Portugal tem 24322 infetados por Covid-19
Portugal regista, nas últimas 24 horas, mais 295 infetados por Covid-19, num total de 24322 casos. O número de mortes subiu para 948, mais 20 do que no dia anterior, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
O número de infetados com Covid-19 em Portugal subiu para 24322 nas últimas 24 horas. É um aumento de 295 casos face a segunda-feira. Há 948 vítimas mortais, mais 20 que ontem.
Há 1389 casos recuperados em Portugal, enquanto 936 pessoas continuam internadas, 172 delas nos cuidados intensivos.

O Norte continua a ser a região que regista maior número de casos, num total de 14702, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (5593) e a região Centro (3289). O Algarve regista 330 casos, enquanto no Alentejo contam-se 201 infetados. Os Açores registam 121 infetados e a Madeira 86.
Diretores de RH precisam de novas competências para enfrentar o futuro
A maioria dos diretores de recursos humanos necessita de novas competências para desempenhar as suas funções em pleno século XXI. Conclusão do estudo realizado pela consultora Willis Towers Watson, em conjunto com a HR People + Strategy, junto de mais de 500 diretores de RH, e cujo objetivo é analisar as mudanças necessárias para o desenvolvimento e crescimento da próxima geração de responsáveis de recursos humanos, nas organizações.
Em comunicado, a Willis Towers Watson explica que estes responsáveis “necessitarão de competências diferentes das que têm hoje e, para isso, precisam de ter programas de desenvolvimento que lhes permitam evoluir”.
“O estudo mostra que, para praticamente todos os inquiridos (94%), é crucial impulsionar o crescimento e o desenvolvimento de futuros CPO [Chief Communications Officer]. No entanto, apenas cerca de um terço (35%) considera que esses profissionais estão a obter o desenvolvimento de que necessitarão”, acrescenta o comunicado.
Para enfrentar este cenário, o estudo identifica cinco imperativos:
1. Potenciar a agilidade organizativa: 99% dos inquiridos acreditam que os CPO devem ter agilidade e coragem para evoluir. No entanto, apenas 35% consideram que estão preparados para responder à complexidade que a sua função adquirirá no futuro;
2. Impulsionar as competências digitais: apenas 36% dos participantes no estudo estão dispostos a considerar a utilização da tecnologia como parte do seu trabalho no futuro; e apenas um quarto (26%) afirma ter as ferramentas e o conhecimento necessários para considerar o uso de novas tecnologias, sendo essencial compreender a forma como a tecnologia está a mudar a natureza do trabalho e como as tarefas administrativas e operacionais podem ser libertadas para permitir o foco em atividades de maior valor;
3. Reinventar-se através de formação e reskilling: embora 94% considerem uma prioridade passar da formação pontual para uma aprendizagem contínua, apenas 18% estão preparados para formar os seus funcionários. Os participantes do estudo também destacam que existe muita margem para melhorar o reskilling. Apenas 43% dos entrevistados em geral e 31% dos CPO em particular têm uma opinião favorável sobre o progresso da sua organização na transição da formação pontual para a aprendizagem contínua;
4. Cultura inclusiva para potenciar a liderança: os CPO devem posicionar a cultura inclusiva como um imperativo comercial e não como uma iniciativa de Recursos Humanos. No entanto, o estudo da Willis Towers Watson identifica uma lacuna entre os CPO e os CEO em relação ao seu progresso nessa área. 79% dos CEO têm uma visão favorável em comparação com os 49% dos CPO;
5. Impulsionar a ciência dos dados: o estudo também destaca lacunas nas áreas de análise de dados e ciência da decisão. Apenas 8% indicam ter dados agregados estrategicamente, relevantes e fiáveis, e menos de um terço (31%) afirma ter pessoal para os traduzir em conhecimento útil.
Pandemia vs. pandemónio
Por: Artur Salada Ferreira, administrador do Lisboa Biz
Ninguém pode ficar indiferente a este pandemónio mundial causado pelo Covid-19.
