Quarta-feira, Abril 30, 2025
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Investimento sustentável reconhecido pelos investidores portugueses

Por: Marta Godinho

O estudo Schroders Global Investor Study 2022, que inquiriu mais de 23 mil pessoas sobre a sustentabilidade, revelou que 66% dos portugueses acredita que o investimento sustentável é a singular forma de assegurar a rentabilidade a longo prazo, em comparação com 60% dos inquiridos a nível global.

Cada vez mais conscientes das práticas de investimento como papel fundamental nas questões de sustentabilidade global, 67% dos portugueses concorda que este investimento pode impulsionar o progresso em desafios de sustentabilidade, tal como as alterações climatéricas. Este tema preocupa os portugueses quanto aos seus investimentos, sendo que 58% dos investidores nacionais salienta esta causa.

Os investidores portugueses cada vez mais acreditam que investir de forma sustentável é a forma de obter maior retorno a longo prazo (68%) e investidores “especialistas” acreditam que investir de forma sustentável pode gerar mudanças positivas quanto às alterações climáticas (70%), em comparação com as pessoas que classificam ter menos conhecimento como 65% dos investidores “intermédios” e 60% dos investidores que pensam ter conhecimentos de investimento “principiante”.

91% dos inquiridos reconhecem o quão atrativo os fundos sustentáveis são, sendo que 60% o veem atrativo pelo impacto ambiental mais vasto que aumentou desde 2021 e 45% veem-no como atrativo pelos seus princípios para a sociedade.

O estudo concluiu que 57% dos inquiridos nacionais e internacionais acreditam que fatores como a capacidade de escolha em investimentos alinhados com as suas preferências pessoais de sustentabilidade é o fator mais popular, seguido de 48% dos inquiridos nacionais e globais falarem da educação sobre o investimento sustentável em geral.

Por outro lado, a maior barreira para o aumento dos seus investimentos sustentáveis é, segundo 49% dos investidores portugueses e 51% dos inquiridos globais, a falta de transparência e os dados comunicados pelos fornecedores sobre o impacto dos investimentos sustentáveis.

Mencionados por ambos os inquiridos (nacionais e globais), os objetivos de sustentabilidade destes passam pela educação de qualidade como a área mais importante em que gostariam de ver os seus investimentos impactados (47% a nível global e 51% em Portugal) e também a redução das desigualdades (36% em Portugal) e água de qualidade e saneamento com 39% a nível global.

Primeiro-Ministro anuncia défice nos 1,5% em 2022 e crescimento mínimo de 6,7%

Por: Marta Godinho

O primeiro-ministro, António Costa, salientou que o crescimento económico será no mínimo de 6,7% em 2022 (aumento relativo às previsões do governo para 6,5%) e o défice não ultrapassará 1,5%, contrapondo os 1,9% previstos.

O primeiro-ministro reforçou que, desde que foi eleito chefe do executivo, só existiu um único “orçamento suplementar para dar resposta à emergência da pandemia”, tal como as previsões do governo que não se cumpriram terem levado a que os resultados fossem “sempre para melhor”.

António Costa falou, em entrevista à revista Visão, sobre o seu balanço económico desde que se tornou primeiro-ministro em 2015, recordando os portugueses de que nos quatro anos anteriores à sua governação foram necessários orçamentos retificativos.

Ademais, considerou que a falta de ideias alternativas e o “não conseguir confrontar com os resultados” levou a oposição a “encontrar outros argumentos falando de ´caos´”, repetindo “´ad nauseam´ coisas que não têm relevância para ninguém”.

Quanto às polémicas atuais envolvendo membros do governo, o chefe do executivo apenas referiu que não perde “um segundo” com as mesmas e que se “andasse a fazer políticas para os comentadores e para a bolha político-mediática” não teria ganho as eleições. Afirmou que apenas o caso da revogação de um despacho do ministro Pedro Nuno Santos sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa foi “o único verdadeiramente grave” que “foi resolvido em 24 horas e ultrapassado”.

Em entrevista, António Costa deixou críticas à taxa de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e ao atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, “só o engenheiro Carlos Moedas é que quer convencer os portugueses de que em menos de um ano consegue fazer o projeto do plano de drenagem de Lisboa”, ironizou.

Quando questionado sobre a sua candidatura à presidência da república, António Costa recusou afirmando que “cada um tem a vocação que tem, e quem gosta de ser primeiro-ministro e tem vocação para isso dificilmente se adaptará a uma função que é muito distinta”.

