Terça-feira, Maio 6, 2025
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Luís Silvério & Filhos inaugura unidade industrial em Valado dos Frades

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Por: Marta Godinho

Foi no passado dia 19 de novembro que foi inaugurada a nova unidade industrial da Luís Silvério & Filhos, empresa de congelação e preparação de pescado e cefalópodes, em Valado dos Frades, que servirá como novo centro de operações. As novas instalações, que criaram 30 postos de trabalho, representam um investimento de 16 milhões de euros. Adicionalmente, 84 postos de trabalho já estão ocupados entre as unidades da Nazaré, Valado dos Frades, Peniche e Lisboa.

A fábrica tem uma capacidade de produção de 15 mil toneladas de peixe congelado, 10 mil toneladas de peixe refrigerado e 840 toneladas de peixe salgado ou seco, sendo que a nova unidade industrial tem cerca de 9500 metros quadrados.

O projeto da nova fábrica ganhou contornos em 2020 e apresenta tecnologia avançada nos processos de transformação, embalamento, congelação e secagem. Todos eles com recurso a métodos sustentáveis, uma vez que 30% da energia elétrica é feita através de painéis fotovoltaicos e com iluminação natural feita por 116 tubos solares.

A cerimónia iniciou com a chegada dos membros da comitiva e com o descerramento da placa comemorativa e com visitas guiadas à fábrica, tendo terminado com a degustação de iguarias confecionadas com o pescado da Luís Silvério & Filhos e com o cântico de parabéns à empresa que, fundada em 1987, comemorou 35 anos, este mês. O evento contou com a presença da Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, da Secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho e do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel.

A Luís Silvério & Filhos é uma empresa  de congelação e preparação de pescado e cefalópodes da Nazaré. Esta nova unidade industrial em Valado dos Frades é o atual centro de operações, processamento, inovação e desenvolvimento da empresa.

Aumento de 92 euros na prestação média da casa até ao final de 2023

Por: Marta Godinho

Fatores como a subida dos juros e a inflação levam a prestação média da casa a aumentar 92 euros (mais de 30%) até dezembro de 2023, adiantou o Banco de Portugal no seu Relatório de Estabilidade.

No Relatório do Banco de Portugal é possível ler que “o valor médio em dívida dos particulares, de cerca de 64 mil euros, traduz-se numa prestação média estimada de 279 euros em junho de 2022. Espera-se que esta aumente 92 euros até ao final de 2023”, que equivale a um aumento de 32,9%.

Devido à exponencial subida dos juros, a percentagem da prestação média que se destina ao pagamento dos juros também tem vindo a aumentar, ao contrário do pagamento da casa que tem vindo a diminuir.

O Banco de Portugal estima que o valor acumulado das prestações passe de 390 milhões de euros em junho de 2022 para 520 milhões em dezembro de 2023.

Para 41% dos contratos de empréstimos à habitação, o aumento da prestação entre junho deste ano e dezembro de 2023 deverá ser inferior a 50 euros, e os aumentos superiores a 150 euros sejam destinados a 18,1% dos contratos, nota o Banco de Portugal.

Tudo isto pode levar ao aumento do incumprimento das famílias, sendo que em Portugal a proporção de empréstimos à habitação com taxa variável é de 90%. Estes são os mais atingidos pela subida de juros, especialmente contando com os empréstimos realizados após 2014 (ano em que as taxas de juro passaram a terreno negativo).

“Estima-se que, em dezembro de 2023, 11% dos contratos de crédito à habitação passarão a ter um rácio entre a prestação e o rendimento (LSTI, loan service-to-income) superior a 40% (5% em junho de 2022)”, lê-se no relatório.

“A subida da inflação poderá levar a uma estagnação do rendimento disponível real dos particulares em 2022 e 2023, o que, conjugado com maiores encargos com a dívida, pode condicionar o nível de consumo real”, é acrescentado.

Contudo, existem fatores que atenuam o risco de incumprimento, tais como a redução do rácio de endividamento dos particulares; a concentração do crédito à habitação em famílias de rendimentos mais elevados; a melhoria do perfil de risco dos novos mutuários; a situação de escassez de mão-de-obra tenderá a limitar o aumento do desemprego; a acumulação de depósitos durante a pandemia; e a adoção de medidas de apoio às famílias por parte do Governo.

População portuguesa envelheceu e há menos casamentos, segundo os Censos

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Por: Marta Godinho

O retrato de uma população cada vez mais envelhecida e distribuída desequilibradamente pelo território, com mais imigrantes e menos casamentos. O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgou esta quarta-feira os resultados dos Censos 2021 que mostram o que mudou em dez anos no país.

