Segunda-feira, Abril 28, 2025
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Grupo Brasmar compra maioria da Sedisal

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O Grupo Brasmar, do setor alimentar de produtos do mar, comprou a maioria da empresa francesa Sedisal, especializada em distribuição de produtos do mar refrigerados, avança o comunicado do grupo.

Sem se saber qual o valor exato desta compra, o comunicado adianta que a Sedisal tem um volume de negócios de, aproximadamente, 13 milhões de euros, relativos à distribuição de polvo e bacalhau refrigerado, dispondo de forte presença nos mercados francófonos.

De acordo com o comunicado “ao longo dos últimos anos, a Sedisal tornou-se um parceiro de referência na distribuição moderna em França, desenvolvendo uma gama de produtos de elevada qualidade e reconhecimento. Em 2015, lançou uma gama de produtos de cefalópodes prontos a consumir – em parceria com a Foncasal, empresa que viria igualmente a integrar o Grupo Brasmar, em 2019. Já em 2016, apostou no lançamento da própria marca, a ITSALUZ Lumiére de Oceans”.

O Grupo Brasmar afirma ainda que “a aquisição da maioria do capital da empresa francesa (assegurando um call optionsobre os restantes 49%), fundada em 1999 e localizada em Saint-Jean-de-Luz, permitirá à Brasmar a consolidação das operações no mercado francófono, potenciando as vendas tanto no negócio de produtos refrigerados, como nos produtos congelados”.

“Estamos sempre atentos a potenciais oportunidades de negócio que nos permitam incrementar a nossa quota de mercado, oferta de produtos e fluidez da cadeia logística. Esta aquisição responde aos nossos objetivos de crescimento neste mercado e reforça a dinâmica internacionalizadora que temos vindo a implementar nos últimos anos”, afirma Sérgio Silva, CEO do VigentGroup.

O grupo português está presente em mais de 40 países, conta com um universo de colaboradores que supera os 850 e obteve uma faturação consolidada, em 2021, de cerca de 240 milhões de euros.

Bares e discotecas reabrem esta sexta-feira

Os bares e discotecas reabrem, esta sexta-feira, dia 14 de janeiro, a partir das 22h00, depois de terem estado três semanas fechados por consequência da pandemia, com a condição de os clientes terem de apresentar teste negativo à Covid-19 se não tiverem a dose de reforço.

De acordo com o texto da resolução com as alterações mais recentes em relação à Covid-19, reabrem os “bares, outros estabelecimentos de bebidas sem espetáculo e estabelecimentos com espaço de dança, ainda que esses estabelecimentos estejam inseridos em estabelecimentos turísticos”

Os clientes que queiram frequentar os bares têm de apresentar um teste negativo à Covid-19, sendo que quem provar que foi vacinado há pelo menos 14 dias com a dose de reforço ou quem tenha um certificado de recuperação não precisa de fazer teste.

Os testes válidos para entrar em bares e discotecas são os PCR feitos há menos de 72 horas, o teste rápido de antigénio com menos de 48 horas ou também é possível realizar um autoteste à entrada do estabelecimento.

No Concelho de Ministros de 6 de janeiro, o Governo optou por não levantar a proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública, sem contar com “esplanadas abertas dos estabelecimentos de restauração e similares devidamente licenciados para o efeito”, de acordo como a resolução publicada no Diário da República.

TAP termina negócios de manutenção e engenharia no Brasil

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De acordo com o plano de reestruturação aprovado pela Comissão Europeia a 21 de dezembro de 2021, a companhia aérea Transportes Aéreos Portugueses (TAP) vai encerrar as operações de manutenção e engenharia no Brasil.

A empresa, em comunicado, garante que a medida “não interfere na operação de transporte aéreo de passageiros da companhia no país, seu principal mercado exterior”.

A companhia aérea revela que o mercado brasileiro representa entre 25% e 30% da receita, sendo que continua a aumentar a oferta naquele mercado, com presença em 11 capitais e “expectativa de expansão dos voos semanais”.

Christine Ourmières-Widener, diretora executiva da TAP Air Portugal, esclarece o processo de encerramento: “os serviços de manutenção referentes a aeronaves já contratados e/ou em andamento serão realizados normalmente, de acordo com os contratos entre a TAP ME e seus clientes”.

Acrescenta também que “a TAP ME não aceitará novos pedidos para prestação de serviços de manutenção” e clarifica que a TAP ME (Maintenance & Engineering) apenas irá fechar portas após a conclusão dos serviços de manutenção que estão a decorrer ou daqueles que já foram contratados, sendo que não existe uma data especifica para o término dos serviços.

