Segunda-feira, Abril 28, 2025
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Plásticos de uso único geram dúvidas em empresas

A diretiva europeia acerca dos plásticos de uso único, que entra em vigor no próximo dia 3 de julho, sábado, está a causar dúvidas às empresas e aos consumidores.

A ordem europeia sobre os plásticos de uso único está a gerar duvidas não só as empresas como também aos consumidores. A diretiva vai entrar em vigor a partir de amanhã, dia 3 de julho, e até ao momento “não é conhecido o diploma que procede à sua transposição para o ordenamento jurídico nacional”.

Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), explica que “esta situação está a gerar constrangimentos aos operadores económicos e dúvidas nos consumidores. A APED considera que apesar de todo o trabalho que o setor tem feito na área dos plásticos, estes atrasos na clarificação da legislação criam incertezas desnecessárias à atividade das empresas do setor”.

Desde 2019 que os associados da APED têm desenvolvido um trabalho no âmbito da promoção do uso responsável de plástico, através de ações como o ecodesign das embalagens de produtos de marca própria, a incorporação de materiais reciclados em embalagens novas, a substituição de artigos de plástico por alternativas sustentáveis e através de uma maior oferta de sacos reutilizáveis.

Segundo os dados de 2019, estas iniciativas ajudaram a uma poupança anual de plástico superior a 8303 toneladas, pelo que se evitou utilizar quase meio milhão de unidades de artigos de plástico descartável.

Para o diretor-geral estas ações “comprovam o empenho numa área determinante para a transição verde e com impacto positivo a nível ambiental, social e económico.”

Share My Space vence 8º NATO Innovation Challenge

A equipa Share My Space venceu o concurso NATO Innovation Challenge – Spring 2021, no passado dia 29 de junho. Pela primeira vez, a cerimónia decorreu em Lisboa.

Foi no passado dia 29 de junho, terça-feira, a equipa Share My Space venceu o projeto NATO Innovation Challenge – Spring 2021. A cerimónia final decorreu em Lisboa, pela primeira vez, e contou com a presença de várias figuras de destaque, com particular atenção para a presença do Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

O Ministro destacou que “Portugal está comprometido com esta cultura de inovação, estimulando ecossistemas dinâmicos capazes de juntar a indústria, o conhecimento científico e tecnológico e a experiência militar em várias áreas essenciais”.

Arthur Belaud, um dos elementos da equipa Share My Space, não escondeu o orgulho: “É um grande prazer vencer o NATO Innovation Challenge e sermos reconhecidos pelo nosso projeto. A ideia que apresentámos hoje foi, essencialmente, a capacidade de detetar e rastear satélites ágeis, antecipar futuros alvos, confirmar atividades hostis no espaço e melhorar a compreensão do domínio espacial. Este usa algoritmos de machine learning para reconhecer padrões de manobra com métodos de análise de sinal”.

Esta foi a 8ª edição do desafio internacional organizado pelo NATO Innovation Hub, pela Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN) do Ministério da Defesa Nacional e pelo Estado-Maior General das Forças Armadas. O objetivo deste concurso é dar à NATO novas formas de solucionar os desafios no âmbito da esfera espacial.

Para o fundador do Challenge, Serge Da Deppo, “é com muito orgulho que anunciamos o vencedor” desta edição, e “reconhecemos ainda os esforços de um dos nossos mais novos membros da rede, Portugal, que conseguiu organizar e tornar o nosso Pitch-Day e Entrega de Prémios da edição Primavera 2021 um grande e memorável sucesso”.

A 8ª edição contou ainda com vários parceiros, nomeadamente com o Comando Aliado da Transformação (ACT) da NATO, o Estado-Maior-General das Forças Armadas, a Agência Espacial Portuguesa, a Agência Espacial Europeia, o Instituto para a Inovação e Empreendedorismo, a Universidade de Old Dominion, o Comando Espacial Francês e a NASA.

