital das empresas com os seus clientes. Em entrevista à PME Magazine, Pedro Palrão, fundador e CEO da MagicWay, conta-nos sobre o posicionamento da empresa, as diferentes necessidades do mercado e clientes em Portugal e na Estónia, o funcionamento do novo programa de CX 4.0 e as expetativas e planos para 2023.

PME Magazine (PME Mag.) – Como carateriza a empresa?

Pedro Palrão (P. P.) – Somos uma agência global de consultoria estratégica em inovação com foco no engagement digital das empresas com os seus clientes. O nosso propósito é desenvolver experiências digitais poderosas para clientes B2B através de estratégias de Inovação. A MagicWay pretende ser um parceiro dos seus clientes em todas as frentes dos projetos de inovação: a Conceptualização, a Implementação e a Monitorização.

PME Mag. – Como funciona o mercado business to business e como se destacam das restantes empresas?

P. P. – O grande objetivo é auxiliar os nossos clientes a proporcionarem uma experiência de cliente diferenciadora, onde o digital assume um papel fundamental na construção de uma jornada de cliente omnicanal. Apresentamos soluções de consultoria com uma abordagem data-driven que os nossos clientes podem adotar e implementar na sua estratégia de marketing e comunicação.

PME Mag. – Como vê as áreas do digital, marketing e comunicação? Sente que são essenciais para a otimização e sucesso das empresas?

P. P. – O que sentimos é que existem diversas iniciativas de marketing e de comunicação isoladas, que não estão alinhadas entre si, ou pelo menos não têm um sistema de monitorização que permita às empresas acompanhar de perto o impacto e correlação que estas iniciativas têm no impacto do negócio.  A nossa janela de oportunidade é desenhar com as empresas um sistema que permita implementar diversas iniciativas num ecossistema digital e que possa ser monitorizado em tempo real, sempre com foco naquilo que os consumidores transmitem através das suas experiências.

PME Mag. – Existe muita diferenciação tanto nos clientes e mercado em Portugal e na Estónia?

P. P. – A maturidade digital das empresas da Estónia é consideravelmente maior do que em Portugal. A Estónia tem atualmente em Tallin um ecossistema digital de startups tecnológicas muito avançado, o que lhe confere uma maior amplitude de ação nas áreas de customer experience e data-thinking.

PME Mag. – Sente que os serviços de consultoria dadas às empresas são cada vez mais fundamentais para o crescimento das mesmas?

P. P. – Há cerca de 3 anos, começou a dar-se relevância ao papel do CXO (chief experience office), alguém que no C-Level (ao nível de cargos de chefia) das empresas se dedica a pensar e potenciar a experiência de cliente e a relação com a marca. O nosso processo de consultoria tem personificado um pouco esse papel junto dos nossos clientes, implementado diversos diagnósticos à maturidade digital das empresas para que em cima disso possamos sugerir/implementar uma boa experiência de cliente.

PME Mag. – Como funciona o novo programa CX 4.0? Qual o grau de eficácia?

P. P. – O CX4.0 é destinado a medir a maturidade digital das empresas e redesenhar a experiência dos seus clientes no contacto com os diversos canais de comunicação. Está desenhado em 3 etapas, que consistem numa análise à maturidade digital das empresas, na criação e desenho de uma experiência de cliente recorrendo a processos de design thinking, e à implementação de um sistema de monitorização da jornada de cliente nos diversos canais de comunicação da empresa. Temos trabalhado com diversas PME que estão a crescer e a exportar para diversos países. O grau de eficácia tem sido bastante positivo dado ao impacto que um processo destes tem nos resultados da comunicação digital da empresa e consequentemente no negócio.

PME Mag. – A metodologia da empresa baseada em conceptualização, implementação e acompanhamento são os pilares que tornam a vossa consultoria mais eficaz?

P. P. – “Concept, Plug and Play” é a nossa framework de atuação 360º. Neste momento conseguimos aliar a componente de consultoria à da implementação, através da nossa equipa digital e parceiros tecnológicos, o que reforça o nosso know-how em várias frentes de todo o processo de consultoria.

