Sábado, Maio 3, 2025
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Academia de Formação da InnoTech quer contratar 130 colaboradores até 2023

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Por: Marta Godinho

A empresa tecnológica portuguesa, InnoTech, acabou de lançar uma Academia de Formação chamada InnoAcademy com o objetivo de enriquecer continuamente as competências dos atuais colaboradores e atrair talentos com até dois anos de experiência ou que pretendam mudar de carreira.

A empresa foi reconhecida como uma das Top 10 Startups em Portugal pelo LinkedIn e superou o marco dos 100 colaboradores e volume de negócio de dois milhões de euros em apenas dois anos e meio de atividade. As expetativas são o crescimento da equipa para 250 talentos já em 2023.

Entre as prioridades da empresa estão o bem-estar, a valorização da equipa, a atração e o desenvolvimento e, por isso mesmo, o lançamento desta academia vem reforçar e fomentar esta estratégia.

Os diversos cursos da academia envolvem as tecnologias com o maior nível de procura do mercado, implementando projetos como metodologias, línguas e soft skills.

“A InnoAcademy é um amplo espaço de capacitação e partilha de conhecimento para que cada pessoa atinja o seu máximo potencial. O ritmo e a competitividade do setor das TI levam-nos a diferenciarmo-nos não só na forma como conquistamos o melhor talento, como também na forma como cuidamos dele ao longo do tempo. A InnoAcademy é apenas um dos exemplos”, adianta Rodrigo Prinzo, Head of People Ops da InnoTech.

Os participantes selecionados adquirirão contrato de trabalho com um plano de carreira e de desenvolvimento de competências, posteriormente. No decorrer do percurso enquanto “InnoTechers”, os participantes podem integrar um programa de mentoring, acompanhados por profissionais  mais seniores da empresa.

“Agora damos mais um passo em frente com uma academia própria, que vem não só disponibilizar cursos ministrados pelos experts que temos nas mais diversas áreas, como também incorporar cursos estratégicos de parceiros de referência, como é o caso do OutSystems Boot Camp desenhado pela ITUp”, reforça Rodrigo Prinzo.

A Academia vem disponibilizar portas de entrada para novos talentos e uma oportunidade de evolução de carreira para os atuais.

O primeiro curso, OutSystems Boot Camp, dura três semanas com formação presencial intensiva e multidisciplinar. As inscrições para esta iniciativa já estão abertas e são gratuitas.

Novo produto de sinalização rodoviária chega a Portugal 

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Por: Margarida Oleiro

Alternativa ao triângulo de sinalização rodoviária concebido por empresa espanhola chega agora a Portugal. O produto foi desenhado com o propósito de funcionar enquanto dispositivo de aviso luminoso que se destina a sinalizar uma situação de perigo nas estradas.  

Em nota de imprensa, a Netun Solutions, empresa responsável pelo produto Help Flash, aponta o potencial do dispositivo como uma ferramenta capaz de salvar vidas. De ativação automática, ou se o utilizador assim o deseje, manualmente, o produto destina-se a ser colocado numa superfície metálica através de fixação magnética e emitir uma luz que promete sinalizar acidentes rodoviários no período noturno ou em circunstâncias de condições de visibilidade adversa. 

Tendo já recebido o Selo de Excelência da União Europeia, desde julho de 2021 que a legislação espanhola (Real Decreto 159/2021) reconhece o produto como substituto do triângulo de sinalização e a sua utilização irá ser considerada obrigatória a partir de 2026.   

Atualmente estão em curso e discussões com as autoridades portuguesas para que o dispositivo possa ser consagrado no código da estrada como dispositivo oficial de sinalização. Em Portugal, assim como noutros países, as luzes especiais consideras profissionais são apenas autorizadas para determinados veículos, contudo este produto não se encontra coberto por qualquer regulamentação de trânsito, pelo que não pode ser considerado um tipo especial de luz profissional.  

O piloto português (Mex) Machado Santos assume ligação à marca e apresenta-se como embaixador da mesma em Portugal.   