Startup KIT-AR vence Programa Acelerador 5G

A startup KIT-AR foi a vencedora da fase final do Programa de Inovação Colaborativa, Programa Acelerador 5G, desenvolvido pela NOS e a Amazon Web Services (AWS), em parceria com a Startup Lisboa. A vencedora levou o prémio monetário no valor de 7500 euros, 100 mil euros em créditos AWS, 10 mil euros em suporte técnico e ainda acesso direto a incubação na Startup Lisboa.

A KIT-AR é a startup vencedora do Programa Acelerador 5G, desenvolvido pela NOS a AWS, em conjunto com a Startup Lisboa. A startup, que foi reconhecida graças à sua solução “que utiliza tecnologias emergentes, como realidade aumentada e inteligência artificial, para reduzir a probabilidade de erro e potenciar a melhoria contínua nos processos industriais como um todo”, já se encontra no mercado.

A fase final do programa, Demo Day, decorreu ontem e todas as startups presentes na competição apresentaram as suas soluções a potenciais investidores e parceiros empresariais, assim como a um júri constituído por Jorge Graça e Pedro Abrantes da NOS, João Tedim e Marta Sousa Monteiro, da AWS, representantes da Startup Lisboa, e ainda por Carolina Marçalo, a mentora do Programa.

O júri considerou a KIT-AR como um dos projetos mais promissores e inovadores, “demarcando-se como a que melhor conseguiu aplicar as potencialidades da tecnologia 5G”, como se lê em comunicado. “Graças à quinta geração da rede móvel é possível à KIT-AR recolher insights mais completos de todos os processos que decorrem numa unidade industrial, essenciais para a melhoria contínua das empresas deste setor”.

Para o CEO da KIT-AR, Manuel Oliveira, participar neste programa “precipitou o processo de integração de cenários 5G no desenvolvimento do produto da startup e a oportunidade de realizar testes reais com a rede 5G da NOS, que foram essenciais para validarmos a oportunidade e identificarmos os desafios tecnológicos associados à sua implementação”.

Quando questionado sobre os próximos passos da empresa, Manuel Oliveira destaca que ganhou “a confiança de diversos investidores nacionais e internacionais e o interesse firme de investidores para criar novos canais comerciais e desenvolver as oportunidades que o Acelerador 5G e este reconhecimento criaram”.

A vencedora leva para casa um prémio monetário no valor de 7500 euros, acesso direto a incubação na Startup Lisboa, 100 mil euros em créditos AWS e ainda 10 mil euros em suporte técnico. De destacar que o programa “permitiu ainda identificar potenciais oportunidades de investimento para o Fundo NOS 5G”.

Durante a fase final, foi atribuída uma menção honrosa à startup GOCLEVER, que arrecadou um prémio de 2500 euros, “pelo desenvolvimento de uma solução de medição de volumes em tempo real para reduzir os tempos de espera dos navios e aumentar a eficiência no planeamento de recursos em portos”.

“A presença digital ganhou uma relevância maior” – Rodolfo Oliveira

Por: Rafaela Silva

A consultora de comunicação, BloomCast Consulting, foi fundada em 2012, nasce com a missão de ser uma “ponte” entre os negócios e as estratégias de comunicação para os públicos-alvo das empresas. Desenvolve várias estratégias consoante os canais em questão, garantindo cinco valores chave: o foco no cliente, a transparência, a integridade, a excelência e a cidadania.

Em entrevista à PME Magazine, Rodolfo Oliveira, o Managing Partner da Bloomcast Consulting, analisa os últimos da empresa, evidenciando como é que a própria se adaptou à crise pandémica e de que modo é que a transformação digital foi crucial para o contínuo desempenho das atividades da Bloomcast e das PME e startups.

PME Magazine (PME Mag.) – Tome em consideração este último ano. Qual considera ter sido o maior desafio, em consequência da pandemia covid-19, que a Bloomcast teve que ultrapassar?

Rodolfo Oliveira (R. O.) – A pandemia foi um momento singular, porque as crises tipicamente têm impacto a um nível específico, e esta mudança teve impacto em todos os aspetos da vida das organizações e das sociedades, criando um momento único de disrupção. A prioridade foi, em primeiro lugar, criar uma comunicação que reforçasse a evidência de que a BloomCast estava disponível, operacional e a adaptar os seus modelos de trabalho e operacionais para responder aos desafios dos seus clientes, ajudando-os também a atravessar um momento desafiante. Neste sentido, o maior desafio passou por solidificar a comunicação omnicanal da empresa, aproveitando um desafio, a falta de proximidade física uns dos outros, e dos clientes para criar uma proximidade digital como nunca tinha sido forjada anteriormente (através de redes sociais, newsletters, e novas iniciativas de comunicação).