Comissão Europeia anuncia novo fundo de apoio às PME

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A Comissão Europeia anunciou a criação de um novo fundo de apoio às pequenas e médias empresas (PME), que entrou em vigor esta semana e tem como objetivo incentivar as PME a rentabilizar os seus ativos de propriedade intelectual, desenvolvendo estratégias no âmbito da proteção dos respetivos direitos a nível nacional, regional, ou da União Europeia, avança o comunicado enviado às redações.

Segundo o comunicado este apoio divide-se em duas modalidades e nas duas está previsto um reembolso parcial dos custos associados até um valor máximo de 1500€ para taxas relativas ao pré-diagnóstico de propriedade intelectual, marcas e desenhos ou modelos, e/ou de 750€ para taxas relativas a patentes.

No que diz respeito ao pré-diagnóstico de propriedade intelectual vai haver um reembolso de 90% às marcas e desenhos ou modelos da União Europeia e também a nível nacional e regional, o reembolso será de 75% do valor das taxas de base. Já os valores do reembolso das taxas de pré-concessão relativas a marcas e desenhos ou modelos internacionais é de 50%, através da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, acrescenta o comunicado.

No que diz respeito às taxas sobre patentes, irá existir um reembolso de 50% dessas mesmas taxas a nível nacional.

O comunicado faz saber também que depois da candidatura recebe-se os respetivos vales a aplicar na solicitação dos serviços pretendidos, tendo estas bonificações uma validade de quatro meses a contar da data da atribuição da subvenção.

“Este fundo deve ser bem aproveitado pelas PME portuguesas, uma vez que a aposta na inovação e a proteção dos seus direitos de propriedade intelectual é fulcral num mercado tão competitivo como o europeu. Quando, em véspera de eleições, se fala muito em crescimento económico, a aposta na inovação é uma das formas para lá chegar”, afirma Vítor Palmela Fidalgo, diretor jurídico na Inventa, consultora especializada em propriedade intelectual.

Esta iniciativa prolonga-se até dia 16 de dezembro de 2022.

Ervideira fecha 2021 com subida de 25% na faturação

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Após um ano conturbado devido à pandemia causada pela Covid-19, a Ervideira terminou o ano com bons resultados, em que a faturação subiu 25% em relação ao ano de 2020, sendo que os resultados líquidos foram de 10%. Já em 2020 houve uma quebra significativa a rondar os 35%, mas ainda assim a empresa conseguiu um resultado líquido também de 10%.

“2022 é, para nós, um ano prometedor e estamos confiantes de que será o ano da recuperação. A nossa estratégia vai passar por continuar a investir, em inovar, com foco na qualidade dos nossos produtos e na solidez das nossas parcerias. O nosso objetivo passa por, pelo menos, recuperar os resultados de 2019, aquele que foi o melhor ano da história recente”, diz Duarte Leal da Costa, diretor executivo da Ervideira, citado em comunicado.

A Ervideira refere, no mesmo documento, que desde o começo da pandemia tem vindo a reforçar a sua estratégia de negócio e a diversificar os produtos que coloca no mercado. Além disto, também produziu e disponibilizou no mercado o seu próprio álcool gel.

“As vacinas tiveram um efeito positivo no consumo e na dinâmica de muitos setores em que o vinho marca presença, com 2021 a encurtar a sua distância para aquilo que seria a normalidade. Acreditamos que em 2022 será dado mais um passo nesse sentido, de forma que todas as empresas possam continuar a almejar resultados que permitam continuar a recuperar do enorme golpe que todos nós sentimos”, comenta Duarte Leal da Costa, diretor de enoturismo.

O responsável acrescenta ainda que acredita que os turistas nacionais e estrangeiros estão cada vez mais interessados pelo mundo dos vinhos e com isso mais interessados em programas de enoturismo. Além disso, considera que a Ervideira está preparada para no ano presente receber mais de 30 mil turistas, onde as provas serão o ex-líbris, podendo os turistas que visitam a Ervideira escolher que vinhos provar.

EUA anunciam mais medidas face a congestionamento nos portos

A Casa Branca comunicou, esta quarta-feira, que para acabar com os problemas de congestionamento nos portos dos Estados Unidos da America (EUA) irá tomar mais medidas durante este mês de janeiro.

No decorrer de uma conferência de imprensa, o diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, Brian Deese, afirmou: “Constatámos progressos importantes nos portos, com uma diminuição de 40% no tempo que um contentor permanece no cais”.

Em outubro de 2021, o governo do presidente Joe Biden já tinha pressionado para que o porto de Los Angeles, o mais importante dos EUA, estivesse aberto 24 horas por dia, para que o desembarque das mercadorias fosse mais rápido e as filas de espera dos cargueiros fossem menores.

