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Vodafone sofreu ciberataque (Foto: Unsplash)

Ciberataques aumentaram a nível nacional e internacional

A Check Point Research (CPR), fornecedora de soluções de cibersegurança global, alerta para o agravamento dos ciberataques e das ameaças cibernéticas a nível nacional e global.

Segundo a mais recente investigação realizada pela Check Point Research, está a haver um agravamento dos ciberataques e de ameaças cibernéticas não só a nível nacional, mas também global. De acordo com os resultados, em maio de 2021 os ciberataques aumentaram 97% na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) e em Portugal, no mesmo mês verificou-se, em média, 1029 ataques a organizações por semana.

Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies em Portugal, afirma que “já há muito que avisamos que organizações de todas as dimensões estão a ser bombardeadas por uma quinta geração global de ciberameaças. São ciberameaças multivetor que podem causar danos irreparáveis à reputação das empresas comprometidas”.

O representante da Check Point explica que “muitas empresas estão protegidas apenas pelo que chamamos de ameaças de terceira geração, isto é, ameaças que conhecemos desde o início de 2000 e que procuram explorar vulnerabilidades presentes nas aplicações”. No entanto, chama a atenção para o facto do cibercrime estar “a evoluir a um ritmo tal que ficar para trás por umas semanas ou meses pode ter sérias consequências, quanto mais anos”.

Este é um problema que se tem vindo a agravar e “parar a pandemia de ataques cibernéticos exigirá cooperação entre governos, empresas de segurança cibernética, bem como organizações individuais”, alertam os investigadores.

Só em maio de 2021, na região EMEA, registou-se uma média semanal de 780 ataques por organização, um aumento de 21% desde o início do ano. Em Portugal, a média semanal a 3 de maio era de 1029 ataques por organização, ao que corresponde a um aumento de 56% face o início do ano.

Relativamente ao tipo de ataques, o estudo concluiu que os mais frequentes são os ataques de malware em dispositivos IoT, que registou um aumento de 144%, e os ataques móveis, com um aumento de 41% face a maio de 2020.  

No que respeita aos ataques por indústria, verifica-se que os ataques a fabricantes de hardware, fornecedores de software e empresas de serviços públicos foram as que mais sofreram com estes ataques, registando aumentos de 26%, 64% e 46%, respetivamente. Por oposição, os ataques decresceram nas empresas dos setores da saúde e financeiro/bancário, verificando quedas de 13% e 16%.

Rui Duro, acrescenta que “a mera deteção de ameaças há muito que é insuficiente”. “é, por isso, essencial utilizar soluções avançadas de prevenção contra ameaças que bloqueiem os mais avançados ataques, bem como as ameaças desconhecidas e os ataques zero-day”, conclui.