“A comunicação permite criar as pontes que ligam todos os interlocutores, numa lógica omnicanal.”

PME Mag. – Consequentemente, como é que a pandemia veio interferir no desenvolvimento/funcionamento e trabalho da empresa?

R. O.  – No que toca ao funcionamento da BloomCast procurámos aplicar a mesma lógica com os nossos clientes. Assim, mantendo a proximidade com os mesmos, procurámos reforçar a comunicação de cada um, mostrando a parceiros que se encontravam a par dos novos desafios. Muitas vezes isto passou por estar atento à comunicação feita momento a momento por cada setor, e por uma avaliação estratégica daquilo que faria sentido cada cliente comunicar, nesse espaço. Tomámos também consciência do problema em curso no nosso ecossistema, e fomos pioneiros na oferta de assinaturas de um vasto leque de meios de comunicação social, dando um sinal ao mercado, mas também proporcionando aos nossos clientes mais informação para os ajudar a manterem-se informados num momento de transformação acelerada e em que os pressupostos do seu negócio podem mudar de um dia para o outro. Temos sempre a perspetiva de que os nossos clientes são também nossos parceiros e estamos numa busca permanente da melhoria do nosso serviço para assegurar a sua satisfação. 

PME Mag.  – Considera que a pandemia obrigou a aceleração para a transição digital das PME e startups?

R. O.  – Claramente que, face à impossibilidade de manter uma ligação personalizada e próxima, a transição digital é o caminho para manter e reforçar a ligação entre todos os interlocutores das PME, como de qualquer empresa, independentemente da sua dimensão. No caso das startups, muitas já nascem da perceção deste espaço e momento únicos, em que a desmaterialização permite uma flexibilidade incomparavelmente superior, e em que uma empresa pode competir facilmente em qualquer mercado, especialmente no setor dos serviços. O mercado é global, e as organizações, sejam grandes, PME ou startups, podem claramente beneficiar desta oportunidade para acelerar o seu crescimento.

PME Mag.  – Como é que as PME e startups tiveram que se reinventar? Qual a importância de acompanhar o processo de transformação digital e a pandemia?

R. O.  – Em primeiro lugar, os processos de negócio tiveram todos de passar para um modelo virtual e não presencial. Isso tem implicações profundas, seja ao nível do funcionamento interno, seja dos processos com clientes e fornecedores. A presença digital ganhou uma relevância maior do que no passado e, de forma transversal, registou-se um forte crescimento do comércio eletrónico.  A pandemia implicou que tudo o que era anteriormente feito de forma presencial passou a um formato desmaterializado. Do lado da comunicação, esta mudança teve como resultado, para quem não estava ainda com processos de digitalização mais sofisticados em curso, o rápido estabelecimento de uma presença digital relevante, criando canais de comunicação adequados e processos de acompanhamento dos clientes ao longo da sua jornada de interação com a empresa. Os canais de entrada/acesso dos clientes às empresas multiplicaram-se, e a comunicação passou a ser omnicanal por definição, sendo essencial assegurar por um lado a integridade e coerência da comunicação efetuadas nos diferentes canais e, por outro, a continuidade da mesma.

PME Mag.  – De que modo a utilização de ferramentas digitais potencializaram o investimento?

R. O.  – As ferramentas e tecnologias digitais constituem a base para o crescimento das organizações, desde a simples renovação do conceito das funcionalidades esperadas dos sites à utilização das redes sociais para estabelecer canais de comunicação com todos os interlocutores. Também as redes sociais viram o seu papel reforçado como espaço de interação e comunicação, assim como tecnologias mais recentes, como os podcasts e os webinars. Do lado das tecnologias que tornam possível esta transformação digital, temos desde o cloud computing à inteligência de negócio e à inteligência artificial, ou a realidade aumentada, as quais permitem criar vantagens competitivas, gerar novos modelos de negócio e tornar o mundo cada vez mais próximo.