Em abril de 2021, Portugal contava com 10 343 066 pessoas, sendo 4 920 220 homens e 5 422 846 mulheres. Estes números representaram uma descida de 2,1% na população face a 2011. 

Em termos demográficos, a região do Algarve (3,6%) e a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%) evidenciaram um crescimento populacional, ao contrário das regiões do Alentejo (-7%) e a Região Autónoma da Madeira (-6,4%), com os números mais significativos.

Por outro lado, o envelhecimento da população acentuou-se. Num espaço de dez anos (período entre as duas operações censitárias), verificou-se um decréscimo na população com idade até aos 39 anos, mas verificou-se que a população com 65 anos ou mais representava 23,4% e os jovens até aos 14 anos apenas 12,9%. A idade média subiu para 45,4 anos em 2021, refletindo-se num aumento de 3,1 anos face a 2011.

Relativamente a estrangeiros, Portugal registou que, em 2021, estes representavam 5,2% total da população que equivale a 542 314 pessoas, valor superior aos 3,7% em 2011. A maioria desta população são brasileiros contando com 199 810 pessoas (36,8%), seguindo-se os angolanos com 31,454 pessoas (5,8% do total), da comunidade cabo-verdiana, com 27 144 pessoas (5,0%) e dos britânicos com 24 609 pessoas (4,5%). Também se verificou uma redução dos estrangeiros ucranianos.

Quando falamos do agregado familiar, o presidente do Conselho Diretivo do INE, Francisco Miguel Garcia Gonçalves de Lima, afirma que “ao nível das famílias os resultados dos censos mostram claramente uma alteração de padrões”. Em dez anos, o número de casados reduziu 2,2% e existem mais divorciados do que viúvos. Em 2021, 43,5% da população portuguesa era solteira, sendo que os casados representavam 41%, divorciados correspondiam a 8% e viúvos a 7,5%.

As uniões de facto passaram de 8,8% em 2011 para 11,2% em 2021, com destaque no Algarve com 15,5% e a menor proporção na região Norte com 8,8%.

Nos jovens com 15 anos ou mais, 19,8% concluíram o ensino superior, quando em 2011 representavam apenas 13,9%. As áreas de estudo elegidas com mais frequência foram as “Ciências empresariais, Administração e Direito”, representando 21,8%, seguidas de “Saúde e Proteção Social”, com 15,2%. Por outro lado, a área de estudo “Agricultura, Silvicultura, Pescas e Ciências Veterinárias” foi a menos frequentada, com apenas 2% da população com ensino superior nesta área.

Numa análise por sexo, o INE concluiu que as áreas de “Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)” foram escolhidas maioritariamente por homens (80,5%), bem como a “Engenharia, Indústrias transformadoras e Construção” (68,3%). Já as mulheres, optaram pelas áreas da “Educação” (84,4%) e da “Saúde e Proteção Social” (77,2%).

Por fim, a taxa de analfabetismo ficou nos 3,1%, menos 2,1% relativamente a 2011, onde a taxa era de 5,2%.

Estes Censos 2021 permitiram traçar uma imagem mais clara e completa sobre a evolução demográfica, os hábitos, padrões familiares ou até mesmo de formação académica da população portuguesa.

Dicas para comprar com segurança nesta temporada de compras

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Por: Marta Godinho

Já é possível encontrar promoções nesta temporada de compras e, apesar de ser uma época entusiasmante para os consumidores, é também uma altura mais propícia a ciberataques. 

Assim, são apresentadas quatro sugestões da Google para fazer compras com confiança e, sobretudo, em segurança:

  • Procurar o símbolo de um cadeado: sempre que estiver a navegar num website, principalmente com acesso a uma rede de wi-fi pública e/ou gratuita, confirme se a barra de endereço URL tem um ícone cinza com um cadeado, pois indica que se trata de uma fonte segura.
  • Eliminar o phishing: é preciso estar sempre atento a emails de phishing (técnica social usada para enganar utilizadores de internet através de fraude eletrónica para obter informações confidenciais), pelo que o seu email deve conter um filtro para bloquear tentativas de phishing ou spam.
  • Proteger as suas palavras-passe: ao utilizar diversos websites, é necessário criar contas com múltiplas palavras-passe distintas, sendo que é aconselhado a não repetição das mesmas. Antes de iniciar qualquer sessão ou compra, deve fazer uma verificação de segurança para garantir que tudo está em condições.
  • Guardar os seus cartões: é recomendado o uso da carteira da Google (Google Wallet) nos dispositivos Android ou com WearOS. As suas transações são feitas com um número de um cartão alternativo (um token), que é específico do dispositivo e está associado a um código de segurança dinâmico que muda em cada transação. Isto reduz a perda ou roubo do seu cartão, para além de proteger toda a sua informação.

