Quarta-feira, Maio 7, 2025
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Mais de oito mil infetados em Portugal por Covid-19

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São já mais de oito mil os infetados em Portugal pelo vírus Covid-19. Segundo a Direção-Geral de Saúde (DGS), há no país 8251 infetados e foram registados 187 óbitos, enquanto 43 pessoas recuperaram da doença.

Há 4957 pessoas a aguardar resultados de análises, 726 pessoas internadas com Covid-19, 230 delas nos cuidados intensivos.

Atualização da DGS a 01/04/2020

É no Norte que continuam a registar-se o maior número de casos, num total de 4910, seguindo-se a zona de Lisboa e Vale do Tejo, com 1998 casos e a região Centro com 1043 casos. O Algarve regista 146 casos, o Alentejo 54, os Açores 52 e a Madeira 48.

Ábaco disponibiliza portáteis a filhos de trabalhadores para terem aulas em casa

A pandemia de Covid-19 levou empresas em todo o país a reinventarem a sua operação. No caso da Ábaco Consulting, a empresa foi ainda mais longe e resolveu disponibilizar computadores portáteis aos filhos dos trabalhadores para que estes pudessem continuar a ter aulas virtuais.

Numa declaração enviada à PME Magazine, o CEO da Ábaco Consulting, João Nunes Moreira, revelou que, fruto dos “serviços que já presta”, a empresa “já tinha equipas a trabalhar no escritório ligadas remotamente a alguns dos seus clientes, bem como alguns colaboradores que trabalhavam a partir de casa em atividades de suporte num modelo nearshore”.

“Por isso, dispúnhamos já de algumas ferramentas de software, sistemas e infraestruturas de comunicação para apoio a trabalho remoto. Contudo, foi necessário aplicar esse modelo a toda a organização rapidamente e sem preparação”, confessa.

Uma das medidas que foi tomada pela administração para ajudar trabalhadores a adaptarem-se melhor a esta realidade foi a distribuição de dez computadores portáteis para os filhos de colaboradores “poderem continuar a ter aulas remotamente, apoiando assim alguns  colaboradores que estavam em casa com os seus filhos a cargo”.

Do ponto de vista operacional, a Ábaco Consulting viu-se, ainda, forçada a passar todas as formações para o campo virtual em apenas três dias e a criar “novos canais de comunicação e aumentar esta comunicação com os clientes e parceiros”.

Comunicação é o desafio

O CEO acrescenta, ainda, que foi necessário “aumentar a comunicação” e encontrar estratégias tendo em vista a “coordenação, visibilidade e apoio no desenvolvimento das tarefas de cada um”.

“Procurar a desmaterialização de todos os processos na empresa em que tal seja possível é outro desafio que estamos a procurar ultrapassar mas para o qual a colaboração dos nossos clientes e parceiros é essencial”, sublinha.

Atualmente com 250 colaboradores, o CEO refere que a empresa está a acautelar-se para adaptar-se ao que puder surgir.

“Temos definido e preparado um plano de contingência, que inclui diferentes cenários, quer em Portugal quer nos outros países onde a Abaco marca presença. Consideramos que, o mais importante neste momento, é mantermos a máxima calma e fortalecermos a nossa capacidade de adaptação porque só assim iremos conseguir ultrapassar este momento de crise.”

Covid-19: mais de 7400 infetados e 160 mortos em Portugal

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São mais mil casos só nas últimas 24 horas. Portugal conta agora com 7443 casos de pessoas infetadas por Covid-19, mais mil do que as 6408 registadas ontem. Contam-se, ainda, 160 vítimas mortais, mais 20 do que ontem, e as mesmas 43 pessoas recuperadas.

Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral de Saúde (DGS), 4610 pessoas aguardam ainda resultados das análises. Do total de infetados, há 627 pessoas internadas, 188 delas nos cuidados intensivos.

Atualização da DGS a 31/03/2020

A região Norte mantém-se como aquela que apresenta mais casos, num total de 4452, seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1799 casos. A zona Centro conta com 911 casos, o Algarve com 113 e o Alentejo com 50. Nos Açores, há 48 casos confirmados, e na Madeira outros 46.

