A economia portuguesa caiu 16,3% no segundo trimestre do ano, comparando com o mesmo período de 2019, segundo a estimativa divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Já em relação ao trimestre anterior, a quebra foi de 13,9%. O INE explica os resultados pelo contributo negativo da procura interna, tendo em conta a “expressiva contração do Consumo Privado e do Investimento”.
“O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB passou de -1,2 pontos percentuais no 1.º trimestre, para -11,9 pontos percentuais. O consumo privado e o Investimento apresentaram uma forte contração no 2.º trimestre, tendo o consumo público também diminuído em volume”, refere o INE.
A procura externa também caiu no segundo trimestre, “traduzindo a diminuição mais significativa das Exportações de Bens e Serviços que a observada nas Importações de Bens e Serviços, devido em grande medida à quase interrupção do turismo de não residentes”.
Também esta sexta-feira, o Eurostat revelou a segunda estimativa para a evolução das economias europeias no segundo trimestre.
Espanha foi o país com maior quebra no produto interno bruto (PIB), de 22,1%, seguindo-se a França (-19%) e Itália (-17,3). Logo a seguir surge Portugal.
No conjunto dos países da zona euro, o PIB caiu 15%, a maior quebra desde que há registo, desde 1995.