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Leonor Freitas foi figura de capa da PME Magazine em outubro de 2019 (Foto: João Filipe Aguiar)

A importância dos avanços tecnológicos em empresas tradicionais

Por: Leonor Freitas, sócia-gerente da Casa Ermelinda Freitas 

Os avanços tecnológicos são a base do fundamento da competitividade, é com eles que cada vez mais nos tornamos mais eficientes e produtivos e, assim sendo, seja em empresas familiares ou não, estas têm de estar sempre atentas a qualquer evolução que possa acontecer dentro do ramo em que nos inserimos.  

Esses avanços tanto podem ser aplicados na cadeia de produção em novas máquinas, novas ferramentas, novos softwares que nos tornam mais eficientes, como também podem ser aplicados para adquirir mais know-how, sendo que esse know-how irá ampliar ou melhorar o nosso conhecimento, dando a capacidade à empresa de ter um melhor produto final.  

Compreendo que exista alguma tendência em pensar que as empresas tradicionais e familiares não dependam tanto dos avanços tecnológicos como qualquer outro tipo de empresa do mesmo ramo e, principalmente neste ramo em que me insiro, o ramo vitivinícola, onde a tradicionalidade e origem tem muita importância. Eu até compreendo, pois, que a origem, a história e a localização são grandes fatores de diferença de compra de um produto como o vinho.  

Apesar disto tudo, e na minha opinião, se a minha empresa se descorar ou não der a devida importância às vantagens/avanços tecnológicos, rapidamente estaremos fora do mercado e, principalmente, o mercado em que me insiro, mercado de escala, global e com dimensão.  

Posso dar exemplos: quando comecei, as filtrações/limpezas do vinho eram feitas com inúmeros processos, muitos deles usando diatomáceas (terras, ou cartão) que não só retiravam alguma qualidade, embora pouca, ao vinho, mas também criavam subprodutos (alguns resíduos), sem utilização futura. Hoje, com os filtros tangenciais, uma nova tecnologia, de uma só vez filtramos o vinho com maior qualidade, sem impacto no produto, como também não criamos subprodutos (resíduos). 

Em jeito de conclusão, a tecnologia, mesmo numa indústria tradicionalista como é a indústria vitivinícola, assume sempre uma importância fundamental. Julgo que muito do sucesso da Casa Ermelinda Freitas advém de ter sempre essa consciência e de a ter presente na minha empresa, usando-a sempre em prol de dar ao cliente o melhor produto possível. 

Leonor Freitas foi figura de capa da PME Magazine em outubro de 2019.