PME Mag. – Quais os planos para 2023?

P. P. – Para 2023 queremos continuar a melhorar a nossa framework de consultoria e alargar a área de atuação a outras áreas, como o metaverso, assim como criar produtos de inovação direcionados para B2B.

Rendas sobem mais 34,5% face ao ano passado

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Por: Marta Godinho

O portal imobiliário Imovirtual divulgou um estudo que analisa a evolução dos preços médios anunciados de venda e arrendamento em Portugal, baseado em dados disponíveis na plataforma. Estes permitem comparar os dados do terceiro e quarto trimestre deste ano com o mesmo período homólogo de 2021.

As principais conclusões deste estudo revelaram que o quarto trimestre deste ano registou um preço médio de venda de 408.332 euros, que apresenta um aumento de 39 mil euros no preço e um crescimento de mais 10,6% comparado com mesmo período em 2021 (preço médio de 369.190 euros). O terceiro trimestre deste ano registou um valor médio de venda de 403.340 euros que reflete um aumento de 1,2%.

O distrito mais caro para comprar casa no último trimestre deste ano foi Lisboa (639.213 euros), seguido de Faro (579.679 euros) e a Região Autónoma da Madeira (472.701 euros). Em seguida, Setúbal (383.780 euros) e Porto (371.968 euros). Por outro lado, os distritos mais baratos mantiveram-se em Portalegre (115.510 euros), Castelo Branco (125.212 euros) e Guarda (126.892 euros).

A maior quebra do preço médio de venda no quarto trimestre face ao trimestre anterior deste ano foi Bragança que desceu de 195.503 euros para 150.939 euros (-22,8%). Este valor também se verificou no quarto trimestre de 2021 com valor de 218.493 euros (-30,9%).

Quanto ao quarto trimestre de 2021, este regista os maiores aumentos do preço médio de venda na Madeira (+23,6%) e Santarém (+17,1% com preço fixo em 200.483 euros). Com aumentos significativos encontram-se os distritos de Faro (+15,6%) e Aveiro (+15,4%).

Relativamente ao arrendamento, o valor da renda média permaneceu nos 1.405 euros no quarto trimestre deste ano (aumento de 34,5% face ao período homólogo de 2021 que registou 1.045 euros), representando um encarecimento de 360 euros na despesa mensal. Quanto ao terceiro trimestre deste ano, as rendas também subiram mais 7,4%.

O último trimestre deste ano mostrou que seis distritos apresentam uma renda média acima dos mil euros, sendo que Lisboa já se encontra acima dos dois mil euros de renda média mensal (2.018 euros), seguido do Porto (1.267 euros), Faro e Évora (1.167 euros), Setúbal (1.157 euros) e Madeira (1.134 euros). Contrariamente, os distritos mais baratos para arrendar casa em Portugal continua a ser Portalegre (387 euros) e Guarda (485 euros).

Évora foi o distrito com maior aumento da renda no quarto trimestre deste ano face ao terceiro trimestre (+52,7%) passando de 765 euros para 1.167 euros. Igualmente, Bragança registou um aumento significativo de +33,6% com rendas de 463 euros a subir para 618 euros. Comparativamente ao quarto trimestre de 2021, Évora registou um aumento de +99,2% com rendas de 586 euros a escalar para 1.167 euros em apenas um ano. Outro aumento substancial da renda média registado foi em Lisboa (+55,3%) e Castelo Branco (+50,3%).

As maiores quebras de renda registadas no quarto trimestre comparado com o terceiro trimestre deste ano foi na Guarda (-18,8%) que desce de 598 euros para 485 euros e Beja que desceu de 723 euros para 616 euros. Face ao período homólogo em 2021, a renda média baixa em Portalegre (-4,5%), distrito eleito como o mais barato para arrendar casa em Portugal.