 

46 milhões de euros para painéis solares no setor agrícola

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Por: Marta Godinho

Esta sexta-feira, foi anunciado pelo Ministério da Agricultura e Alimentação que estão oficialmente abertas as candidaturas para a aquisição e instalação de painéis solares fotovoltaicos em explorações agrícolas, aproveitamentos hidroagrícolas e unidades agroindustriais (de transformação). Estes novos apoios contam com um reforço de 46 milhões de euros permitindo “dar resposta ao compromisso assumido e aumentar a taxa de apoio aos agricultores”, pode-se ler em comunicado divulgado.

Com possibilidade de um novo aviso, até ao final deste ano, o setor agrícola vai ser dotado de 1,5 milhões de euros específicos para o reforço da sustentabilidade energética dos aproveitamentos hidroagrícolas.

Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura e da Alimentação, afirmou que “a disponibilidade dos agricultores para assumirem esta transição como um desígnio nacional é acompanhada pelo governo, também mediante um reforço das taxas de apoio de 40% para 70%”.

Foi acrescentado que o objetivo destes avisos no valor de 46 milhões de euros é “dotar o setor agrícola de mais capacidade de autoprodução e autoconsumo de energia solar fotovoltaica, face às suas necessidades, contribuindo para a sua descarbonização e reduzindo a utilização de combustíveis fosseis”, avança a ministra no comunicado.

“É inegável que neste desafio de escala global, precisamos de garantir uma transição rápida, que permita mitigar os efeitos das alterações climáticas e da crise energética e assegurar a produção de alimentos seguros, de qualidade e a preços acessíveis”, conclui.

OE2023 aprovado pelo PS

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Por: Marta Godinho

O Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) foi aprovado, esta sexta-feira, em votação final global, contando com os votos favoráveis do PS e a abstenção do Livre e do PAN. O OE2023 conta com 71 propostas de alteração.

A aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano já estava assegurada pela bancada do PS, graças à maioria socialista existente no hemiciclo, mas que contou com a abstenção do PAN e Livre depois de verem, em conjunto, muitas das suas propostas avançar.

Após a discussão de mais de 1800 propostas de alteração durante quatro dias de apreciação, o OE2023 vai incluir 71 propostas de alteração apresentadas pelos partidos, incluindo do partido do Governo. Estas alterações vão ter um impacto orçamental pouco expressivo e metade delas são estudos a realizar.

Cinquenta propostas de alteração do PAN e Livre foram viabilizadas, menos de 20 propostas do PSD, IL, PCP e BE foram aprovadas e o Partido Chega não teve nenhuma proposta viabilizada entre as 500 que apresentou.

Apesar disto, Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, garantiu que tentou aprovar propostas de “todos os partidos democráticos” representados no Parlamento que conseguissem assegurar “mais coesão, aposta nos mais jovens, proteção dos mais vulneráveis e um impulso ao crescimento económico sustentável”.

No encerramento do debate, Luís Montenegro, líder do PSD, afirmou que estas alterações aprovadas “não alteram o traço distintivo” de uma “maioria fechada sobre si própria”, dado que “97% das alterações foram chumbadas”. Acrescenta, ainda, que o OE2023 persiste na “voracidade na cobrança de impostos” e que “fala de rendimentos só para tapar o sol com a peneira”, devido à inflação e à perda de poder de compra a que as famílias portuguesas estão sujeitas.

Vários foram os partidos que apontaram críticas, como André Ventura, presidente do Chega, que constatou que o governo “está mais fragilizado” com um acumular de “casos que se arrastam e envergonham instituições”. Já João Cotrim Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal, fomentou que “nada de estrutural muda” com esta proposta e adiantou que Portugal será ultrapassado pela Roménia em termos do PIB per capita até 2024.

Por seu turno, Paula Santos, líder parlamentar do PCP, afirmou que “o OE 2023 que sai não é melhor que o que entrou” e que continua sem “dar resposta aos problemas que afetam os trabalhadores e o país”. Por outro lado, Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do BE, mostrou que a conversa prometida pelo Governo com os diversos partidos teve “a condição de deixar tudo na mesma” e que este é um orçamento “de empobrecimento e de aumento das desigualdades, em que os super-ricos ficam ainda mais ricos”.