Já no início de novembro de 2021, os portos de Los Angeles e Long Beach começaram a cobrar um custo aos transportadores marítimos que porventura deixassem as suas cargas nos cais mais de oito dias.

Contudo, o diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca referiu que “ainda há trabalho a fazer”.

“Razão pela qual, durante este mês, vamos tomar medidas suplementares com os portos do país para encontrar localizações para acomodar os produtos e agravar os custos para os contentores vazios que permaneçam nos cais” Acrescentado ainda que “o objetivo é agora o de avaliar onde se está e procurar resolver os problemas, para acelerar o ritmo da recuperação económica”, acrescentou.

Deco Proteste alerta falta de equidade na conta da àgua

A Deco Proteste, organização de defesa do consumidor, fez uma análise às tarifas dos serviços de abastecimento de água, saneamento e resíduos sólidos urbanos que estão incluídas nas faturas da água cobradas aos cidadãos residentes nos 308 municípios do país e, de acordo com a análise, foi possível apurar que há várias divergências, sendo que a maior é uma diferença superior a 400 euros anuais, quando se compara diferentes municípios.

A título de exemplo, os habitantes da Trofa, no distrito do Porto, desembolsaram 503 euros por 120 m3, já os habitantes de Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda, 88,20 euros, menos 414,80 euros, explica o comunicado enviado às redações.

“Uma família de três ou quatro pessoas, em diferentes zonas do país, e com um gasto idêntico, recebe faturas bastante desiguais. O cidadão de Vila do Conde pagou 250 euros por ano pelo abastecimento, mas, não muito longe, o de Terras de Bouro, somente 46,50. Ou, mais a sul, o de Penedono, 53,80 euros, ou ainda, nas planícies alentejanas, o almodovarense, 56,68 euros”, exemplifica Elsa Agante, team leader de energia e sustentabilidade da Deco Proteste.

Elsa Agante sublinha também que “é necessário o reforço do quadro regulatório no que diz respeito a regras e princípios de faturação, como primeiro pilar da redução das assimetrias a nível nacional e mecanismos de harmonização tarifária. Os serviços de águas são comandados por numerosas entidades, com dimensão e capacidade financeira distintas, às quais falta um modelo de gestão com regras comuns”

A Covilhã (185,30 euros) e Vila de Rei (12,24 euros) apresentam um intervalo de variação acentuado de 173 euros em relação ao tratamento das águas residuais (saneamento) por 120 m3. Contudo, existem municípios onde a tarifa de saneamento não é cobrada, o que demonstra que que existe pouca equidade no tratamento dos habitantes. Relativamente ao valor da tarifa dos resíduos sólidos urbanos (lixo), que também é cobrado na fatura, o cálculo é feito mediante o consumo de água, que é esperado ser alterado até 2026.

Back Market consegue ronda de investimento de 450 milhões

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A Back Market, empresa de aparelhos eletrónicos recondicionados, anunciou, esta quarta-feira, que angariou uma ronda de investimento de 450 milhões de euros, passando a agora a ser avaliada em 5,1 mil milhões de dólares.

“O nosso objetivo é fazer dos dispositivos eletrónicos recondicionados a primeira escolha para as compras de tecnologia. Esperamos assistir ao mesmo desenvolvimento, neste mercado, do que aquele a que assistimos no mercado de automóveis em segunda mão, onde as vendas destes veículos aumentaram em comparação com as vendas de automóveis novos. O apoio e a confiança destes fundos, juntamente com a nossa crescente base de clientes, marca um passo importante na viagem do Back Market e, mais importante ainda, para a economia circular como um todo”, afirma o cofundador e CEO do Back Market, Thibaud Hug de Larauze, citado no comunicado.

A taxa média de avarias na plataforma é de 4%, sendo que um dos principais objetivos da empresa é obter taxas de avarias cada vez menores em todos os dispositivos, para que os consumidores tenham uma alternativa sustentável à compra de novas tecnologias. A qualidade é ainda acreditada por uma garantia contratual de até dois anos para todas as compras, avança o comunicado enviado às redações.

Segundo um estudo realizado pela Kantar, uma das maiores redes mundiais de insights, informação e consultoria, um em cada cinco compradores diz ter adotado hábitos mais sustentáveis desde o início da pandemia, em março de 2020, o que irá diminuir a pegada de carbono, porque 90% dessa pegada provém do processo de fabrico.