Não possuo conhecimentos medico-científicos que me permitam dar uma opinião avalizada. Limito-me a seguir as indicações da DGS, de quem tenho muito boa impressão.
Queria ainda agradecer aos profissionais que procuram encontrar soluções para combater este vírus pondo em risco a sua própria vida.
Esta pandemia está a tornar-se num autêntico pandemónio nas nossas vidas, social e profissionalmente.
Do ponto de vista político é de realçar o comportamento dos partidos que aprovaram as medidas propostas pelo Governo para iniciar o combate à crise económica que nos está a afetar. Mesmo não concordando com algumas das medidas propostas quiseram solidarizar-se com o enorme problema económico-financeiro ao qual temos de dar resposta. A exceção deste comportamento foi o Partido Comunista que votou negativamente.
Claro que também não concordo com todas as medidas propostas pelo Governo (e até algumas que já foram corrigidas), mas isso não justifica a opção negativa. A imensidão de problemas que o Governo tem pela frente justificam o benefício da dúvida.
Como gestor independente, aprecio como positiva a concessão de moratória dos seis meses para os financiamentos em curso e aprecio negativamente as condições para financiar as PME, sobretudo no que toca ao spread, fica a sensação de que os bancos são os grandes benificiários desta operação de financiamento. Não podia deixar de referir a ausência de apoio à PME que não aderiram ao lay-off. Fica-se com a sensação de que é um castigo para os que cumprem e fazem esforço para continuar, sem ajuda e sem despedimentos. O montante colocado para as PME é insuficiente e espera-se que o governo tome consciência de tal facto e o corrija.
Enquanto o governo português estava a aprovar três mil milhões de euros (que entretanto já foi reforçado), Espanha punha no mercado 200 mil milhões. O especto mais negativo na atuação do Governo é a lentidão na execução dos projetos aprovados. Pior do que uma decisão com alguma falha é não ter decisão nenhuma, ou tê-la fora de tempo.
Sr. Primeiro-ministro, esperamos de si a capacidade para executar da melhor maneira possível os enormes problemas com que se vai deparar, mas não deixe de dizer aos portugueses sempre a verdade. Só conhecendo os problemas podemos tentar ajudar na sua resolução. Desejamos-lhe o maior sucesso, será também o de todos os portugueses.
“Impacto nas empresas portuguesas vai depender de como evoluir o Covid-19” – Nuno Mangas
Com várias linhas de financiamento na rua, o IAPMEI concentra esforços no relançamento da atividade económica, mas também nos apoios no âmbito do Portugal 2020. Segundo o presidente, Nuno Mangas, só entre 15 de março e 16 de abril foram atribuídos 75 milhões de euros a 805 empresas neste âmbito. Leia a entrevista do presidente do IAPMEI à PME Magazine.
PME Magazine – Que tipo de apoio está o IAPMEI a providenciar às empresas no âmbito da pandemia?
Nuno Mangas – No IAPMEI estamos sempre e, em particular neste momento, muito focados em responder com a máxima eficácia às necessidades das empresas. Respondemos com um forte reforço dos serviços de apoio a diversos níveis. Desde logo, em matéria de capacidade de operacionalização e de prestação de informação às empresas, o IAPMEI criou uma página web dedicada às Medidas de Apoio às Empresas e disponibilizou toda a sua rede descentralizada para apoio e resposta aos empresários que atravessam momentos de grande dificuldade e incerteza no negócio, mas também na gestão e apropriação da informação associada às circunstâncias excecionais que atravessamos. Por outro lado, para além da intervenção indireta nas linhas de crédito específicas Covid-19 e em diversas outras medidas associadas à minimização dos impactos nas empresas, importa sobretudo referir o trabalho desenvolvido na gestão da flexibilização das regras do Portugal 2020 para as empresas com projetos em curso. De referir que, entre 15 de março e 16 de abril, no âmbito das medidas de aceleração de pagamento de incentivos do Portugal 2020, o IAPMEI pagou 75 milhões de euros, abrangendo 805 empresas. Adicionalmente, diferiu, de forma automática, 32 milhões de euros de reembolsos de incentivos, abrangendo 253 empresas.