“A transição digital é o caminho para manter e reforçar a ligação entre todos os interlocutores das PME, como de qualquer empresa, independentemente da sua dimensão.”

PME Mag.  – E no panorama geral, de futuro, como acha que vai ser a transformação digital após a pandemia da covid-19?

R. O.  – Exercícios de futurologia são difíceis, mas diria de forma geral que as palavras que caracterizam o período em que entramos serão rapidez, flexibilidade e, à falta de melhor definição, humanidade. A rapidez é essencial, porque a transformação irá acelerar-se, não irá diminuir, com a entrada de novas tecnologias, e não acompanhar a mudança terá como consequência um atraso irrecuperável. Flexibilidade também porque esta rápida transformação implica que as organizações terão de estar mais atentas do que no passado para poderem mudar a sua estratégia de acordo com os ciclos de negócio. E, por último, a importância de estabelecer e manter relações coesas e mutuamente benéficas será uma parte essencial para o futuro, com a comunicação adequada, no momento certo e com a mensagem eficaz, a desempenhar o papel importante de fiel da balança para as organizações que se destacam.

EcoClass vence escolha do público na competição Apps for Good UK

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A aplicação EcoClass, criada no âmbito da competição Apps for Good Portugal, acaba de vencer a final do Apps for Good UK, sendo a mais votada na escolha do público.

A EcoClass, a aplicação com conteúdos ecológicos com o objetivo de ensinar os mais novos a serem mais ecológicos através de tarefas, um jogo, mapas, etapas, questionários, frases, dicas e competições entre alunos e turmas, é a vencedora da competição Apps for Good UK, uma das maiores competições mundiais de aplicações.

A competição internacional é desenvolvida no âmbito de “um programa educativo tecnológico que desafia alunos e professores a desenvolverem aplicações para resolverem problemas sociais”. Em concurso estavam 15 equipas finalistas, distribuídas por cinco categorias, sendo a categoria “Global Innovators” aquela em que a EcoClass estava a competir.

A aplicação foi criada pelos alunos Anna Dornelas, Maria Fortunato e Victor Dornelas da Escola Secundária de Vila Verde. A EcoClass foi o único projeto selecionado para representar Portugal no concurso internacional, arrecadando o Prémio do Público.

A aplicação surgiu no âmbito do programa Apps for Good, lançado pelo CDI Portugal, que tem como finalidade incentivar alunos e professores a desenvolver aplicações, recorrendo ao uso da tecnologia, “que possam contribuir para a resolução de problemas relacionados com a sustentabilidade do mundo em que vivemos”.

O programa decorreu ao longo do ano letivo, e tanto os professores como os alunos tiveram acesso a conteúdos online com uma metodologia de projeto de cinco passos. Para além destes conteúdos, os participantes contaram com uma rede de especialistas, “para prestar todo o apoio de esclarecimento de dúvidas”.  

Economia: Portugal deverá crescer acima da média da Zona Euro

Segundo as estimativas da Euler Hernes, a economia portuguesa deverá crescer acima da média da Zona Euro já no próximo ano. Para este ano, as projeções até agora avançadas apontam para um crescimento de 4%.

É esperado que, em 2022, a economia portuguesa tenha um crescimento de 5,4%, representando um crescimento acima do esperado para a Zona Euro, que segundo as estimativas da Euler Hermes, empresa de seguros de crédito, este último sofrerá um aumento de 4,2%.

Relativamente às projeções para a evolução da economia portuguesa até ao final de 2021, espera-se que esta cresça cerca de 4%, acompanhando a média das economias europeias.

Para os acionistas, este crescimento é influenciado pelos fundos de 13,9 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido, que estão previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português, no âmbito do programa “Next Generation EU”, no plano de recuperação da União Europeia, e ainda nos empréstimos para os próximos cinco anos no valor de 2,7 mil milhões de euros.