Contrariamente a estes partidos, o PAN e o Livre saudaram as alterações exercidas sobre o OE2023, apesar de não estarem totalmente de acordo com a proposta orçamental. Rui Tavares, deputado único do Livre, solicitou a recuperação de “parte do espírito da geringonça” porque “os riscos políticos que vão crescer nos próximos anos serão muito grandes”. Já Inês de Sousa Real, deputada única do PAN, assegurou que não confunde “abertura negocial a adesão cega”.

O primeiro-ministro, António Costa, prometeu que as medidas entram “em pleno vigor” a 1 de janeiro “graças” à maioria absoluta socialista.

ACCOR apoia mulheres vitimas de violência em Portugal

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Por: Martim Gaspar

O grupo hoteleiro ACCOR fez um donativo de 20 mil euros à Associação de Mulheres Contra a Violência (AMCV), que será destinado à renovação de uma das casas de abrigo da associação.

Em comunicado, o grupo hoteleiro refere que, através dos Fundos Heartists, escolheu apoiar uma ONG que se dedicasse ao apoio da mulher, tendo sido a AMCV a escolhida.

A AMCV é uma organização com mais de 30 anos que se dedica a apoiar, mulheres, jovens e crianças em situações de violência doméstica, física, psicológica e sexual. O donativo será usado para reabilitar uma das casas da associação, bem como a adquirir equipamentos necessários às mulheres e crianças do abrigo.

Margarida Medina, vice-presidente da direção da AMCV, refere que o donativo “permitiu melhorar de forma significativa um espaço dedicado e adaptado às crianças, tornando a sua vivência na casa de abrigo mais confortável e humanizada”.

Para Rebeca Ávila, a VP de responsabilidade social corporativa da Accor Europa do Sul, esta iniciativa reflete o trabalho do grupo hoteleiro com organizações a cargo de providenciar condições para uma sociedade mais justa e igualitária: “Temos muito orgulho enquanto Grupo em poder ajudar associações como a AMCV, que defendem e protegem mulheres e crianças vítimas de violência”.

Aposta nas pré-encomendas é uma das tendências da CI&T para o retalho em 2023

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Por: Martim Gaspar

A aposta nas pré-encomendas para lidar com o excesso de inventário, a aposta em preços dinâmicos e individualizados, a aposta em produtos essenciais, a vinda de cada vez mais consumidores à loja para efetuar as compras, o desenvolvimento da área de apoio ao cliente e o crescente uso do sistema de aluguer, são as seis tendências que a CI&T considera definir o setor do retalho em 2023.

Tendo em conta o contexto económico atual e a mudança nos hábitos de consumo, a CI&T, empresa de transformação digital para empresas globais apresenta as seis tendências que antecipa para o setor do retalho em 2023.

Segundo Melissa Minkow, diretora de retail strategy da CI&T, enquanto que em 2022, “o setor do retalho se focou na inovação e na partilha de dados”, o crescimento da inflação levará as atenções para “o consumidor e para a satisfação das suas necessidades” que passará cada vez mais por cortar em bens não essenciais.

A diretora reforça que “os consumidores vão gastar o seu dinheiro com cuidado, e os comerciantes devem procurar assegurar a sua lealdade através do reforço da confiança e do cumprimento das promessas que fazem. As marcas que mais vão prosperar serão aquelas que ouvirem os seus clientes e os apoiarem nos tempos difíceis que parecem avizinhar-se”.

Consumidores planeiam compras de natal na Black Friday

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Por: Martim Gaspar

O aumento do custo de vida, provocado pela guerra na Ucrânia, levou muitos consumidores a mudarem os seus hábitos de consumo, mas a Black Friday, que decorre esta sexta-feira pode mudar tudo. O estudo “O que esperar da Black Friday em plena crise do custo de vida”, da Boston Consulting Group, revela que 80% dos inquiridos sentem-se ansiosos com o aumento dos preços e 75% afirmam-se preocupados por uma possível recessão económica.

Com o objetivo de ajudar as marcas e retalhistas a prosperarem e a maximizarem as vendas, a Boston Consulting Group elaborou o estudo, com a participação de 9000 consumidores de três continentes diferentes, que foram inquiridos sobre a sua participação na semana de descontos. Os resultados mostram que a maioria dos consumidores (95%) planeia aproveitar os descontos da Black Friday, sobretudo para realizar as compras de natal.