PME Mag. – O que pedem as empresas quando solicitam apoio ao IAPMEI?
N. M. – Ao longo deste período, os temas críticos que provocam maior incidência nas questões colocadas ao IAPMEI são diversificados e apresentam-se alinhados com o desenrolar dos acontecimentos e dos anúncios públicos das medidas de apoio. De um modo geral, centram-se nas linhas de financiamento disponíveis para reforço de tesouraria e nas medidas de apoio à manutenção da atividade e do emprego relacionadas, por exemplo, com o regime de lay-off simplificado. Mas também se focam, por exemplo, nos procedimentos associados à Certificação PME.
PME Mag. – Quantos pedidos já tiveram para a linha de crédito “COVID-19: Apoio à Atividade Económica”?
N. M. – A linha de crédito COVID-19: Apoio à Atividade Económica tem uma dotação de 4,5 milhões de euros e não temos ainda dados disponíveis sobre a sua utilização. Sabemos que tem havido uma procura elevada por este tipo de apoios o que, aliás, conduziu ao significativo reforço das linhas iniciais ao nível da sua capacidade de intervenção seja em dotação seja em abrangência.
PME Mag. – Que montante já foi disponibilizado às empresas no âmbito destes incentivos?
N. M. – Neste momento não é possível avançar com valores específicos para esta linha, mas posso recuperar a informação sobre o total da dotação atribuída às Linhas COVID-19 no valor de 6.200 Milhões de Euros.
PME Mag. – As medidas apresentadas são suficientes para não deixar cair o tecido empresarial português tendo em conta as últimas estatísticas do INE de que 2% das empresas já encerraram?
N. M. – As medidas em curso foram desenhadas para responder de forma imediata às situações emergentes identificadas. Estão naturalmente em permanente monitorização e avaliação sendo que existe um forte compromisso em limitar ao máximo a destruição de valor e da capacidade produtiva instalada. No curto prazo mantém-se o objetivo de apoiar as estratégias empresariais de recuperação, ajustamento e consolidação da atividade, algumas das quais já orientadas para resposta aos desafios do Covid-19. Esta é uma situação totalmente atípica e imprevisível com um impacto brutal na Europa e no mundo. A intensidade e extensão deste impacto nas empresas portuguesas vai depender da forma como evoluir a propagação da doença Covid-19 não só em Portugal, mas também nos outros países com os quais temos mais trocas comerciais.
As estratégias que as PME devem seguir para se protegerem da recessão
Por: Josep Maria Raventós, country manager da Sage
Muitos são os especialistas que consideram que o momento atual de crise deixará várias economias, incluindo a portuguesa, em recessão. Perante esta realidade, a situação poderá continuar difícil durante algum tempo, e será especialmente importante para as pequenas e médias empresas saberem como podem enfrentar o futuro da melhor forma.
Na Sage, sabemos que as PME portuguesas são tão sólidas quanto resilientes, e, por isso, partilhamos um conjunto de estratégias que os empresários portugueses podem aplicar para os ajudar a ultrapassar esta fase da melhor forma possível.
1. Gerir (ainda mais) rigorosamente o fluxo de caixa
A chave para sobreviver a uma recessão é controlar rigorosamente o fluxo de caixa. Executar previsões regulares do mesmo, para calcular quanto dinheiro está a entrar e a sair da empresa, ajudará a cortar nas despesas segundo os recursos disponíveis. Uma solução de contabilidade ideal irá ajudar a prever o fluxo de caixa com base nas datas de pagamento de faturas, de reembolso de notas de crédito e em qualquer tipo de receita ou despesa recorrentes.
Devem também ser evitadas vendas a crédito, especialmente se tiverem de pagar IVA, ou a fornecedores, antes que o cliente lhes possa pagar. Se estão num setor em que o crédito é inevitável – por exemplo, a prestação de serviços jurídicos a uma empresa – devem tornar-se mais assertivas em relação à cobrança de pagamentos até à data de vencimento.