Já sobre o seu interesse num cargo executivo nas instituições europeias, o chefe do executivo defendeu que já possui esse cargo “por inerência” enquanto chefe de governo de um estado-membro da União Europeia (que lhe dá assento no Conselho Europeu): “Tenho um mandato, aqui, até outubro de 2026. (…) Neste momento, tenho uma grande missão, que me ocupa bastante e me deixa totalmente realizado. Na minha vida, nunca andei a pensar no que ia fazer a seguir”.

Startup israelita levanta 20 milhões para progresso em Portugal

Por: Marta Godinho

A startup israelita, Shield, através de uma nova ronda de investimento, vai apostar na internacionalização e assegurar o progresso hub em Portugal, o primeiro e único realizado fora de Israel. Este ano, a Shield já captou 35 milhões de dólares.

A empresa já realizou uma plataforma baseada em inteligência artificial (IA) para apoiar empresas a mitigar riscos em ambiente digital. Agora, captou 20 milhões de dólares numa ronda de investimento liderada pela Macquarie Capital, na qual participaram a UBS Next, a Mindset Ventures e a OurCrowd.

Nuno Hortênsio, country manager da Shield Portugal, anunciou em comunicado oficial que “o rápido crescimento da Shield e as necessidades e desafios que o setor financeiro atualmente enfrenta, impulsionaram este novo financiamento. Este novo valor irá beneficiar o centro de investigação e desenvolvimento em Portugal, que, em conjunto com Israel, continuará a assegurar o desenvolvimento da plataforma para os nossos projetos e clientes a nível mundial”.

O capital colecionado vai permitir à empresa reforçar a sua estratégia de internacionalização para novos mercados, tal como o americano, bem como assegurar o investimento e progresso do hub em Lisboa, que irá transitar para a capital em 2023 com uma equipa de 20 pessoas.

“Esta é mais uma prova de que existe uma necessidade imediata do mercado por uma solução moderna e proativa que potencialize a gestão e monitorização dos diferentes canais de comunicação usados pelo setor financeiro. A Shield está bem posicionada para atender a essa necessidade”, afirmou Shiran Weitzman, CEO e cofundador da empresa.

A startup já conseguiu levantar um total de 35 milhões de dólares este ano, convertendo-se em 33 milhões de euros.

David Standen, codiretor da Macquarie Capital acredita no valor que a empresa pode trazer para as organizações de finanças e que todo o investimento feito de capital de risco confirma “não só na solução, mas também nos planos de expansão da empresa”.

Sociedade Ponto Verde apresenta projeto circular para empresas

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Por: Marta Godinho

A Sociedade Ponto Verde, apresentou um novo projeto denominado “Saber Mais”, cujo objetivo é proporcionar às empresas mais conhecimento e competências em áreas essenciais para apoiar o seu percurso rumo à circularidade. O novo projeto está de acordo com um diagnóstico prévio que concluiu como prioridades de formação os temas da legislação ambiental (56%), a reutilização (24%) e o ecodesign e redução de embalagens (32%).

O projeto vai consistir em 12 ações de formação, a decorrer em 2023, e em formato online, de forma a capacitar os inscritos em matérias cada vez mais prioritárias como a gestão das embalagens, alegações ambientais, rotulagem e enquadramento legal da reutilização. Ademais, temas como a legislação de países da União Europeia, as ferramentas de circularidade e a iconografia de reciclagem estão na agenda prioritária.

Este programa também inclui outras áreas de interesse nas sessões de formação como o desenvolvimento de relatórios de sustentabilidade, programas de financiamento ambiental ou marketing sustentável.

Esta ideia surge como forma de tornar os colaboradores das empresas mais capacitados para a tomada de decisões quanto ao packaging dos produtos, tendo em conta a sua sustentabilidade e o ciclo de vida e tornando-os mais informados quanto à sua legislação e mais esclarecidos, sensibilizados e participativos na reciclagem das embalagens, seja em casa como em todo o lado.

“Com este projeto de formação damos mais um importante passo no âmbito da nossa estratégia de inovação e da nossa missão” complementando com “dois vetores muito importantes: as empresas e os cidadãos”, afirma Ana Isabel Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.

Programa de ignição de empresas lançada pela Porto Business School

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Por: Marta Godinho

A escola de negócios da Universidade do Porto, Porto Business School, lança um novo programa de ignição de empresas chamado Ignition Programme – Science-based Businesses for a Sustainable World que vai suportar 50 participantes na criação de spin-offs e startups.