Presidente decide prolongamento do estado de emergência

Entretanto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa encontra-se a ouvir especialistas, esta terça-feira, depois de ontem ter ouvido os parceiros sociais, no sentido de avaliar o possível prolongamento do estado de emergência. Na quarta-feira, Marcelo reúne-se ainda com o Governo para acertar os trâmites da eventual renovação do estado de emergência.

Já esta segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, havia afirmado que o estado de emergência deveria ser renovado.

TAP avança para pedido de lay-off

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A TAP vai avançar com um pedido de lay-off que irá abranger a maioria dos trabalhadores da companhia.

Segundo avança a edição online do Dinheiro Vivo, a decisão foi tomada na sequência de encontros entre a administração e sindicatos. Atualmente, a TAP encontra-se apenas a operar duas ligações semanais para as regiões autónomas da Madeira e Açores.

O mesmo jornal adianta que cerca de 90% dos dez mil trabalhadores da TAP deverão ser abrangidos pelo regime de lay-off simplificado, aprovado pelo Governo como medida de apoio às empresas para minorar os efeitos do Covid-19 na economia.

Com este regime, os trabalhadores ficam em casa a receber dois terços do salário.

Veja o que diz o regime de lay-off simplificado aqui.

Como manter o foco quando se trabalha em casa

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Por: Ricardo Parreira, CEO da PHC Software

O meu objetivo com este artigo é partilhar um pouco do que se pode fazer mantermos o foco quando estamos a trabalhar em casa. O país deixou os escritórios, mas este não é um tempo normal do trabalho remoto. Um dos seus principais benefícios, o da concentração e produtividade, fica ameaçado quando temos a família toda em casa, os amigos a ligar e a ansiedade pelas notícias aumenta.

Como podemos manter o foco neste tempo atípico de trabalho em casa? Sabemos que o trabalho remoto é uma daquelas metodologias que permite um grande foco, mas todos já percebemos, de uma maneira ou de outra, que não é propriamente isso que está a acontecer no dia-a-dia. Se antes o trabalho remoto acabava por ser uma espécie de isolamento social que nos permitia concentrar no trabalho que era prioritário, neste momento estamos perante o cenário oposto.

Quase todos estão em casa. A família está em casa. Os amigos comunicam a toda a hora. Os colegas estão disponíveis. As notícias sucedem-se sobre a crise que vivemos. Este é um outro tipo de trabalho remoto, ao qual não estávamos habituados e para o qual necessitamos de tomar medidas muito particulares. Só assim nos mantemos produtivos.

Como se pode se produtivo neste momento de trabalho remoto? Estas são oitos boas táticas a manter o meu foco em casa.

1. Ter um espaço próprio para trabalhar. É difícil, mas muito importante. Se trabalharmos no mesmo espaço em que está a família, tem tudo para correr mal. Certamente que ninguém se consegue focar com os filhos a correr pela sala, a esposa numa chamada de trabalho na mesa ao lado, ou os pais a ver as notícias. É difícil manter o foco numa situação dessas. Por isso, ter um espaço próprio é prioritário. Para garantir o isolamento necessário para nos concentrarmos e também para conseguirmos mantermos mentalmente a ideia de que estamos num “ambiente de trabalho”.

2. Cortar com as notificações. E não falo exclusivamente das notificações do telemóvel. É também importante desligar as notificações do computador. É claro que queremos saber o que está a acontecer, mas isso coloca-nos num estado de FOMO (fear of missing out). Para trabalharmos com qualidade é preciso trabalhar as notificações, controlar a nossa agenda e o nosso foco. Em vez ser distraído cada vez que entra um email, podemos escolher os momentos em que os queremos ver. A produtividade agradece.

3. Virar o telefone para baixo. Parece simples, mas é altamente eficaz. Assim, mantemos o telefone perto para alguma emergência, mas evitamos olhar para o ecrã ou sermos distraídos por notificações e mensagem. Há sempre aquele amigo que envia a última notícia que pode esperar, mas só porque o ecrã dá sinal de que algo de novo aconteceu, lá se vai a nossa atenção. Ao virarmos o ecrã para baixo, reduzimos o risco de chegarmos ao final do dia exaustos porque estivemos o dia interno a esforçar o cérebro entre o trabalho, a distração e o esforço de voltar ao trabalho.