O estudo previu ainda um crescimento do PIB espanhol de cerca de 5,3% em 2022, e em Itália, também para o próximo ano, é esperado um crescimento na ordem dos 4,6%. No entanto, as economias francesa e alemã apresentam projeções menos favoráveis, ao que tudo indica não deverão ultrapassar os 3,8%.

A nível mundial, o estudo “Grand reopening: new opportunities, old risks” conclui que o PIB global também terá tendência a crescer já este ano, cerca de 5,5% e 4,1% em 2022. Os principais impulsionadores deste crescimento, os Estados Unidos (EUA) e a China, deverão também acompanhar estes números. Assim, é esperado que os EUA crescem 6,3% este ano e 4,0% em 2022, e as previsões para a economia chinesa é de um aumento de 8,2% em 2021 e 5,4% em 2022.

No polo oposto, as regiões que apresentam uma recuperação mais lenta são a África do Sul, não ultrapassando os 2,2% do PIB em 2021 e os 1,9% no próximo ano, e o Japão, com um crescimento previsto de 2,1% em 2021 e 1,9% em 2022.

Recorde que o comércio global diminuiu cerca de 8% no ano passado, mas este ano as previsões são para um crescimento de 7,7%, impulsionado pelas “expetativas positivas no que diz respeito às exportações robustas da zona Ásia-Pacífico e das fortes importações dos EUA, Europa e China”.

De acordo com a nota da COSEC, o estudo lembra ainda a importância de uma transição para uma economia sustentável “e o seu impacto na recuperação económica”. É por isso crucial “a adoção de um modelo de crescimento mais sustentável”, pelo que será necessário haver uma redefinição de políticas industriais, “para garantir novos recursos fiscais, subsídios de transição, proteção dos produtores nacionais e investimento em infraestruturas”.

Estão abertas as candidaturas ao programa S.I. Inovação Produtiva

Foi anunciado o lançamento do aviso de candidaturas para o programa Portugal 2020 – S.I. Inovação Produtiva. Este programa representa uma oportunidade para as PME portuguesas terem acesso a fundos comunitários. As candidaturas estão abertas até 20 de setembro.

A Start PME, a empresa especializada na captação de incentivos financeiros e desenvolvimento de arranque, acaba de anunciar o lançamento do Aviso de candidaturas Portugal 2020 – S.I. Inovação Produtiva, que visa apoiar projetos individuais de investimento produtivo em atividades inovadoras.

Até ao momento sabe-se, de acordo com o aviso nº12/SI/2021, que está estipulado uma dotação orçamental de 145 milhões de euros a projetos de investimentos produtivos realizados nas regiões do Norte, Centro, Alentejo e Algarve, nos territórios de baixa densidade.

No que concerne ao aviso nº13/SI/2021, está estipulado uma quantia de 255 milhões de euros, para projetos realizados nas regiões do Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, mas “fora dos territórios de baixa densidade, sendo que os projetos com mais de um estabelecimento podem incluir também os investimentos localizados em territórios de baixa densidade”, como se pode ler no aviso.

Os fundos comunitários destinados ao financiamento de Projetos de Investimento Produtivo, estão focados em quatro tipologias como a criação de um novo estabelecimento, o aumento da capacidade de um estabelecimento existente, na diversificação da produção feita em estabelecimento existente para novos produtos e na alteração fundamental do processo global de produção de estabelecimento já existente.

Segundo os dois avisos, os prazos de entrega para as candidaturas Portugal 2020 – S.I. Inovação Produtiva permanecerão abertos até às 19h00 do dia 20 de setembro.

Colaboradores de PME preveem não trabalhar em regime híbrido

De acordo com o estudo publicado pela Ricoh Europa, a maioria dos trabalhadores de PME prevê não ter a possibilidade de usufruir do regime de trabalho híbrido, assim que as restrições da pandemia forem levantadas. Entre os motivos mais destacados encontram-se a alta carga administrativa e os processos baseados em papel.

Segundo o estudo conduzido pela Ricoh Europa, a fornecedora global de tecnologia, os funcionários das PME na Europa receiam não poderem usufruir das benesses do regime de trabalho híbrido. Os dados da investigação tiveram como base mais de 1400 colaboradores de PME europeias.

