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Pandemia Revisão Crescimento Económico
João Leão, Ministro de Estado e das Finanças (Foto: Governo de Portugal)

Pandemia implica revisão do crescimento económico

De acordo com o ministro das Finanças, o estado atual de pandemia implica que se proceda a uma revisão do crescimento económico deste ano, depois do Instituto Nacional de Estatística ter divulgado que as Administrações Públicas apresentaram um défice de 5,7% do Produto Interno Bruto ao longo de 2020, correspondendo a 11.501,1 milhões de euros, uma variação negativa que surge depois do excedente de 2019.

Sublinhando a “resiliência admirável” de empresários, trabalhadores e famílias, o ministro das Finanças afirma que a pandemia vai implicar uma revisão do crescimento económico deste ano, mesmo tendo em conta o défice de 5,7% relativo a 2020, inferior ao inicialmente esperado pelo Governo.

Em conferência de imprensa, João Leão destaca o crescimento negativo da economia que, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, registou um défice de 5,7% do Produto Interno Bruto, depois do excedente de 0,1% verificado em 2019. 

Com um impacto mais forte e prolongado do que o inicialmente expectável, a atual situação pandémica poderá fazer com que o défice apresente uma redução menor do que o esperado, ao longo deste ano, algo que fará ainda com que os apoios excecionais à economia, empresas e saúde, implementados pelo Governo, se situem em cerca de mil milhões de euros acima do valor previsto.

Reiterando o papel do Governo na sua preparação para continuar a apoiar empresas e famílias ao longo da atual conjuntura, o ministro das Finanças aponta para que a economia apresente, atualmente, “condições para ter uma forte recuperação da crise, de forma a olhar para o futuro com mais confiança”.

Recorde-se que, de acordo com as previsões divulgadas pela Comissão Europeia no final do ano passado, o saldo orçamental negativo do PIB português situar-se-ia nos 7,3%, com o Fundo Monetário Internacional e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico a apontarem para um défice de 8,4% e 7,9%, respetivamente. Estas previsões ficaram acima do valor do défice que, de facto, foi apresentado pela economia portuguesa em 2020, que acabou por se situar nos 5,7%.