4. Fazer intervalos, especialmente quando não estamos produtivos. Há momentos em que a produtividade baixa, simplesmente acontece. Nessas alturas, um intervalo de dois minutos pode fazer toda a diferença. Dar uma volta pela casa, distrair-se ou até arrumar algo no espaço de trabalho – coisas simples que nos permitem desligar do trabalho por um momento e voltar com outra energia. Fazer uma pausa de “restart” faz bem e é uma boa ideia.

5. Ter um briefing com as crianças. Muita gente tem crianças em casa e isso, sejamos honestos, é sempre um desafio para quem quer estar focado no tempo de trabalho. Mas temos de aceitar que este desafio existe. É por isso que explicar às crianças, sempre que possível, como será o dia e obter um compromisso da parte delas é tão importante. Isto permite balizar as expectativas e reduzir a ansiedade. As crianças vão sempre viver a ansiedade dos pais e é importante controlar isto.

6. Pensar em horários adaptados à família. Pode ser ótimo aproveitar o tempo que poupamos em deslocações para estar com a família, ler um livro ou ver uma série. Mas devemos ter um horário para esses momentos e estar claro entre todos os membros da família. Se soubermos que, a título de exemplo, tomamos o pequeno-almoço a uma determinada hora, estamos focados no trabalho noutra, vemos um filme ao final do dia, criamos rotinas importantes para conseguimos aumentar o nosso foco.

7. Reduzir o tempo de consumo de notícias. Nesta fase, passar o tempo a esgotar o cérebro com a preocupação de quando será o pico da crise ou quantos novos infetados existem, só o irá desgastar e colocamo-nos num estado de ansiedade desnecessário. É importante, nesta fase, ver as notícias em tempos específicos. Por exemplo, pela manhã e pela hora de jantar. É o suficiente para conseguirmos ter um overview do que se está a passar e mantermo-nos focados durante o dia.

8. Praticar exercício. É fundamental para nos mantermos saudáveis e com a energia necessária. Um pouco de exercício físico aumenta a nossa saúde e também a nossa energia. Mas também falo do exercício da mente, já que um pouco de meditação é também importante para que o nosso cérebro ganhe o discernimento necessário para a boa decisão.

No essencial, a sensação de multitasking só nos prejudica no atual cenário. Estas oito ideias podem ajudar a evitar os seus efeitos negativos, manter o foco necessário e ter a produtividade desejada quando trabalhamos em casa.

“Matéria-prima não tardará a esgotar-se”, diz empresário de Ovar

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Por: Mariana Barros Cardoso

Há já vários dias que foi decretado o estado de calamidade em Ovar. O novo coronavírus veio assim afetar empresas e negócios locais à exceção dos negócios de bens essenciais. Esta medida, decretada pelos Ministros da Administração Interna e da Saúde, é a mais grave das medidas de Proteção Civil e apenas executada em casos de extrema necessidade.

Assim aconteceu em Ovar devido ao aumento significativo de casos e de forma a fazer os possíveis para não propagar mais o vírus. É assim que surge a criação da cerca sanitária.

A PME Magazine falou com João Miguel Rodrigues, um empresário de Ovar, que nos conta como é que se preparou e qual é o comportamento da população de Ovar nesta situação atual.

PME Magazine – Como é que foi enquanto empresário de design industrial perceber que o país ia, de certa forma, parar?
João Miguel Rodrigues – Quando comecei a ver os casos em Itália a crescerem exponencialmente, sabia que era uma questão de poucas semanas até sermos afetados. O facto de ainda não haver uma vacina ou um tratamento eficaz para o tratamento do novo coronavírus fez-me pensar no pior.

PME Mag – Em que medida é que isso afeta o seu negócio, a sua atividade?
J. M. R. – A “Lusitan Furniture” para já está a trabalhar com o stock que tem, a matéria-prima principal não foi afetada, mas será numa questão de dias até as empresas que me abastecem encerrarem no meu entender (a nível internacional). Também tenho estúdio de serviços de Design Industrial em nome próprio que oferece uma “almofada” financeira para esta fase mais incerta.

PME Mag. – Quais são as medidas que aplicou para fazer face a esta crise na saúde?
J. M. R. – Teletrabalho. Estou em casa a trabalhar em várias frentes (Lusitan e estúdio Rodrigues dos Santos), não pondo assim em risco a minha e a saúde e a dos outros.