Cerca de 58% dos trabalhadores acredita que, quando as restrições da pandemia covid-19 forem levantadas, estarão essencialmente a trabalhar a partir do escritório. “Ao mesmo tempo, preveem barreiras e dificuldades para trabalhar com dinamismo, devido aos pedidos em constante evolução dos clientes”, segundo a nota da organização.

No que respeita à produtividade, 45% dos funcionários diz que seriam mais produtivos se tivessem menos encargos administrativos. Ainda assim, salienta-se que “as formas tradicionais de trabalho evitam que as PME atinjam um resultado financeiro mais sólido, na medida em que os colaboradores têm menos tempo para vender ou criar novos modelos de negócios”.

Xavier Moreno, o diretor de Marketing da Ricoh Espanha e Portugal, afirma que “há anos que acompanhamos as PME nos seus desafios de transformação digital e sabemos que os seus recursos para investir em tecnologia são muito limitados. Mas investir para que os seus colaboradores possam aceder a toda a documentação de maneira remota e segura, tem um impacto positivo e imediato na sua agilidade e produtividade”.

Um dos fatores-chave para o regresso ao trabalho presencial é devido à carga de trabalho dos colaboradores, aliado à falta de ferramentas para apoiar as tarefas durante o teletrabalho e pelo fraco investimento em processos automatizados. De facto, “dois em cada cinco colaboradores têm dificuldade de acesso a conhecimento e a informação dos sistemas da empresa que necessitam, para oferecer um melhor atendimento ao cliente, enquanto trabalham remotamente”.

Este cenário acaba por ser prejudicial para a empresa e é uma característica de diferenciação no mercado, isto porque, poderá “favorecer concorrentes maiores”. O diretor de marketing explica que “muitas vezes, as PME não detetam as suas necessidades até descobrirem que, ao automatizarem os seus processos de forma eficiente, podem obter economias de custo cruciais para a sua sobrevivência e competitividade”.

51% dos entrevistados acredita que as respostas para estas situações passam pelos processos automatizados, pois são graças a eles que se poderia “melhorar a experiência do trabalho, apoiariam os esforços de retenção de talentos”. Consequentemente, 25% dos inquiridos diz estar a “pensar em procurar trabalho em empresas melhor equipadas, para o trabalho à distância.

Ao mesmo tempo, “a automatização dos principais processos apoiaria os esforços para direcionar a fidelidade do cliente e posicionar as PME como entidades com mais experiência digital”. “Otimizar os seus recursos e apostar nesta agilidade no acesso à informação pode constituir não só um avanço na forma de trabalhar, mas também um crescimento contínuo e sólido, rumo à consolidação de uma verdadeira empresa digital”, conclui Xavier Moreno.

Ciberataques aumentaram a nível nacional e internacional

A Check Point Research (CPR), fornecedora de soluções de cibersegurança global, alerta para o agravamento dos ciberataques e das ameaças cibernéticas a nível nacional e global.

Segundo a mais recente investigação realizada pela Check Point Research, está a haver um agravamento dos ciberataques e de ameaças cibernéticas não só a nível nacional, mas também global. De acordo com os resultados, em maio de 2021 os ciberataques aumentaram 97% na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) e em Portugal, no mesmo mês verificou-se, em média, 1029 ataques a organizações por semana.

Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies em Portugal, afirma que “já há muito que avisamos que organizações de todas as dimensões estão a ser bombardeadas por uma quinta geração global de ciberameaças. São ciberameaças multivetor que podem causar danos irreparáveis à reputação das empresas comprometidas”.

O representante da Check Point explica que “muitas empresas estão protegidas apenas pelo que chamamos de ameaças de terceira geração, isto é, ameaças que conhecemos desde o início de 2000 e que procuram explorar vulnerabilidades presentes nas aplicações”. No entanto, chama a atenção para o facto do cibercrime estar “a evoluir a um ritmo tal que ficar para trás por umas semanas ou meses pode ter sérias consequências, quanto mais anos”.

Este é um problema que se tem vindo a agravar e “parar a pandemia de ataques cibernéticos exigirá cooperação entre governos, empresas de segurança cibernética, bem como organizações individuais”, alertam os investigadores.