Em colaboração com o Berkeley Innovation Group, da Universidade da Califórnia, e também com o HAG Group, a Star Busy Investments e a INOVA+, este novo programa de formação que decorre no âmbito de um projeto cofinanciado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), destina-se a pessoas de diferentes setores relacionados com a biologia, agro-indústria, ambiente, sustentabilidade dos ecossistemas e biodiversidade.

O público-alvo inclui investigadores interessados em criar spin-offs, empreendedores envolvidos em startups e potenciais cofundadores com competências empresariais, como alunos de MBA, MBA e gestores.

A escola de negócios consegue, assim, materializar uma das componentes de formação do projeto BIOPOLIS, a maior iniciativa portuguesa na área da Biologia Ambiental, Biodiversidade e Ecossistemas pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) do Porto.

A Porto Business School é o copromotor parceiro com o objetivo de promover a valorização económica dos resultados da investigação produzida pelo BIOPOLIS.

“Este programa multidisciplinar permitirá mobilizar um abrangente conjunto de docentes, líderes empresariais e oradores internacionais de renome”, acrescentando que “tendo em conta as diversas dificuldades das start-ups “à nascença”, esta orientação próxima será fulcral para, de forma conjunta, respondermos aos desafios do mercado e potenciarmos um ecossistema empresarial mais sustentável”, afirma Ana Jogo Mendes, diretora executiva do CBI – Center for Business Innovation, unidade na Porto Business School, responsável pelo projeto BIOPOLIS.

O programa será composto por quatro módulos que vão decorrer durante 16 semanas de formação em formato híbrido e em modo presencial a partir das instalações do Porto Business School. O programa vai contar com a presença de empreendedores e investigadores nacionais e internacionais de renome. Na última etapa do programa, os participantes vão poder apresentar as suas ideias de negócio através de um pitch aos empreendedores.

“Acreditamos que este programa representa uma oportunidade para, através das competências mais relevantes, ajudar os formandos a adquirirem a capacidade de transformar ideias inovadoras em iniciativas empresariais, com o financiamento adequado para lançarem os seus negócios no mercado” afirma Ana Jogo Mendes, do Centre for Business Innovation.

Este programa, totalmente gratuito, vai decorrer entre janeiro e maio de 2023 e as candidaturas já se encontram abertas.

INE revela inflação de 9,9% em novembro

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Por: Marta Godinho

Segundo o Índice de Preços no Consumidor do Instituto Nacional de Estatística (INE), os dados apresentados no final do mês passado apresentam valores de inflação nos 9,9%.

Esta quarta-feira, dia 14 de dezembro, o Instituto Nacional de Estatística declarou que a “variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 9,9% em novembro de 2022” levando à descida de 0,2 pontos percentuais da inflação.

Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de inflação subjacente apresentou uma variação de 7,2, contrapondo com os 7,1% observados em outubro. Este apresentou o valor mais alto registado desde dezembro de 1993.

Quanto à variação mensal do IPC, esta apresentou valores de 0,3%, contrariamente a outubro com 1,2% e a novembro com 0,4% em 2021. A variação média do último ano foi de 7,3%, mais 0,6% que no mês anterior.

O Índice dos Produtos Alimentares Não Transformados apresentou uma variação de 18,4% (inferior em 0,5% registado em outubro) e a variação dos produtos energéticos diminuiu para 24,7% (menos 2,9 pontos percentuais que no mês precedente). Contrariamente, a variação dos produtos alimentares transformados registou uma aceleração de 16,8%, um aumento de 2,7% face a outubro.

Com um crescimento superior de 0,2% face aos indicadores do Eurostat para a Zona Euro, encontra-se o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) com uma variação homóloga de 10,2%.

O INE afirmou que “excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 8,1% em novembro (8,0% em outubro), superior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 6,6%), mantendo o perfil ascendente verificado nos últimos meses”.

A taxa de variação mensal do IHPC foi nula, sendo que o mês de outubro registou 1,1% e em novembro de 2021 variou 0,3%. No último ano, a variação média foi de 7,5% (6,9% no mês precedente).

Novo apoio extraordinário de 240 euros anunciado pelo primeiro-ministro

Por: Marta Godinho

A medida que vai permitir um novo apoio extraordinário do governo de 240 euros pelo primeiro-ministro vai ser aprovada esta quinta-feira, dia 15 de dezembro, em Conselho de Ministros.

Hoje, dia 14 de dezembro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou o pagamento de uma prestação extraordinária de 240 euros para um milhão de famílias que beneficiam da tarifa social da energia ou que recebem prestações mínimas.

Esta medida foi aprovada durante uma entrevista à revista Visão que será divulgada na íntegra também esta quinta-feira, dia 15 de dezembro.