PME Mag. – Já pensou em medidas pós crise na saúde para colmatar a crise financeira que virá depois?
J. M. R. – Sim. Enquanto que a crise de 2008 era uma crise “estrutural” motivada pela irresponsabilidade da banca, e que levaria muitos anos a ser resolvida, penso que esta crise se resolverá em pouco tempo, pois não há no imediato nenhum problema estrutural comparável ao de 2008. Há pouco dinheiro a circular, que retomará o seu percurso mal esta epidemia passe ou diminua. Por isso penso que 2021 será um ano de retoma. Temos de apertar um bocado o cinto para este ano no meu entender. Quero acreditar que seja assim. Entretanto aproveito este tempo para começar a desenvolver a nova coleção para 2021 e a trabalhar no backoffice do site e integrar uma plataforma de e-commerce.

PME Mag. – O que é que mudou com o estado de calamidade em Ovar?
J. M. R. – Muito. O meu estúdio é em Ovar, mas atualmente moro no concelho vizinho de Santa Maria da Feira. Não consigo aceder à cidade por causa da cerca sanitária, mas concordo com as autoridades, são para o nosso bem maior.

PME Mag – A nível de produção/encomendas/contactos externos, a aplicação de estado de calamidade afetou o seu negócio?
J. M. R. – Obviamente, penso que ninguém escapa a esta “paragem” económica, seja por falta de matéria prima ou por outro lado, falta de clientes. Os contactos continuam a ser feitos de forma virtual (E-Mail e Skype). Terei certamente uma quebra de receita nas próximas semanas que virão.

PME Mag – De que maneira?
J. M. R. – No meu caso será mesmo pela falta de matéria-prima que não tardará a esgotar-se ou a demorar nas entregas (Tecidos, madeiras e espumas) e, por conseguinte, não consigo produzir.

PME Mag. – Há previsão para vocês, locais, de uma data de término disto?
J. M. R. – A cerca sanitária estava prevista para durar até dia 2 de abril, mas será ampliada talvez no mínimo por mais 15 dias porque a situação ainda está longe de estar controlada em Ovar. É uma incerteza. Temo pelos restantes negócios como o pequeno comércio Ovarense que depende das vendas “diretas” a este público, vistos que pelo decreto em Diário da República devem estar encerrados no concelho de Ovar até ser decretado o fim do estado de calamidade.

PME Mag – Quais vê serem os maiores riscos para a economia da autarquia com este estado de calamidade e a sua duração?
J. M. R. – No imediato vai ser um golpe profundo, pois os estabelecimentos têm de estar encerrados de forma obrigatória (excetuando os de primeira necessidade). É muito incerto. Haverá muita gente que poderá perder o emprego e será complicado no imediato. Mas como disse anteriormente quero acreditar que a retoma será imediata e o emprego voltará em força em pouco tempo.

PME Mag – O que é que Ovar pode, neste momento, fazer por Ovar, pelos seus cidadãos e pelas empresas que aí existem?
J. M. R. – Os ovarenses para já estão a manter a ordem e a calma, o que me surpreende pela positiva. Poderia haver aquele pânico descontrolado, mas não há. Para já, a Câmara Municipal de Ovar (CMO) acho que fez um bom trabalho em decretar o estado de calamidade, é preciso conter o vírus primeiro (sem pessoas não há economia). É duro, mas foi a decisão mais acertada para evitar uma tragédia maior. Noutros campos penso que a CMO poderá ter um papel ativo, no auxílio ao restabelecimento dos negócios do município juntamente com o apoio do Governo. Ovar infelizmente poderá ser o concelho mais afetado por esta situação (toda a sua indústria está parada) pelo que vamos necessitar de muita ajuda.

Recorde-se que Ovar está em estado de calamidade com cerca sanitária há mais de duas semanas e o registo de morte mais jovem pelo Covid-19 ocorrida em Portugal foi uma criança de 14 anos, de Ovar.

Portugal regista mais de 6400 casos e 140 mortes por Covid-19

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Portugal já regista 6408 casos de infeção por Covid-19 e um total de 140 vítimas mortais. Os casos recuperados continuam a ser apenas 43, segundo dados da Direção-Geral da Saúde divulgados esta segunda-feira.

Do total de confirmados, 571 encontram-se internados e 164 deles nos cuidados intensivos. Há 4845 casos suspeitos a aguardar resultados de análises e 11482 estão sob vigilância das autoridades de saúde.