Perfis do Mundial de Futebol para inspirar líderes e gestores empresariais

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Por: Álvaro Fernández, diretor-geral da Michael Page

O ambiente profissional tem semelhanças com o do futebol, onde cada líder tem um perfil e características diversas. Os técnicos de futebol e os líderes corporativos desempenham tarefas parecidas, como a motivação da equipa, a procura por melhores resultados, gestão de conflitos, entre outros, cada um com o seu estilo e características particulares. Por isso, nas empresas também pode haver um líder como o selecionador português, Fernando Santos, ou com características parecidas com algum dos outros selecionadores para inspirar as equipas. O importante é ter a consciência e a sabedoria para liderar da melhor forma possível, aproximando as equipas e conduzindo as organizações na sua mudança para se alcançar os melhores resultados.

No atual contexto em que as atenções estão voltadas para o Mundial de Futebol que se realiza no Catar, a caracterização do perfil de liderança de alguns dos técnicos das seleções que integram este campeonato pode ser útil para inspirar, seguir como exemplo, ou uma referência para os estilos de gestão se podem encaixar no mundo empresarial.

No caso do treinador da seleção portuguesa, Fernando Santos, estamos perante uma personalidade forte, que acredita na repetição como método de melhoria dos processos. Destacando-se pela sua experiência, é reconhecido por ser firme, organizado e flexível, sabendo congregar esforços em torno de um objetivo, e permitindo aos jogadores serem criativos.

Já Luís Enrique, treinador da seleção de Espanha, tem um perfil de liderança aberto a reinvenções e adapta-se facilmente a diversos estilos. Assume trabalhos desafiantes e quase sempre surpreende as expectativas. Tal como um gestor disposto a reinventar-se e a assumir novos desafios.

Destacaria, ainda, o perfil do técnico do Brasil, Tite, orientado para a obtenção do melhor desempenho e com sucesso estruturado na sua experiência e procura da excelência nos resultados. Este é o líder que no mundo empresarial tem uma boa gestão de grupo e sabe extrair o melhor da sua equipa, conquistando a confiança e admiração das pessoas à sua volta.

Um outro perfil a destacar é o de Hansi Flick, o técnico alemão que tem a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho do seu antecessor Joachim Löw e de aperfeiçoar o processo de reformulação da equipa alemã, que conta com jovens talentosos para a disputa do Mundial no Qatar. Este é o perfil que corresponde ao líder da transformação que trabalha com ciclos longos e visa o bom equilíbrio da equipa.

Se pensarmos em gestão de carreira, o perfil de Gareth Southgate (Inglaterra) destaca-se precisamente pela sua ascensão profissional. Surgiu como treinador das categorias de base e chegou à liderança da seleção inglesa em dois mundiais. Líder bem-humorado e muito atento aos mais variados talentos, uma das suas principais características é a adaptação ao mundo digital e à tecnologia. No mundo corporativo, este é o líder que sabe selecionar e reter jovens talentos.

Também as soft skills de determinação, motivação e confiança, essenciais à liderança do mundo em mudança de hoje, podem ser observadas no técnico argentino Lionel Scaloni. Considerado como interino e subestimado pela maioria, o treinador assumiu um desafio que muitos rejeitaram. Obteve êxito no processo de restaurar a confiança e levar a Argentina ao Mundial de 2022 como uma das grandes favoritas ao título. Este é o perfil de líder que sabe trabalhar com tarefas difíceis e sob pressão, além de melhorar o ambiente na sua organização.

Por último, destaco o líder surpresa, novo com alto potencial, que conseguiu juntar jovens e experientes e trazer um inovador e surpreendente estilo de jogo, superando desafios difíceis. O dinamarquês Kasper Hjulmand assumiu a equipa e já levou os dinamarqueses às meias-finais do Euro 2020, obtendo resultados e metas inesperadas pela pouca experiência. Na analogia com o mundo corporativo, este é o líder jovem, recém-chegado ao cargo e com potencial altíssimo de crescimento. Mesmo com a falta de experiência, consegue obter bons resultados no início das suas funções.

Seja qual for o estilo, os líderes têm de pôr as suas competências em prática e assegurar que as equipas alcancem as metas de uma organização. Bom Mundial!

Aumento de 104 euros em 2023 para funcionários públicos

Por: Marta Godinho

A nova atualização do aumento de 104 euros em 2023 para mais de 4500 funcionários vai abranger coordenadores técnicos, assistentes técnicos das posições complementares e aplicação da mesma valorização aos encarregados operacionais, adianta a Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP).