“Levamos as melhores práticas de comércio eletrónico um  passo  à  frente  com  a  qualidade premium dos  nossos produtos  e  ao  oferecer  aos  clientes  uma  experiência  de  descoberta simplificada, assegurando que são imediatamente direcionados para os vendedores com melhor desempenho no nosso mercado, para qualquer dispositivo específico que procurem. A qualidade dos vendedores é monitorizada através de mais de 20 métricas”, avança Thibaud Hug de Larauze.

 

(Notícia corrigida às 15.07 horas de 13/01/2022)

“O líder está sempre a ser posto à prova” – Elisabete Jacinto

A edição de janeiro da PME Magazine regressa já no próximo dia 19 e será apresentada em formato híbrido, online e presencial, na Nova SBE de Carcavelos. Elisabete Jacinto, piloto de todo-o-terreno, é a figura de capa e vai partilhar a sua experiência como líder na apresentação.

Em entrevista à PME Magazine, Elisabete Jacinto sublinha que o líder está sempre a ser posto em causa e que precisa de mostrar resiliência, mas também humildade.

“O líder está sempre a ser posto à prova, está sempre a ser posto em causa, por isso é que eu digo que tem de ser uma pessoa muito forte em termos de personalidade e em termos emocionais para não vacilar e muitas vezes, nós temos que admitir as nossas fraquezas, admitir perante os outros: ‘Olha, eu nesta situação não sei mesmo como é que se faz. Podes ajudar-me?’”, começa por referir.

“Quando a pessoa é franca e honesta, as outras pessoas estão dispostas a ajudar-nos e nós conseguimos ter assim uma equipa ainda mais coesa. Portanto, a empatia, o saber ouvir, o saber estar com os outros que marca a diferença e que faz com que um bom gestor seja um excelente gestor. Isso faz a diferença”, advoga.

A inscrição na apresentação é gratuita e pode ser feita online.

“A Bloq.it quer revolucionar o e-commerce” – João Lopes

Por: Sara Fonseca 

A Bloq.it é uma startup que oferece cacifos inteligentes para ajudar as empresas de logística, retalho e e-commerce a serem mais sustentáveis. Inicialmente, começaram por instalar estes cacifos nas praias, mas com a pandemia a startup reinventou-se, focando-se não no hardware dos cacifos, mas sim no software, o que permite vender a tecnologia criada pela Bloq.it a outras empresas.

A PME Magazine quis saber mais sobre esta startup e porque se distingue das restantes empresas de cacifos inteligentes numa entrevista com João Lopes, COO e co-fundador da Bloq.it. 

PME Magazine (PME Mag.) – Quais os objetivos para 2022?

João Lopes (J. L.) 2022 será um ano em que queremos concretizar muitos objetivos de extrema importância para a Bloq.it. Em termos de equipa, trabalharemos para chegar a 30 pessoas até ao final do ano, com a entrada de colaboradores para as várias áreas, desde comercial, marketing, passando, claro, pela área tecnológica e de desenvolvimento de software

Seguidamente, temos também uma ambição de expansão. Depois de, em 2021, termos chegado a 12 países, a meta é agora expandir para mais quatro mercados ao longo de 2022. Mais do que internacionalizar, o objetivo passa por criar mesmo escritórios nos Estados Unidos, em Silicon Valley, e na Alemanha, com equipas próprias que permitam uma imersão total nestes mercados e o seu consequente crescimento.

A nível de lançamentos, além do constante desenvolvimento do nosso software, iremos criar novos produtos físicos, pertencentes ao mesmo segmento, de forma a facilitar o processo de e-commerce e entregas de encomendas. Estes produtos terão um impacto positivo para as empresas e consumidores, aproximando mesmo a Bloq.it dos próprios utilizadores.

PME Magazine (PME Mag.) – Quanto espera crescer a nível de faturação e equipa?

João Lopes (J.L.) Com a entrada de novos mercados e setores esperamos multiplicar em cinco vezes o volume de negócio do último ano, alcançando os 2 milhões de euros em faturação até dezembro.

PME Mag. – De que forma a startup permitirá reduzir o impacto ambiental dos seus parceiros?

J. L. – Os cacifos da Bloq.it permitem que o e-commerce seja mais sustentável e ambientalmente responsável, algo que vemos como uma resposta à urgência ambiental atual, mas também ao crescimento das compras online e entrega ao domicílio, tendências que a pandemia veio intensificar.

Desta forma, o e-commerce é, atualmente, uma indústria com impacto ambiental muito significativo, sendo os nossos cacifos uma solução para alterar esta realidade. Assim, o que tencionamos, e já estamos a aplicar com alguns parceiros, é que cada pessoa que encomende um produto online possa recolhê-lo num cacifo Bloq.it mais perto de si, na hora e dia que lhe for conveniente, depois de receber a nota de entrega via telemóvel.

