Apigraf escreve a António Costa sobre “ papel zero ”
Apigraf lembra primeiro-ministro que indústria gráfica e de transformação de papel representa mais de 26 mil empregos em Portugal, razão pela qual declarações sobre o ” papel zero ” podem ser mal interpretadas.
A Apigraf (Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas, de Comunicação Visual e Transformadoras do Papel) escreveu uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, depois de este ter indicado 2017 como o ano do “papel zero”.
“Vou propor um objetivo daqueles que todos dizem que é impossível: fazer de 2017 o primeiro ano do papel zero na nossa administração pública.”
A frase foi proferida por António Costa, no passado dia 19 de maio, na apresentação do programa Simplex + e motivou a reação da Apigraf, até porque, diz a associação, o primeiro-ministro encontrava-se “rodeado de produtos do sector gráfico” e teve “o cuidado de recolher ao final o que pareceu ser um papel com anotações”.
“Como se refere na carta enviada ao Primeiro-Ministro estes setores são constituídos por 2757 empresas, que empregam 26.532 trabalhadores e geram um volume de negócios de 2.538 milhões de Euros, parte das quais representada pela Apigraf”, refere a associação em comunicado.
A Apigraf reconhece “o sentido” de melhorar a eficiência dos sistemas dado nas declarações de António Costa, porém, sublinha que “traz implícita uma conotação negativa para o referido papel, contribuindo para uma imagem distorcida de um suporte de comunicação – e de tantas outras áreas de vivência quotidiana – fundamental”.
A missiva endereçada a António Costa adianta que as empresas da Apigraf são “responsáveis por toda uma multiplicidade de produtos e serviços essenciais, parte dos quais o primeiro ministro, como todos os outros portugueses, já utilizou hoje quase sem se aperceber: todos os rótulos, etiquetas e embalagens dos produtos consumidos ao pequeno-almoço, os cartazes publicitários e de espetáculos afixados ao longo do caminho, os cartões bancários e de identificação, os guardanapos de papel e os pacotes de açúcar do café”.
“São empresas que representam mais de 26 mil empregos e que têm diariamente que contribuir para esclarecer e corrigir a ideia incorreta que ainda subsiste em círculos menos informados, associando ao papel conotações erróneas”, refere o comunicado.
A carta da Apigraf seguiu para São Bento juntamente com um exemplar do Estudo Estratégico da associação sobre o setor.
Candidaturas abertas para a Academia Glintt 2016
Tecnológica Glintt abre as portas a recém-licenciados e mestres.
Chic by Choice considerada melhor startup de moda
Startup portuguesa Chic by Choice concorria contra outra conterrânea, a Farfetch.
A portuguesa Chic by Choice, plataforma de aluguer de vestidos de luxo, venceu o prémio de melhor startup de moda, atribuído pela The Europas Conference & Awards, o maior evento europeu para startups tecnológicas, que decorreu em Londres (Reino Unido).
Outra empresa portuguesa, a Frafetch, estava nomeada para a mesma categoria, que já tinha ganho em 2014.
A Chic by Choice oferece uma gama de mais de mil vestidos de luxo para aluguer de marcas reconhecidas, como Valentino, Christian Dior ou Dolce & Gabbana, a um preço 85% inferior ao de compra do modelo. A plataforma faz encomendas para mais de 15 mercados europeus, incluindo Portugal, Reino Unido, França, Alemanha e Itália.
Este é o segundo galardão que a Chic by Choice recebe no espaço de um mês, tendo no início de junho sido distinguida na categoria de Entrepreneurial Award, nos Prémios Europeus de E-Commerce.
Aos The Europas estavam ainda nomeadas as starup portuguesas Beta-I (melhor aceleradora), a Unbabel (crescimento mais rápido) e os fundadores da Seedrs, Carlos Silva e Jeff Lynn.
FMI revê em baixa previsão de crescimento dos EUA
FMI alerta Estados Unidos para necessidade de subir salário mínimo e melhorar condições dos trabalhadores.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa as perspetivas de crescimento dos Estados Unidos, de 2,4% para 2,2% este ano. Ainda assim, o FMI considera que a economia norte-americana está em “boa forma”.
Num relatório sobre a revisão anual do crescimento da economia norte-americana, o FMI justifica a revisão em baixa com a incerteza global e a debilidade do setor energético.
Por seu turno, a taxa de desemprego deverá situar-se nos 5%. O relatório sugere, ainda, o aumento do salário mínimo de forma a combater a desigualdade no país.
Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, alertou para o declínio na força laboral e na produtividade, bem como para os elevados níveis de pobreza.
“A pobreza não só cria significativas tensões sociais, como também reduz a participação na força laboral, e compromete a capacidade de investir na educação e no acesso à saúde”, disse.
Os dados do FMI apontam que 15% da população norte-americana vive na pobreza, o equivalente a 46,7 milhões de pessoas.
“Se aquela situação não for tratada vai corroer os pilares do potencial e atual crescimento e diminuir os avanços na qualidade de vida dos Estados Unidos”, acrescentou.