2. Cortar no que é supérfluo
Se estão a antecipar ou a assistir a uma quebra nas receitas, reduzir custos pode ser uma forma eficaz de manter a rentabilidade. Para empresas de áreas como o marketing, pode ser interessante perceber se podem fazer uma gestão mais virtual do negócio. Ao invés de pagar a renda de um espaço e combustível nas deslocações, podem considerar a gestão da equipa e dos clientes através da utilização de ferramentas de colaboração online.
É também importante rever as despesas operacionais quotidianas. Quando foi a última vez que alteraram a seguradora da empresa; será que estão a conseguir o melhor acordo possível? Às sextas-feiras costumavam oferecer o pequeno-almoço à equipa; ainda poderão suportar esse custo? Compram algum tipo de estacionário de que possam prescindir?
Reduzir o número de colaboradores deve ser sempre o último recurso, a não ser que tenha realmente pessoas em excesso. Despedir colaboradores pode prejudicar a motivação e o desempenho da restante equipa, que receará o mesmo desfecho. Por outro lado, também poderá significar custos superiores de recrutamento e formação no futuro, quando voltar a crescer novamente e necessitar de contratar.
3. Procurar chegar a outros setores, à prova de recessão
Se o negócio principal das empresas estiver sob pressão, podem procurar formas de utilizar as suas competências e infraestrutura para chegar a mercados menos passíveis de serem afetados por uma recessão. Por exemplo, se fazem a gestão de supermercados, devem avaliar a possibilidade de conseguir produtos a granel em redes de descontos. Os stands de automóveis podem oferecer serviços de reparação e venda de veículos em segunda mão, em vez de apenas novos. Já as empresas de design de interiores podem encontrar uma excelente oportunidade na renovação de casas, para lhes dar a melhor aparência possível e facilitar as vendas durante os períodos mais difíceis para o mercado.
4. Dar relevo ao serviço ao cliente
Durante uma crise, os clientes também sentem a pressão e pensam em cada cêntimo que gastam. A chave para sobreviver à recessão está na retenção dos bons clientes: é, por isso, necessário descobrir o que é mais importante para eles nos momentos difíceis e continuar a oferecer a qualidade esperada no serviço.
Os cortes de custos nas empresas não devem prejudicar a experiência do cliente. Se têm que optar entre manter os seus padrões e corresponder às expectativas dos clientes no que toca a valores, devem comunicar abertamente as decisões que tomam e como afetarão o cliente. Por exemplo, se esperam um aumento das taxas de câmbio que afeta os custos dos produtos que utilizam, devem informar os clientes sobre o consequente aumento dos preços ou a alteração para um fornecedor alternativo mais barato. Se possível, devem oferecer uma escolha aos clientes, ou descobrir a opção que resulta melhor para a maioria.
5. Pensar de forma estratégica as vendas e o marketing
São muitas as pequenas empresas que cometem o erro de pôr um fim aos esforços de marketing quando ocorre uma recessão. No entanto, essa redução de custos a curto prazo não permitirá que continuem a construir um canal de leads e vendas que se mantenha sólido no futuro. Manter os esforços de vendas e marketing durante uma crise pode ajudar as empresas a aumentar a sua quota de mercado, à medida que os concorrentes reduzem os gastos.
Devem, por isso, analisar os gastos nestas áreas para perceber onde estão a obter o melhor retorno do investimento. Podem descobrir que vale a pena dedicar-se a canais digitais de baixo custo, como pesquisa e redes sociais, em vez de publicidade impressa ou na rádio. Execuções táticas como saldos e outro tipo de descontos podem ajudar a impulsionar as vendas em períodos complicados.
6. Lançar um negócio durante uma recessão
Se está a pensar começar um negócio, não precisa necessariamente de alterar os seus planos se a economia entrou em recessão. Algumas empresas serão bem-sucedidas em qualquer momento, mesmo numa crise, nomeadamente se prestarem:
- Serviços de contabilidade;
- Consultoria sobre dívida;
- Aconselhamento financeiro;
- Formação e educação;
- Reparações e manutenção;
- Desconto para o canal de retalho/distribuição.