Desta forma, com uma rede de cacifos completa, será possível que, numa só entrega, sejam deixadas inúmeras compras num mesmo cacifo, embora em compartimentos diferentes, o que permitirá que o estafeta reduza em muito os quilómetros e transportes, bem como o seu impacto ambiental com os meios de transporte.

PME Mag. – Quais são as principais razões pelas quais uma empresa deve adquirir um Bloq.it?

J. L. – Principalmente a versatilidade. Poder receber uma solução completa e desenvolvida com base nas suas necessidades. Temos projetos onde os cacifos permitem a receção de medicamentos nas farmácias portuguesas, mas outros, por exemplo, que permitem aos utilizadores deixarem a chave do carro para uma empresa de reparações automóveis.

No caso do retalho, setor onde estão muitos dos nossos parceiros, é possível referir inúmeras mais-valias, desde a maior rapidez e facilidade na entrega das encomendas, que exige menos recursos e distância percorrida, bem como a diminuição do impacto ambiental das empresas.

Além disso, ao sermos uma empresa local, conseguimos garantir um produto completamente alinhado com o mercado e um serviço de proximidade com os nossos parceiros nacionais.

O nosso objetivo máximo e a longo prazo é ser a empresa número um a nível mundial no que respeita a tecnologia para cacifos inteligentes

PME Mag. – Que tipo de empresas aderiram mais a esta tecnologia?

J. L. – Trabalhamos atualmente com uma grande diversidade de empresas, não só com empresas de uma dimensão ou tipo, bem como de diversos setores.

Desta forma, temos no nosso portfólio empresas de grande dimensão, como a Galp e a Glintt, bem como o El Corte Inglês, mas também empresas de média e pequena dimensão.

Isto porque o que temos sentido é que realmente o nosso produto e tecnologia são aplicáveis às diversas realidades e necessidades, não estando dependente da dimensão, nem do setor.

PME Mag. – Pretende continuar a distribuir hardware e software? Ou apenas se quer dedicar ao digital, tornando o seu negócio B2B (business to business)?

J. L. – No que respeita à nossa estratégia de negócio, em 2022, continuará a ter como foco principalmente o B2B, caminhando para o nosso objetivo de sermos líderes globais a nível de solução de tecnologia para cacifos inteligentes para empresas.

O mercado português é pequeno, e desta forma, a nossa estratégia passa por uma rápida expansão e internacionalização, um dos nossos grandes objetivos.

Tudo o que temos num cacifo Bloq.it é completamente feito por nós: desde o software ao hardware, algo diferenciador no mercado. No entanto, tencionamos também focarmo-nos cada vez mais no nosso software, desenvolvendo-o e tornando-o cada vez mais fácil de aplicar.

Apesar disso, o nosso hardware continuará a fazer parte do nosso negócio, já que temos uma solução forte e completa. É mesmo por isso que, este ano, lançaremos novos produtos físicos já que vemos espaço no mercado e essa necessidade.

Com esta solução completa, que liga software a hardware, conseguimos ir ao encontro da necessidade de cada empresa, quer procurem uma solução chave na mão, quer pretenda só a nossa tecnologia.

PME Mag. – Quais os países com quem trabalha mais, sem ser Portugal?

J. L.- Atualmente, trabalhamos em 12 países, entre os quais Espanha, França, Holanda, Lituânia, Alemanha, Estados Unidos, Croácia, Peru, Quénia, Suíça, e Egito.

Assim, apesar de o mercado português ser muito estratégico para nós, permanecendo como um dos locais em que queremos crescer, podemos já afirmar que 80% da nossa receita vem de outros mercados, algo que vemos como positivo.

PME Mag. – Qual a sua visão para o futuro da empresa? Quais os planos para o futuro?

J. L. – O nosso objetivo máximo e a longo prazo é ser a empresa número um a nível mundial no que respeita a tecnologia para cacifos inteligentes, algo para o qual temos vindo a trabalhar e a traçar um caminho nos diferentes países e continentes.

No entanto, temos outros objetivos bastante ambiciosos a longo prazo e que permitirão resolver problemas atuais que consideramos fulcrais na sociedade. Trabalhamos, assim, para que as pessoas recebam encomendas sem qualquer problema, de forma mais fácil e sem que tenham de ter contacto com um estafeta ou estarem a aguardar na sua casa, bastando dirigirem-se a um cacifo que lhe seja mais conveniente e perto. Assim, a Bloq.it quer revolucionar o e-commerce e o processo de entregas, tornando-o mais ágil para empresas e consumidores.