O estudo aponta que é necessário que as empresas invistam na sensibilização dos consumidores para as ofertas de que dispõem, em campanhas publicitárias para atrair a atenção de consumidores indecisos e ter sempre em conta a satisfação do cliente.

Além dos padrões atuais, o estudo revela algumas tendências emergentes, sobretudo em consumidores millenials e da geração Z, que procuram cada vez mais comprar localmente (51%), em segunda mão (37%) e a empresas com objetivos específicos (40%). Devido ao crescimento das compras sustentáveis, é necessário que as empresas continuem a investir em iniciativas verdes e disponham de produtos em conformidade.

Luís Silvério & Filhos inaugura unidade industrial em Valado dos Frades

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Por: Marta Godinho

Foi no passado dia 19 de novembro que foi inaugurada a nova unidade industrial da Luís Silvério & Filhos, empresa de congelação e preparação de pescado e cefalópodes, em Valado dos Frades, que servirá como novo centro de operações. As novas instalações, que criaram 30 postos de trabalho, representam um investimento de 16 milhões de euros. Adicionalmente, 84 postos de trabalho já estão ocupados entre as unidades da Nazaré, Valado dos Frades, Peniche e Lisboa.

A fábrica tem uma capacidade de produção de 15 mil toneladas de peixe congelado, 10 mil toneladas de peixe refrigerado e 840 toneladas de peixe salgado ou seco, sendo que a nova unidade industrial tem cerca de 9500 metros quadrados.

O projeto da nova fábrica ganhou contornos em 2020 e apresenta tecnologia avançada nos processos de transformação, embalamento, congelação e secagem. Todos eles com recurso a métodos sustentáveis, uma vez que 30% da energia elétrica é feita através de painéis fotovoltaicos e com iluminação natural feita por 116 tubos solares.

A cerimónia iniciou com a chegada dos membros da comitiva e com o descerramento da placa comemorativa e com visitas guiadas à fábrica, tendo terminado com a degustação de iguarias confecionadas com o pescado da Luís Silvério & Filhos e com o cântico de parabéns à empresa que, fundada em 1987, comemorou 35 anos, este mês. O evento contou com a presença da Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, da Secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho e do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel.

A Luís Silvério & Filhos é uma empresa  de congelação e preparação de pescado e cefalópodes da Nazaré. Esta nova unidade industrial em Valado dos Frades é o atual centro de operações, processamento, inovação e desenvolvimento da empresa.

Aumento de 92 euros na prestação média da casa até ao final de 2023

Por: Marta Godinho

Fatores como a subida dos juros e a inflação levam a prestação média da casa a aumentar 92 euros (mais de 30%) até dezembro de 2023, adiantou o Banco de Portugal no seu Relatório de Estabilidade.

No Relatório do Banco de Portugal é possível ler que “o valor médio em dívida dos particulares, de cerca de 64 mil euros, traduz-se numa prestação média estimada de 279 euros em junho de 2022. Espera-se que esta aumente 92 euros até ao final de 2023”, que equivale a um aumento de 32,9%.

Devido à exponencial subida dos juros, a percentagem da prestação média que se destina ao pagamento dos juros também tem vindo a aumentar, ao contrário do pagamento da casa que tem vindo a diminuir.

O Banco de Portugal estima que o valor acumulado das prestações passe de 390 milhões de euros em junho de 2022 para 520 milhões em dezembro de 2023.

Para 41% dos contratos de empréstimos à habitação, o aumento da prestação entre junho deste ano e dezembro de 2023 deverá ser inferior a 50 euros, e os aumentos superiores a 150 euros sejam destinados a 18,1% dos contratos, nota o Banco de Portugal.

Tudo isto pode levar ao aumento do incumprimento das famílias, sendo que em Portugal a proporção de empréstimos à habitação com taxa variável é de 90%. Estes são os mais atingidos pela subida de juros, especialmente contando com os empréstimos realizados após 2014 (ano em que as taxas de juro passaram a terreno negativo).

“Estima-se que, em dezembro de 2023, 11% dos contratos de crédito à habitação passarão a ter um rácio entre a prestação e o rendimento (LSTI, loan service-to-income) superior a 40% (5% em junho de 2022)”, lê-se no relatório.