Manter (ou começar) um negócio numa recessão é um desafio, mas com estes seis passos será mais fácil: os bons hábitos levam as empresas a posições sólidas, que lhes permitirão continuar a crescer e recuperar assim que a economia também o fizer.
Restrições ao concelho de residência entre 1 e 3 de maio
O Governo vai voltar a limitar as deslocações aos concelhos de residência entre os dias 1 e 3 de maio, fim de semana prolongado em que se comemora o Dia do Trabalhador.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, António Costa, que falou aos jornalistas após reunião com os representantes dos setores do comércio e serviços e com o líder da comunidade islâmica em Portugal, Abdul Vakil.
Recorde-se que a mesma restrição já tinha sido imposta durante o fim de semana da Páscoa, entre 9 e 13 de abril.
A importância dos avanços tecnológicos em empresas tradicionais
Por: Leonor Freitas, sócia-gerente da Casa Ermelinda Freitas
Os avanços tecnológicos são a base do fundamento da competitividade, é com eles que cada vez mais nos tornamos mais eficientes e produtivos e, assim sendo, seja em empresas familiares ou não, estas têm de estar sempre atentas a qualquer evolução que possa acontecer dentro do ramo em que nos inserimos.
Esses avanços tanto podem ser aplicados na cadeia de produção em novas máquinas, novas ferramentas, novos softwares que nos tornam mais eficientes, como também podem ser aplicados para adquirir mais know-how, sendo que esse know-how irá ampliar ou melhorar o nosso conhecimento, dando a capacidade à empresa de ter um melhor produto final.
Compreendo que exista alguma tendência em pensar que as empresas tradicionais e familiares não dependam tanto dos avanços tecnológicos como qualquer outro tipo de empresa do mesmo ramo e, principalmente neste ramo em que me insiro, o ramo vitivinícola, onde a tradicionalidade e origem tem muita importância. Eu até compreendo, pois, que a origem, a história e a localização são grandes fatores de diferença de compra de um produto como o vinho.
Apesar disto tudo, e na minha opinião, se a minha empresa se descorar ou não der a devida importância às vantagens/avanços tecnológicos, rapidamente estaremos fora do mercado e, principalmente, o mercado em que me insiro, mercado de escala, global e com dimensão.
Posso dar exemplos: quando comecei, as filtrações/limpezas do vinho eram feitas com inúmeros processos, muitos deles usando diatomáceas (terras, ou cartão) que não só retiravam alguma qualidade, embora pouca, ao vinho, mas também criavam subprodutos (alguns resíduos), sem utilização futura. Hoje, com os filtros tangenciais, uma nova tecnologia, de uma só vez filtramos o vinho com maior qualidade, sem impacto no produto, como também não criamos subprodutos (resíduos).
Em jeito de conclusão, a tecnologia, mesmo numa indústria tradicionalista como é a indústria vitivinícola, assume sempre uma importância fundamental. Julgo que muito do sucesso da Casa Ermelinda Freitas advém de ter sempre essa consciência e de a ter presente na minha empresa, usando-a sempre em prol de dar ao cliente o melhor produto possível.
Leonor Freitas foi figura de capa da PME Magazine em outubro de 2019.
O paradoxo da tecnologia nos serviços financeiros
Por: João Fonseca, sócio da Deloitte e líder de consultoria para o setor bancário
A indústria de serviços financeiros enfrenta uma era de elevada disrupção. A alteração na cadeia de valor imposta por fintechs e big techs, os crescentes desafios regulatórios, o panorama de baixas taxas de juro e, não menos importante, a alteração nas expectativas dos clientes afetam de forma significativa o setor e obrigam a que a atividade bancária mude. No entanto, o mesmo não é necessariamente verdade no que diz respeito ao papel que os bancos tradicionais desempenham.