O Norte continua a ser a região mais afetada, com 3801 casos e 74 mortes, seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1577 casos e 30 mortes. Há, ainda a registar 34 óbitos na região centro e 784 casos confirmados e dois óbitos no Algarve, num total de 116 casos confirmados.

Atualização da DGS a 30/03/2020

O Alentejo regista 45 casos confirmados, a Madeira regista e os Açores 41.

Esta segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, visitou o antigo Hospital Militar de Belém, em Lisboa, onde será instalado o novo centro de apoio militar para o combate à pandemia. No final, disse que “o país vai entrar no mês mais critico e por isso é fundamental que nos preparemos”.

O chefe do Governo disse, ainda, que o estado de emergência deverá ser prolongado esta semana, depois de reavaliado.

(Notícia atualizada às 12.48 horas)

Empresas têm até dia 31 para regularizar TSU, mas podem pedir adiamento

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As empresas têm até esta terça-feira, 31 de março, para regularizar os valores da Taxa Social Única (TSU) de fevereiro, na sequência do adiamento determinado pelo Governo. Inicialmente, o pagamento estava previsto para dia 20 deste mês.

Contudo, as empresas em dificuldades poderão requerer o adiamento de dois terços da contribuição devida pelo empregador. O desconto dos trabalhadores, de 11%, não está sujeito a adiamento.

O adiamento do pagamento da TSU pode ser requerido por empresas com até 50 trabalhadores, bem como por empresas com entre 50 a 249 trabalhadores que registam quebra de faturação comunicada via e-Fatura de 20%, ou que tenham iniciado atividade há menos de um ano e tenham a mesma quebra de 20%.

A medida também se aplica a empresas com 250 trabalhadores ou mais dos setores de aviação e turismo e das instituições de solidariedade social.

Os valores de contribuições adiados podem ser pagos em prestações, em três ou seis vezes, a partir de julho, sem juros.

Apenas em julho será possível fazer a opção pelo pagamento em três ou seis meses, através da Segurança Social Direta.

“Aprendemos sempre com as fases difíceis” – Leonor Freitas

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Por: Mafalda Marques

Empresária e guerreira, Leonor Freitas partilha com a PME Magazine o empenho em tornar todos os funcionários da Casa Ermelinda Freitas em agentes de saúde.

PME Magazine – Como está a Casa Ermelinda Freitas a lidar com esta situação de emergência?

Leonor Freitas – Tal como todas as empresas em Portugal, com grande apreensão. Estamos como todo os portugueses e empresas, mas com grande união para cada um ser um agente de saúde e minimizar os problemas que possam acontecer. Em primeiro lugar está sempre a saúde, o fundamental é resolvermos o problema de saúde pública que agora enfrentamos e, depois desta fase passada, a Casa Ermelinda Freitas vai enfrentar todos os problemas como sempre enfrentou e resolver os mesmos como sempre resolveu. O problema da saúde pública é prioritário!

PME Mag. – Que medidas de contingência adotaram na produção antes da emergência ser declarada?

 L. F. – A nossa grande preocupação foi alertar e educar os nossos colaboradores para que tomassem todas as medidas de orientação criadas pela Direção-Geral de Saúde. Criámos um plano de contingência em que todos os nossos colaboradores foram agentes ativos e participativos de modo a que eles se tornem agentes de saúde. Neste momento, trabalhamos de modo a que a empresa esteja dividida por dois turnos, para que nenhum [grupo] se encontre, havendo sempre grande desinfeção na mudança dos mesmos. Temos a dizer que todos os colaboradores têm aderido muito bem a todas implementações do plano de contingência. Temos lutado diariamente para que não nos falte nenhum material de proteção, não tem sido fácil, mas temos conseguido. 

Produção não pára

PME Mag. – Estão a produzir ou pararam?

L. F.- Continuamos a trabalhar da melhor forma, mas com todas a precauções necessárias nestes momentos, precauções estas implementadas através do plano de contingência criado pela Casa Ermelinda Freitas. Tudo faremos para que se consiga não parar, para que os nossos funcionários não fiquem sem trabalho, de modo a que os nossos consumidores possam continuar a usufruir dos vinhos da Casa Ermelinda Freitas.

PME Mag. – Têm colaboradores a trabalhar remotamente?

