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Primeiro ministro, António Costa, assina acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade (Fonte: Pexels)

Parceiros sociais alertam que acordo de concertação social é ponto de partida 

Os parceiros sociais saudaram o acordo de concertação social com o Governo, alertando que o mesmo representa um ponto de partida em relação à imprevisibilidade dos próximos anos. Já a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), recusa-se a formalizar o acordo por considerar que as medidas previstas são “insuficientes” para resolver os problemas dos trabalhadores, reformados e pensionistas. 

Assinado neste domingo pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelos representantes da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), o acordo prevê uma melhoria a médio prazo face aos rendimentos, salários e competitividade. 

O presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, apesar de considerar as medidas insuficientes, reconhece que “a imprevisibilidade do futuro e a complexidade do conjunto obriga-nos a todos a dar um passo de cada vez e foi isso que foi feito”. Para o presidente da CAP, as negociações com o Governo permitiram um progresso, na medida em que as medidas previstas passam a abranger “todos os agricultores”. 

Já António Saraiva, presidente da CIP afirma que o acordo agora formalizado “é um ponto de partida, não é um ponto de chegada”, ao considerar que os quatro anos de vigência do acordo vão incluir quatro orçamentos do Estado. 

Para o presidente da CTP, Francisco Calheiros, o acordo é “um ponto de partida que dá alguma esperança” face às baixas expetativas no início das negociações, destacando as disparidades entre o documento inicial e o agora acordado. 

Em representação dos sindicatos, Mário Mourão, secretário-geral da UGT, afirma que “este é o acordo possível, que temos de saudar, porque nele estão introduzidas medidas que proporcionam inegáveis vantagens para os rendimentos dos trabalhadores”.