De facto, são muitos os estudos, entre os quais o “2020 Banking and Capital Markets” da Deloitte, que mostram que os bancos continuam a recolher a confiança dos clientes para garantir a proteção dos seus ativos financeiros, podendo inclusive evoluir para outros papéis como o de guardiões de identidade digital. Assim, deverão manter-se fieis à sua natureza e tirar partido daquilo que fazem melhor – oferecer, em escala, gestão avançada e risco e de instrumentos financeiros e proteção da privacidade dos seus clientes – apostando em paralelo na inovação da sua oferta para manterem a posição privilegiada de relacionamento com os clientes.
Para tal, a transformação digital está na agenda dos bancos incumbentes, que procuram modernizar-se por forma a criarem novas soluções que cumpram as expectativas dos seus clientes.
A tecnologia assume, naturalmente, um papel de destaque nestes programas, embora de forma paradoxal. Por um lado, é o principal catalisador de inovação e de diferenciação na oferta; por outro, é um fator limitativo devido a infraestruturas tecnológicas antiquadas e à dívida técnica que se acumulou ao longo de décadas de evolução aplicacional. Num inquérito feito pela Deloitte à escala global, apenas 54% dos CIO inquiridos manifestou confiança nas suas arquiteturas tecnológicas para satisfazer as crescentes necessidades de negócio.
Assim, uma das principais tendências identificadas no recente estudo Tech Trends 2020 da Deloitte é a modernização arquitetural e o papel de crescente importância que os arquitetos de TI virão a desempenhar nas organizações. É esperado que os arquitetos desçam das suas torres de marfim e passem a estar intimamente articulados com as equipas de desenvolvimento no desenho e implementação de soluções tecnológicas, tendo por objetivo a simplificação das soluções e a criação João Fonseca, sócio da Deloitte de agilidade técnica que permita às organizações competir no mercado. Algumas das principais medidas, às quais já começamos a assistir no mercado português, passam pela movimentação para ambientes cloud, a aposta em automação, a criação de camadas de integração que abstraiam a complexidade e antiguidade dos sistemas core e a aposta em processos de DevOps e NoOps.
Novos players têm entrado no ecossistema com relativo sucesso nos últimos anos. N26, Revolut e Quicken Loans – hoje, o maior originador de processos de crédito à habitação nos EUA – são alguns dos melhores exemplos. Mas também os bancos portugueses começam a oferecer soluções interessantes e diferenciadoras aos seus clientes: o Crédito Agrícola lançou o Moey!, a sua solução de banco digital; o DABOX é a aposta da CGD para tirar partido do movimento de open banking; o Novo Banco disponibiliza um novo processo digital para crédito à habitação.
Assim, na competição pela oferta da melhor experiência de cliente, os bancos deverão conseguir encontrar um equilíbrio na forma como olham para a tecnologia. A atualização de arquiteturas legacy é um processo longo e de elevado risco, pelo que será fundamental manter iniciativas paralelas de adoção de tecnologias disruptivas e de modernização de componentes tecnológicos por forma a permitir uma maior agilidade e reduzir o tempo de lançamento de soluções no mercado, aumentando assim o ritmo de inovação.
Novos casos infetados pelo novo coronavírus aumentaram 2%
Mariana Barros Cardoso
Há ainda 4377 análises à espera de resultado laboratorial e Portugal conta hoje com mais 444 infetados nas últimas 24 horas.
Sob vigilância pelas autoridades estão 29621 pessoas o número total de casos confirmados pela Covid-19 é de 22797. Com 854 mortos, mais 34 o que ontem, Portugal regista ainda 200219 casos não confirmados, mas regista um aumento de 4,1% no número de óbitos pela infeção do novo coronavírus.
O Alentejo continua a registar um óbito os Açores com 8 óbitos, Algarve regista 11, Lisboa e Vale Tejo dá conta de 160, região centro conta com 183 óbitos e a região norte continua a ser a que regista o maior número de óbitos com já 491.

Mais de 31 mil testes por milhão de habitantes é o referentes aos testes realizados. Em Portugal, o aumento de testagem não se traduz em mais casos positivos, diz o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.