O comunicado foi feito à saída de uma ronda de negócios, esta quarta-feira, entre José Abraão, secretário-geral da FESAP e Inês Ramires, secretária de Estado da Administração Pública. O aumento destinado aos 80 mil assistentes técnicos vai passar a abranger mais 4500 funcionários públicos da categoria de coordenador técnico e categorias complementares de carreiras técnicas.

Existem duas componentes ligadas a esta valorização: uma de 52 euros referente ao aumento salarial transversal aplicado a todos os trabalhadores do Estado com vencimentos brutos até 2600 euros e outra de 52 euros relativo a um salto no nível remuneratório.

Quanto aos coordenadores técnicos da carreira geral de assistente técnico, a valorização vai beneficiar os funcionários públicos na primeira posição remuneratória com salário de 1163,82 euros.

“78% dos assistentes técnicos terão aumentos superiores a 10%, há quem tenha no mínimo 9% de aumento e há quem tenha 13,77%”, adianta José Abraão.

“Pese embora a elevada inflação deste ano, não me recordo de ter valores desta natureza nos últimos 20 ou 30 anos. O último aumento foi em 2010, de 2,95%”, acrescentou.

Relativamente à antiguidade dos assistentes operacionais com mais de 30 anos de carreira, a valorização de 104 euros a 38 mil trabalhadores vai obter a mesma atualização salarial que os encarregados operacionais e gerais da mesma carreira, releva o dirigente da federação sindical de que o “Governo tomou boa nota do pedido da FESAP”.

José Abraão reforçou ainda que a subida destes trabalhadores “poderá ser por uma via ou por outra”, ou seja, através da antiguidade ou por um salto de nível remuneratório, tal como os assistentes técnicos.

As reuniões sobre esta temática vão continuar esta quinta-feira, sendo que as negociações para a reforma do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP) só estão conjeturados para janeiro do próximo ano, adiantou o dirigente do sindicato.

As alterações à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (previstas no acordo entre o Governo e a União Geral de Trabalhadores (UGT) assinado no final de outubro) que incluíram os aumentos salariais e as valorizações das carreiras serão aprovadas, brevemente, em Conselho de Ministros.

Processo inflacionista “mais duradouro” do que o previsto

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Por: Marta Godinho 

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal (BdP), afirmou hoje que o processo de inflação tem sido “mais duradouro e com mais intensidade do que aquilo que um choque de oferta faria prever”.

Na abertura da apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira (REF), em Lisboa, Centeno defendeu que “esta duração tende, ao longo do tempo, a transmitir-se à economia e ao sistema financeiro, por isso a importância que damos, nas nossas economias, à estabilidade de preços”.

Devido à instabilidade causada por fatores externos, a estabilidade financeira no futuro vai depender “de forma muito significativa, do que for o sucesso coletivo na redução da inflação”, adianta o governador.

“[a inflação] Instala-se como um sintoma de algo que não está bem no nosso sistema económico e só pode ser combatido se for feito de forma conjunta e coordenada, e é essa a mensagem que queremos passar e é esse o grande objetivo da política monetária para os próximos tempos”, assegurou.

Os dados da inflação referentes a outubro apresentaram uma variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) de 10,1%, sendo a mais alta desde maio de 1992, mostra o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já no Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), houve uma variação homóloga de 10,6% em outubro, que foi superior em 0,8 pontos percentuais à setembro e inferior em 01% ao valor estimado pelo Eurostat para a zona euro.

As principais causadoras das consequências das políticas monetárias e da “elevada incerteza das projeções económicas” são a guerra na Ucrânia e a evolução económica na China, assinalado pelo Banco de Portugal.

O agravamento das tensões políticas vividas no estrangeiro estão a materializar-se “num reforço das pressões inflacionistas, em particular através do aumento dos custos da energia e dos bens alimentares que se repercutem nos preços de outros bens e serviços”.

Ademais, a aceleração dos custos de financiamento de várias áreas institucionais e o condicionamento da sua capacidade de servir a dívida e a baixa confiança dos agentes económicos são outros fatores condicionantes.

“Estes fatores, quando conjugados, atestam a substancial volatilidade observada nos mercados financeiros internacionais, onde qualquer sinal de abrandamento ou aceleração económica é absorvido e refletido nos principais índices acionistas, bem como nas taxas de rendibilidade de títulos de dívida soberana”, como se pode ler no relatório publicado no portal do Banco de Portugal.