O FMI recomendou, ainda, a reformulação do sistema migratório para impulsionar a produtividade e o aumento dos benefícios para os trabalhadores, entre eles a baixa de maternidade paga.
Lisboa sobe no ranking das cidades mais caras
Capital portuguesa ocupa agora o 134.º lugar no ranking das cidades mais caras do mundo.
Lisboa subiu 11 posições no ranking das cidades mais caras do mundo, passando do 145.º para o 134.º lugar na lista, segundo o estudo revelado pela consultora Mercer. Ainda assim, a capital portuguesa continua a ser uma das cidades menos dispendiosas para expatriados a nível global.
Hong Kong lidera a lista das cidades mais caras do planeta, destronando Luanda (Angola) para o segundo lugar do pódio. Zurique (Suíça) mantém-se no terceiro lugar no ranking, sendo assim a cidade mais cara da Europa. Também Singapura mantém o quarto lugar na tabela, enquanto Tóquio (Japão) sobe do 11.º para o quinto posto este ano.
Uma das variáveis tidas em conta neste estudo global Custo de Vida 2016 é o arrendamento e Lisboa assistiu a esse aumento de rendas, o que, apesar da desvalorização do euro face ao dólar, fez disparar o custo de vida na capital lusa. Segundo a Mercer, alugar um apartamento T2 pode custar 1500 euros em Lisboa. Já em Hong Kong o preço pode superar os seis mil euros.
“As alterações no custo de bens e serviços, em conjunto com a inflação e a volatilidade cambial, fazem com que os custos de colocação de colaboradores no estrangeiro possam, por vezes, ser superiores ou inferiores ao esperado” refere Tiago Borges, responsável ibérico da área de estudos de mercado da Mercer.
Nova Iorque a subir
No que respeita ao continente americano, a valorização do dólar levou a um aumento do custo de vida nas cidades dos Estados Unidos: Nova Iorque subiu cinco posições para o 11.º lugar e é assim a primeira cidade americana na lista das mais caras do mundo. Seguem-se São Francisco (26.º) e Los Angeles (27.º).
No extremo oposto, Windhoek (209.º lugar), na Namíbia, Cidade do Cabo (208.º), na África do Sul, e Bichkek (207.º), no Quirguistão, são as cidades mais baratas para se viver.
Criação de novas empresas aumentou em maio
Ainda assim, houve menos novas empresas criadas nos primeiros cinco meses do ano, segundo o Observatório de Negócios, Insolvências, Créditos Vencidos e Constituições.
A constituição de novas empresas aumentou 5% no passado mês de maio relativamente ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Observatório de Negócios, Insolvências, Créditos Vencidos e Constituições, divulgado pela Ignios.
A criação de novas empresas vinha a sofrer quebras nos meses de janeiro, março e abril, sendo que apenas em fevereiro foi registado crescimento, com mais 3% de novas empresas no país. Neste mês, a agricultura, caça e pesca foi o setor que mais cresceu, um aumento de 14,2% (442 empresas).
Ao todo, nos primeiros cinco meses do ano foram criadas 17.138 novas empresas, menos 4,7% do que em igual período do ano de 2015. Em média, foram constituídas 114 empresas por dia.
Segundo o Observatório, o setor de Hotelaria e Restauração foi o que verificou maior subida nos primeiros cinco meses de 2016, com 2.202 novas empresas constituídas, o equivalente a mais 4,6% face ao período homólogo do ano anterior.
Destaque para o distrito de Setúbal na criação de empresas, num total de 1087, subindo de 6,2% para 6,3% nos primeiros cinco meses de 2016, bem como para Faro (932 empresas), de 4,9% para 5,4%.
Lisboa criou 5230 empresas, aumentando o seu peso total nacional de 29,2% para 30,5%.
Insolvências também aumentaram
Ainda segundo a Ignios, registou-se em maio um aumento acumulado das insolvências, num total de 3577, mais 484 do que em igual período de 2015.
O maior aumento homólogo ocorreu no Porto, das 609 insolvências registadas no mesmo período do ano passado passou-se para as 786. Já Braga, Faro, Viana do Castelo e Horta registaram descidas nas insolvências.
A Ignios é especialista em soluções integradas e personalizadas de gestão de risco e representa a marca Kompass em Portugal, líder mundial e especialista em Informação de Marketing sobre empresas business-to-business a nível internacional.
Indicador de atividade económica negativo pela primeira vez desde 2013
Indicador de atividade económica está a cair há seis meses consecutivos, segundo o Boletim Económico de junho do Banco de Portugal.
O indicador de atividade económica voltou a cair no mês de maio, desta vez para terreno negativo (-0,1), algo que não acontecia desde agosto de 2013, segundo dados do Banco de Portugal.
Este é já o sexto mês consecutivo em que o indicador de atividade económica cai, porém, desde agosto de 2013 que não pisava terreno negativo.