“Esta semana, o Conselho de Ministros vai aprovar um outro aumento, para as famílias mais vulneráveis, de uma prestação extraordinária de 240 euros, que corresponde a um esforço muito grande, tendo em conta aquilo que foi a evolução da inflação neste segundo semestre”, afirmou o chefe de governo à Visão.

É de relembrar que em meados de outubro já tinha sido estabelecida a atribuição de um pagamento extraordinário de 125 euros para todos os que recebam até 2,700 euros mensais e mais 50 euros por cada filho.

Mau tempo foi “desastroso” para comércio local

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Por: Martim Gaspar

O mau tempo dos últimos dias pôs em causa o funcionamento de várias micro, pequenas e médias empresas, que sofreram consequências “desastrosas” por causa das inundações. Várias empresas não conseguem esperar por um levantamento do executivo, antes que sejam integradas medidas urgentes para fazer face ao problema.

O presidente da Confederação Portuguesa de Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), Jorge Pisco, fez um alerta para as consequências que as inundações trouxeram ao comércio local, apelando ao governo por apoios “urgentes e imediatos” às PME.

“Se algumas destas empresas já estavam com a corda da garganta, por causa da pandemia e da inflação, agora a situação é mesmo dramática”, explica à Rádio Renascença, Jorge Pisco.

Para a CPPME, as empresas afetadas necessitam de medidas urgentes implementadas no terreno, antes que o levantamento do executivo seja feito. O presidente da confederação acredita que o Governo “tem dinheiro do Orçamento do Estado para acudir a estas empresas”.

Mais de 80% das PME espera manter faturação em 2023

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Por: Martim Gaspar

Mais de 80% das empresas inquiridas pela companhia de seguro de créditos, Cosec, consideram que manterão a faturação em 2023, com apenas 13% dos inquiridos a esperar quebras na faturação em 2023.

O estudo da Cosec revelou que 48,8% dos inquiridos espera manter a faturação em 2023 e 32% espera aumentar a faturação em 25%. Porém, 13% dos inquiridos esperam sofrer quebras de 25% na faturação em 2023.

O conflito na Ucrânia, a subida dos custos energéticos e os constrangimentos ao nível da logística do transporte dos produtos, são as principais preocupações que as PME enfrentam no futuro próximo.

“O clima económico em Portugal, e no resto da zona euro, é de alguma incerteza. A elevada taxa de inflação que assola o Velho Continente e as subidas das taxas de juro são alguns dos focos de incerteza e de preocupação para as empresas. Não é assim de estranhar que a maioria das empresas inquiridas se mostre moderadamente otimista ou moderadamente pessimista quanto às perspetivas para o seu negócio em 2023”, segundo o CEO da Cosec, Vassili Christidis.

Segundo dados revelados pelo observatório Cosec de risco empresarial, a aposta nas exportações fora da União Europeia seria um passo essencial no momento. Atualmente, Portugal exporta principalmente para Espanha, França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos.

Aumento do preço das casas em Lisboa e no Porto no último ano

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Por: Marta Godinho

O aumento do preço de venda das casas fez-se sentir em Lisboa com registos de 10,1% e 17,4% no Porto, de acordo com o Índice de Preços Residenciais referente ao terceiro trimestre de 2022 revelados pela Confidencial Imobiliário.

Na capital portuguesa, a subida homóloga de 10,1% representa uma estabilização do ritmo de valorização, uma vez que no trimestre anterior rondou os 10%. Já no Porto, a subida revela um abrandamento face ao trimestre anterior que se tinha fixado em 19,6%.

Lisboa e Porto estão entre os concelhos das suas respetivas áreas metropolitanas com um menor ritmo de subida dos preços, apesar de continuarem a ser os mercados mais caros destas mesmas regiões. Na zona de Lisboa, apenas o Montijo valoriza menos que a capital no terceiro trimestre com um aumento de 9% e no Porto apenas Valongo e Gondomar valorizam menos, com variações homólogas de 13% e 16%, respetivamente.

Apesar disto, Lisboa continua a ser o mercado mais caro da região com vendas médias de 4,265 euros por metro quadrado no terceiro trimestre deste ano, enquanto a média das transações na área metropolitana fica 35% abaixo deste valor, atingindo 2,753 euros por metro quadrado.

No Porto, o preço médio registado no terceiro trimestre deste ano foi de 3,001 euros por metro quadrado, sendo que a média da área metropolitana fica a 2,087 euros por metro quadrado, o que equivale a 30% abaixo da capital regional.