Só em maio de 2021, na região EMEA, registou-se uma média semanal de 780 ataques por organização, um aumento de 21% desde o início do ano. Em Portugal, a média semanal a 3 de maio era de 1029 ataques por organização, ao que corresponde a um aumento de 56% face o início do ano.

Relativamente ao tipo de ataques, o estudo concluiu que os mais frequentes são os ataques de malware em dispositivos IoT, que registou um aumento de 144%, e os ataques móveis, com um aumento de 41% face a maio de 2020.  

No que respeita aos ataques por indústria, verifica-se que os ataques a fabricantes de hardware, fornecedores de software e empresas de serviços públicos foram as que mais sofreram com estes ataques, registando aumentos de 26%, 64% e 46%, respetivamente. Por oposição, os ataques decresceram nas empresas dos setores da saúde e financeiro/bancário, verificando quedas de 13% e 16%.

Rui Duro, acrescenta que “a mera deteção de ameaças há muito que é insuficiente”. “é, por isso, essencial utilizar soluções avançadas de prevenção contra ameaças que bloqueiem os mais avançados ataques, bem como as ameaças desconhecidas e os ataques zero-day”, conclui.

Dachser constrói novo centro de transporte e distribuição em Lisboa

A empresa de logística e transporte de mercadorias, Dachser, está a construir o novo centro de transporte e distribuição em Lisboa. O investimento de 13 milhões de euros dará origem às novas instalações que deverão estar prontas no início de 2022.

A empresa Dachser está a construir o novo centro de transportes e distribuição em Lisboa. Estas instalações estão a ser construídas para dar resposta ao volume de negócios e às necessidades dos clientes da região.

Para a construção deste novo centro foram investidos cerca de 13 milhões de euros e “irão adotar um modelo uniformizado, a nível operacional e de capacidade, de acordo com os padrões de construção e organização dos mais modernos centros da Dachser”.

Está previsto que as obras fiquem concluídas no início de 2022. Os 150 profissionais que trabalham na plataforma da empresa em Alverca do Ribatejo deverão transitar para o novo centro de transportes. Este é o segundo centro construído pela organização em Portugal, o primeiro situa-se em Condeixa-a-Nova, em Coimbra, e, com esta expansão, a Dachser poderá fortalecer a sua presença em território nacional.

As novas instalações serão o dobro das atuais (Castanheira do Ribatejo, em Vila Franca de Xira), e irá permitir à empresa “oferecer serviços de transporte de mercadorias, como bens industriais e de consumo”, e estará equipada “com as mais recentes tecnologias para realizar operações cross-docking, através do sistema de sorter, que permite realizar a separação dos pedidos”.

Ricardo Carvalho, Branch Manager da filial de Lisboa, afirma que “os clientes da Dachser em toda a região da grande Lisboa irão beneficiar de tempos de trânsito melhorados entre Lisboa e os mercados europeus”.

Consequentemente, devido à sua área (7396 metros quadrados), “destinada aos serviços de transporte e 65 cais de carga”, esta localização estratégica tem como finalidade aumentar a capacidade de resposta da Dachser nos mercados nacional e europeu, “permitindo uma futura ampliação de 3796 metros quadrados e de 40 cais de carga adicionais”.

De acordo com o comunicado, para estas instalações será adotado “um modelo inteligente automatizado em várias vertentes, estando equipada com os recursos standard dos mais modernos centros de transporte e logística da rede europeia”.

O responsável da filial de Lisboa explica que “relativamente à digitalização, por exemplo, o acesso dos camiões para cargas e descargas será totalmente automatizado e irá funcionar com base no reconhecimento de matrículas”. Será ainda uma aposta da organização em painéis solares e uma instalação de aerotérmica para proporcionar água quente e “a instalação de um sistema de iluminação e ar condicionado de baixo consumo e controlo inteligente para alcançar uma maior eficiência energética nessas instalações”.

Finalmente, a construção do novo centro está prevista no plano de investimento que a Dachser tem para Portugal, estando previsto, também em 2022, a abertura de uma nova filial em Faro.