4 em cada 10 novas funções serão de “intensidade digital”

Por: Marta Godinho

A Iniciativa Nacional de Competência Digitais e.2030, InCoDe.2030, uma iniciativa integrada de política pública que visa promover as competências digitais, lançou os resultados do “Estudo para a Empregabilidade (não TIC) no Futuro” que permitiu observar o emprego não TIC em Portugal e identificar as exigências de diferentes perfis profissionais num prazo de 3 a 6 anos. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), 4 em cada 10 novas funções serão de “intensidade digital elevada”, sendo que se prevê o aumento em ganhos e produtividade, traduzidas em crescimento económico na generalidade das profissões.

No estudo realizado em colaboração com a PwC Portugal e a McKinsey & Company, verificaram-se 49 profissões como prioritárias e desenvolvido um quadro de referência de 22 competências digitais para o emprego. Ademais, foram elaborados percursos formativos no digital para cada uma das profissões a partir de testes de diagnóstico para posicionamento num processo de formação.

“Numa sociedade cada vez mais digitalizada, em que as profissões assentam de forma crescente em instrumentos digitais, é especialmente relevante assegurar que os trabalhadores e as trabalhadoras têm as competências para garantir o exercício da sua profissão”, sublinha Luísa Ribeiro Lopes, coordenadora geral do InCoDe.2030.

“Com este estudo, o InCoDe.2030 espera contribuir para o desígnio de ajudar empresas e colaboradores a superar os desafios impostos pela transição digital”, acrescenta.

A evolução do quadro digital como um dos principais impulsionadores de mudanças profundas na organização do trabalho leva a uma pressão extra colocada em profissões não especializadas no digital (não-TIC), que, para converter os desafios inerentes, é preciso um esforço de upskilling e reskilling dos profissionais.

Greve na CP com suspensão de 136 comboios até às 08:00 horas

Por: Marta Godinho

A greve de hoje, dia 23 de dezembro, da Comboios de Portugal (CP) e das Infraestruturas de Portugal (IP) obrigou a suspensão de 136 comboios e levando à circulação de apenas 109 comboios até às 08:00 horas, segundo fonte oficial da CP.

Estão cumpridos os serviços mínimos previstos que contavam com a circulação destes 109 comboios, num total de ativos regulares de 245, até às 8 horas da manhã. Os serviços mínimos definidos para o resto do dia de hoje vão centrar-se em 25% concentrando-se, essencialmente, no início e no final do dia, nas chamadas “horas de ponta”, segundo a CP.

Esta greve, por parte dos trabalhadores da CP e da IP, está prevista ocorrer também no dia 26 de dezembro para reivindicar um prémio financeiro que compense a perda de poder de compra em 2022, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da “discriminação entre trabalhadores”.

Na quinta-feira, dia 22 de dezembro, a CP alertou, na sua página da internet, para a previsão de “perturbações na circulação de comboios, a nível nacional com possível impacto nos dias anteriores e seguintes aos períodos de greve”.

Os bilhetes que já tenham sido adquiridos pelos clientes podem receber reembolso total do valor até 10 dias após terminada a greve e receber a revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria.

Portagens aumentam 4,9% em 2023

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Por: Marta Godinho

A medida aprovada em Conselho de Ministros na Assembleia da República, esta quinta-feira, prevê o aumento do valor das portagens em 4,9% no próximo ano, valor abaixo do proposto pelas concessionárias que rondava os 10%.

“Era para nós claro que um aumento de 9,5% e 10,5% era insuportável, mas também há contratos e responsabilidades (…) e tentámos encontrar uma solução equilibrada que permitisse um aumento menor”, afirmou o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

Devido à fase difícil pela qual as famílias portuguesas estão a atravessar, Pedro Santos reforçou que “um aumento de 10,5% é incomportável e insuportável para as famílias portuguesas”.

Desta forma, a partir de dia 1 de janeiro, as taxas de portagens vão ter um aumento de 4,9% que vai ser suportado pelos utilizadores, sendo que “2,8% serão responsabilidade do Estado e o remanescente, até 9,5% ou 10,5%, será suportado pelas concessionárias”.

“Sem querer alongar muito, as portagens não vão aumentar nessa dimensão [cerca de 10%], mas, nas próximas semanas, será conhecida a solução legal, jurídica que habilitará o Estado a travar o aumento das portagens, que é uma matéria que nos preocupa, obviamente, também a nós”, afirmou o ministro das Infraestruturas e da Habitação.