Também o indicador coincidente mensal para o consumo privado desacelerou, tendência que se iniciou em fevereiro deste ano. Em maio, o indicador fixou-se nos 2.
Os dados revelados vão de encontro às previsões anteriormente feitas pelo Banco de Portugal e pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico), que preveem uma desaceleração da economia portuguesa.
Para este ano, o Banco de Portugal reviu o crescimento da economia portuguesa de 1,5% para 1,3%, abaixo dos 1,8% de crescimento estimados pelo Governo.
Câmara de Comércio Luso-Britânica assegura apoio a empresários
Secretário-geral diz que ” Brexit ” irá afetar o turismo em Portugal, mas acredita numa geração empresarial “flexível e criativa”.
Chris Barton, secretário-geral da Câmara de Comércio Luso-Britânico (CCLB), assegurou que o organismo que lidera continuará a apoiar as empresas portuguesas que queiram exportar para o Reino Unido, bem como as empresas britânicas que pretendam fazer negócio em Portugal.
O Reino Unido disse “sim” à saída da União Europeia e a CCLB admite que o Brexit “será prejudicial para o turismo português”, uma vez que “será mais caro visitar os países da Zona Euro” para os britânicos. Contudo, Chris Barton acredita que as boas relações comerciais entre os dois países irão manter-se.
“Portugal e o Reino Unido continuarão a ter fortes ligações comerciais. O nosso papel é apoiar empresas a perceberem o novo panorama de forma a poderem adaptar-se e florescer”, refere o responsável em comunicado.
Apesar de considerar que o comércio irá “sofrer” com a saída do Reino Unido da União Europeia, Chris Barton acredita em “novas oportunidades” para a economia.
“A geração empresarial de hoje tem a vantagem de ser flexível e criativa e, inevitavelmente, empresas de todas as dimensões irão encontrar formar de explorar novas oportunidades”, conclui.
Migração e alterações climáticas ameaçam economia global
Por: Denisse Sousa
O Global Risks Report, apresentado pelo World Economic Forum, define os riscos a longo médio prazo para a economia global.
A migração involuntária é o fator com mais potencial de risco sobre a economia global, seguindo-se a falha da mitigação e adaptação a alterações climáticas – incluindo grandes catástrofes naturais e escassez de água e alimentos. As conclusões surgem no Global Risks Report de 2016, relatório apresentado pelo Fórum Económico Mundial com a ajuda com Grupo Marsh & McLennan Companies.
Já na sua 11.ª edição, o relatório apresenta um retrato evolutivo sobre fatores de impacto nas economias divido em cinco setores: economia, ambiente, geopolítico, social e tecnológico. O estudo contou com a participação de 750 especialistas que partilharam as suas ideias sobre os potenciais riscos que podem ameaçar a prosperidade global e as empresas nos próximos 10 anos.
Foi pedido aos especialistas que considerassem 29 riscos globais condensados nestas cinco categorias, num horizonte de 10 anos, e que os hierarquizassem de acordo com o risco e o impacto de caso os mesmos acontecessem.
Há um crescimento notável no que toca à probabilidade e impacto da migração em larga escala. O risco inclui “migração causada não só por violência e conflitos, como os que abalam agora a Síria e o Iraque, mas também razões ambientais e económicas”.
“O fluxo migratório atingiu um nível sem precedentes na história recente. Em 2014, 59,5 milhões de pessoas foram forçadas a realojarem-se para outra parte do mundo, em comparação com os 40 milhões na Segunda Guerra Mundial.”
As preocupações ambientais são cada vez maiores, passando de algo hipotético para um risco real e com consequências graves, devido à falta de ação e prevenção dos últimos anos, acrescenta o relatório.
Segurança informática entre os maiores riscos
Na hierarquia do relatório deste ano a segurança informática aparece em 11.º lugar tanto em probabilidade como em impacto. As constantes ameaças de ataques cibernéticos, como aquele que os Estados Unidos sofreram em 2015, fazem com que seja necessário haver um reforço de segurança e melhor proteção de dados tanto das empresas e dos seus clientes, como dos seus funcionários. A não regulamentação pode ser vista como fator de risco às economias avançadas.
“O ano de 2016 marca uma separação forçada de descobertas anteriores, fazendo com que os riscos que o Relatório sublinhou na última década começassem a manifestar-se agora de forma nova e inesperada causando danos a pessoas, instituições e economias”, lê-se no documento.
Política pode influenciar investimentos
O Global Risks Report 2016 mostra também como as estruturas e medidas políticas e governamentais têm um alto impacto na maneira como as pequenas e médias empresas operam nos países. Quando as relações entre estados são harmoniosas, o mercado e o investimento são movidos por considerações económicas.
No entanto, quando há tensão em relações políticas internacionais, estas podem superar a economia – sob a forma de sanções contra adversários ou tratamento preferencial de aliados políticos.
Ainda segundo o relatório, cabe às organizações considerarem os riscos para que possam analisar verdadeiramente o impacto que estes podem ter nas suas organizações.