“A subida da inflação poderá levar a uma estagnação do rendimento disponível real dos particulares em 2022 e 2023, o que, conjugado com maiores encargos com a dívida, pode condicionar o nível de consumo real”, é acrescentado.

Contudo, existem fatores que atenuam o risco de incumprimento, tais como a redução do rácio de endividamento dos particulares; a concentração do crédito à habitação em famílias de rendimentos mais elevados; a melhoria do perfil de risco dos novos mutuários; a situação de escassez de mão-de-obra tenderá a limitar o aumento do desemprego; a acumulação de depósitos durante a pandemia; e a adoção de medidas de apoio às famílias por parte do Governo.

População portuguesa envelheceu e há menos casamentos, segundo os Censos

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Por: Marta Godinho

O retrato de uma população cada vez mais envelhecida e distribuída desequilibradamente pelo território, com mais imigrantes e menos casamentos. O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgou esta quarta-feira os resultados dos Censos 2021 que mostram o que mudou em dez anos no país.

Em abril de 2021, Portugal contava com 10 343 066 pessoas, sendo 4 920 220 homens e 5 422 846 mulheres. Estes números representaram uma descida de 2,1% na população face a 2011. 

Em termos demográficos, a região do Algarve (3,6%) e a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%) evidenciaram um crescimento populacional, ao contrário das regiões do Alentejo (-7%) e a Região Autónoma da Madeira (-6,4%), com os números mais significativos.

Por outro lado, o envelhecimento da população acentuou-se. Num espaço de dez anos (período entre as duas operações censitárias), verificou-se um decréscimo na população com idade até aos 39 anos, mas verificou-se que a população com 65 anos ou mais representava 23,4% e os jovens até aos 14 anos apenas 12,9%. A idade média subiu para 45,4 anos em 2021, refletindo-se num aumento de 3,1 anos face a 2011.

Relativamente a estrangeiros, Portugal registou que, em 2021, estes representavam 5,2% total da população que equivale a 542 314 pessoas, valor superior aos 3,7% em 2011. A maioria desta população são brasileiros contando com 199 810 pessoas (36,8%), seguindo-se os angolanos com 31,454 pessoas (5,8% do total), da comunidade cabo-verdiana, com 27 144 pessoas (5,0%) e dos britânicos com 24 609 pessoas (4,5%). Também se verificou uma redução dos estrangeiros ucranianos.

Quando falamos do agregado familiar, o presidente do Conselho Diretivo do INE, Francisco Miguel Garcia Gonçalves de Lima, afirma que “ao nível das famílias os resultados dos censos mostram claramente uma alteração de padrões”. Em dez anos, o número de casados reduziu 2,2% e existem mais divorciados do que viúvos. Em 2021, 43,5% da população portuguesa era solteira, sendo que os casados representavam 41%, divorciados correspondiam a 8% e viúvos a 7,5%.

As uniões de facto passaram de 8,8% em 2011 para 11,2% em 2021, com destaque no Algarve com 15,5% e a menor proporção na região Norte com 8,8%.

Nos jovens com 15 anos ou mais, 19,8% concluíram o ensino superior, quando em 2011 representavam apenas 13,9%. As áreas de estudo elegidas com mais frequência foram as “Ciências empresariais, Administração e Direito”, representando 21,8%, seguidas de “Saúde e Proteção Social”, com 15,2%. Por outro lado, a área de estudo “Agricultura, Silvicultura, Pescas e Ciências Veterinárias” foi a menos frequentada, com apenas 2% da população com ensino superior nesta área.

Numa análise por sexo, o INE concluiu que as áreas de “Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)” foram escolhidas maioritariamente por homens (80,5%), bem como a “Engenharia, Indústrias transformadoras e Construção” (68,3%). Já as mulheres, optaram pelas áreas da “Educação” (84,4%) e da “Saúde e Proteção Social” (77,2%).

Por fim, a taxa de analfabetismo ficou nos 3,1%, menos 2,1% relativamente a 2011, onde a taxa era de 5,2%.

Estes Censos 2021 permitiram traçar uma imagem mais clara e completa sobre a evolução demográfica, os hábitos, padrões familiares ou até mesmo de formação académica da população portuguesa.