Subida da indemnização por despedimentos a partir de 2023

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Por: Marta Godinho

O governo indicou nova ordem para o aumento da compensação por despedimento que só terá efeitos no futuro e unicamente quando entrar em vigor, afirma a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

O aumento da compensação por despedimentos de 12 para 14 dias não terá efeitos retroativos a 2013, ano onde o custo verificou um corte, defendido pelo PS.

Na reunião do Conselho Permanente da Concertação Social desta quarta-feira, João Vieira, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) afirmou que “a indicação que teve foi de que iria nesse sentido”, de não haver efeitos retroativos, ou seja, a alteração só se verificaria em 2023. Apesar disto, o presidente aguarda, ainda, pela “posição oficial do governo”.

Segundo o presidente da CCP, o acordo para a melhoria dos rendimentos (assinado em outubro pelo governo e UGT – União Geral de Trabalhadores) não prevê a retroatividade da medida e, por isso, “a interpretação da CCP é que é daqui para a frente como no passado, quando se passou dos 30 dias para os 18 e de 18 para 12 dias”.

“[estas alterações] Nunca foram retroativas e seria agora muito estranho a alteração de procedimentos nesta área”, acrescenta.

Devido à troika, em 2012, o corte no custo do despedimento de 30 para 18 e 20 dias aplicou-se ao período contratual entre 1 de novembro e 1 de setembro de 2012 e, no segundo caso, aos contratos com menos de três anos depois de 1 de outubro de 2013. A partir daqui, foi necessário que as empresas pagassem pela extinção do posto de trabalho apenas 12 dias por cada ano, informações possíveis de consultar junto da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

As empresas têm contribuído com 0,925% dos salários-base para o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), que tem como destino pagar até 50% da indemnização por despedimento.

Este acordo antevê a extinção deste fundo que já conta com 600 milhões de euros de contribuições pagas pelas entidades patronais. O governo pretende alocar estas verbas em dois novos mecanismos; um para dar apoio às rendas dos trabalhadores, e outro para financiar a formação profissional, adiantado pelo Dinheiro Vivo.

Dimensão da recessão alemã é “incerta”, segundo Bundesbank

Por: Marta Godinho

O banco central alemão, o Bundesbank, prevê que a dimensão da recessão da economia do país no quarto trimestre de 2022 e no primeiro trimestre de 2023 seja “incerta”, segundo anunciou, esta quarta-feira, no boletim de novembro.

“A incerteza sobre o fornecimento de energia e os custos da mesma pesam muito sobre as empresas”, sendo possível uma retração da economia alemã durante o semestre de inverno, refere o Bundesbank.

Os aumentos dos preços das energias e das matérias-primas apresentam um risco para os negócios alemães nos sucessivos meses.

De acordo com o banco central germânico, as esperanças de exportação do setor industrial e os planos de produção a curto prazo são “pessimistas”.

“O enfraquecimento da economia global pode ter um impacto sobre as exportações, mesmo que o elevado volume de encomendas e a redução dos estrangulamentos de oferta na indústria estejam a suavizar a procura”, afirmam os economistas do Bundesbank no seu relatório mensal.

A escassez de gás pode ser evitada através da poupança das famílias, contudo, estará sempre dependente das temperaturas registadas. Se se verificar uma escassez de gás, a contração do Produto Interno Bruto (PIB) do país será maior, afirma o banco alemão.

Apesar dos dados acima, o Bundesbank obteve um crescimento de 0,3% no terceiro trimestre deste ano face ao trimestre anterior.

Ownever fecha loja durante a Black Friday em protesto

Por: Marta Godinho

A Ownever, marca de acessórios sustentáveis feita à mão em Portugal, fecha a sua loja durante 24 horas como uma forma de oposição ao consumo praticado durante a Black Friday.

A empresa, que se rege por padrões sustentáveis e que abraça a economia circular, apresenta uma filosofia contrária à moda fast fashion e ao consumo rápido: cria carteiras “que durem uma vida”, como se pode ler no seu website. 

Durante o dia 25 de novembro, a loja encontrar-se-á encerrada de forma a dizer “não” ao consumo em massa provocado por este dia e também para influenciar as novas tendências de consumo.

“Não precisas de uma mala nova, provavelmente só faz falta reparar a que tens. Por isso esta Black Friday respeitamos os nossos valores e fechamos portas durante 24 horas”, afirma Eliana Barros, fundadora da marca, citada em comunicado.

A marca portuguesa cria e repara malas, todas elas feitas manualmente, com o intuito de evitar o consumo excessivo deste setor. Já ganharam diversos prémios internacionais graças ao seu design de produto e aos seus valores sustentáveis.