L. F. – Na Casa Ermelinda Freitas todos os colaboradores a quem foi possível aplicar o teletrabalho foi feita essa aplicação, pois assim reduzimos o risco de propagação da epidemia, tendo sido criadas todas as condições para que os mesmos possam continuar a trabalhar normalmente e dar a sua colaboração à empresa.

PME Mag. – Estão a assegurar as entregas?

L. F. – Não vendíamos online e estamos a estudar a implementação da mesma uma vez que, como compreende, os nossos vinhos têm grande locação em todo o país e são de fácil acesso, daí não ter existido até à data essa necessidade. Com estas mudanças que o Covid-19 tem forçosamente aplicado, é claramente uma vertente que temos de pensar de futuro. 

PME Mag. – Continuam a assegurar a entrega em retalho ou sentiram a quebra na procura?

L. F. – É inevitável não sentirmos quebra nas vendas, pois sabemos que a restauração e o turismo forçosamente estão a sofrer uma grande crise e esta tem repercussões nas nossas vendas. Mas tudo estamos a fazer para colaborar com os nossos parceiros de modo a minimizar os prejuízos que todos sentimos. 

Eventos talvez no último trimestre

PME Mag. – Quando forem retomados os eventos e provas de vinhos, que medidas vão adotar?

L. F. – A Casa Ermelinda Freitas tem a pedir desculpa aos nossos consumidores e a todas as pessoas que nos tencionavam visitar, mas foi indispensável cancelar as nossas visitas. A saúde pública está em primeiro lugar. Mas assim que estejam acauteladas todas as condições de saúde iremos dar continuidade, com todas as precauções que na Casa Ermelinda Freitas já existiam, uma vez que as visitas se passam distante da vinificação, da produção. Mas, claro, iremos ainda estar mais atentos a que tudo seja melhorado tendo em conta a saúde publica. Nós aprendemos sempre com as fases difíceis que temos de atravessar na vida. 


PME Mag. – Os festivais de verão estão a ser cancelados. Mantêm ainda presença em algum evento até final do ano?

L. F. – Estamos a cancelar todos os eventos que tínhamos programado. O segundo semestre ainda estamos a analisar e, principalmente, o último trimestre, pois julgamos que, para essa altura, ainda é muito cedo para cancelar eventos. A Casa Ermelinda Freitas irá acompanhar aquilo que se vai passando na sociedade e conforme cancelou todos os eventos do seu centenário, se necessário, cancelará todos os seus eventos. Não fará mais do que a sua obrigação do que acautelar a saúde dos portugueses.  

Mensagem especial de Leonor Freitas

A empresária deixou, ainda, uma mensagem especial aos leitores da PME Magazine.

“Sendo eu uma pessoa positiva não posso deixar de dizer que não estou preocupada, mas após passarmos esta dolorosa crise não irei cruzar os braços e, em conjunto com a minha equipa, tudo faremos para recuperar os prejuízos e continuarmos a ir ao encontro dos nossos consumidores a quem eu, neste momento, dou uma palavra de ânimo e desejo que se encontrem bem e colaborem com todas as medidas de saúde para que, no futuro, possamos continuar a partilhar a nossa amizade através de um produto que, bebido com moderação, até faz bem à saúde, que é o vinho da Casa Ermelinda Freitas.”

Recorde a edição de outubro de 2019 onde Leonor Freitas foi figura de capa.

Espanha manda parar setores económicos não essenciais

O aumento de casos e de vítimas mortais do novo Coronavírus levou o Governo espanhol a decretar o encerramento de todos os setores económicos considerados não essenciais.

Espanha conta já com mais de 78 mil pessoas infetadas e mais de 6500 mortos.

Segundo avança o jornal espanhol El País, a produção de bens essenciais, como alimentos, medicamentos, produtos de higiene, combustíveis, jornais, tabaco, comida para animais e equipamento tecnológico poderão continuar a funcionar, bem como bancos e lavandarias e empresas que estejam a funcionar em regime de teletrabalho.

Todas as restantes empresas e negócios terão de encerrar a partir desta segunda-feira.

Os trabalhadores que não pertençam a setores essenciais deverão permanecer em casa nos próximos dez dias, recebendo o salário por inteiro.

Após este período, os trabalhadores terão de compensar a entidade patronal pelas horas de trabalho não feitas, respeitando as horas de descanso.