O primeiro-ministro António Costa também já adiantou que as portagens não vão aumentar 10% em 2023, um valor que decorre da fórmula que consta dos contratos de concessão com o Estado e que tem por base a inflação (que este ano atingiu valores inesperados).

As atualizações do preço das portagens para 2023 são propostas ao Governo pelas empresas concessionárias das autoestradas, com base na fórmula acima referida. Estas empresas já se apresentaram disponíveis para negociar o valor com o Governo, tendo em conta a crise inflacionista que o país atravessa.

O impacto desta medida para os cofres do Estado ascende para 140 milhões de euros.

Efforie, a nova marca de artigos de luxo em segunda mão

Por: Marta Godinho

Efforie é o nome da nova marca de artigos de luxo online que nasceu em Braga sob o lema “se não usa algo há anos, venda” de Bruna de Castro e de Diana Pinto Guimarães, duas amigas com uma paixão em comum por moda.

 A jovem licenciada em marketing de 26 anos, Bruna de Castro, e a jovem farmacêutica de 38 anos, Diana Pinto Guimarães criaram recentemente o projeto Efforie em conjunto. O seu propósito é disponibilizar uma solução simples para vender, trocar ou comprar um acessório de luxo que está a necessitar de uma segunda vida e o de proporcionar uma boa experiência para quem os procura.

Numa era repleta de tendências e múltiplas novidades, a Efforie pretende apelar a um consumo mais consciente, envolvendo um ciclo de compra e venda a todas as amantes por moda de luxo estarem no seu melhor com muito pouco ou nenhum desperdício.

O acesso a artigos de luxo não é acessível a qualquer pessoa, seja por questões monetárias ou por modelos descontinuados, esgotados ou com grandes listas de espera. Por isso, Bruna de Castro afirma que “todos os produtos que temos estão em ótimo estado, e queremos que o cliente sinta que está a fazer uma compra como qualquer outra, de um produto de luxo novo” e que é possível “encontrar atualmente na Efforie produtos novos, por usar e ótimas oportunidades”.

“Temos vindo a observar o percurso que as marcas de luxo estão a fazer, entrando cada vez mais no nosso dia-a-dia e, por sua vez, despertando cada vez mais o desejo de compra em públicos jovens e com uma situação económica ligeiramente diferente do que acontecia até há bem pouco tempo”, reforça Bruna.

“Uma vez que este tipo de produtos tende a terem ótima qualidade e a serem estimados ao máximo, há realmente uma grande oportunidade para um mercado circular, de compra e venda deste tipo de produtos. Para além de querermos contribuir para um consumo sustentável e mais responsável, acreditamos que este mercado irá crescer nos próximos anos e a compra de produtos de luxo em segunda mão ficará completamente normalizada e para uma grande parte do público será a 1ª opção”, acrescenta.

“Com o meu know-how em marketing e em e-commerce, e com o conhecimento do mercado de luxo que a Diana possui, decidimos criar a EFFORIE, com a qual pretendemos chegar a todo o país, oferecendo uma ótima experiência de compra, sempre com base na confiança e com um apoio ao cliente como gostaríamos sempre de ter enquanto consumidoras”, completa.

A autenticação e certificação dos produtos é prioridade número um para as criadoras da marca que vêem a confiança dos seus clientes como fundamental para o sucesso da Efforie. Por isto, todos os produtos são acompanhados de documentação que legitima a originalidade dos produtos, sendo que podem ainda recorrer a um sistema de verificação designado Entrupy com IA (Inteligência Artificial) criado para analisar produtos exclusivamente de luxo.

A loja online já se encontra disponível com produtos em ótimo estado ou até mesmo sem qualquer tipo de uso. Novos produtos vão depender do mercado, apesar da marca apresentar sempre ofertas bastante regulares, sendo que a partir de janeiro de 2023 estarão disponíveis novidades no site.

Sem loja física atual, a empresa pretende abrir lojas em Braga e no Porto, num futuro próximo.