Os portos portugueses movimentaram, entre janeiro e junho, 48,6 milhões de toneladas de cargas, um valor recorde e que representa um aumento de 8,1% em relação ao mesmo período de 2016.
Segundo dados da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), os portos de Leixões, Aveiro e Sines – este último com uma quota de 52,8% das cargas – fora os que mais contribuíram para o aumento, com variações de 9%, 23,2% e 6,8%, respetivamente.
A entidade destaca, ainda, a “recuperação das quebras acumuladas dos últimos anos” no Porto de Lisboa, com um crescimento homólogo de 26,3%, o mais elevado deste período, com mais 1,22 milhões de toneladas.
A pesar na recuperação dos portos está a carga contentorizada e os produtos petrolíferos, “com variações de 18,9% e 19,4%, respetivamente, num total de mais 4,3 milhões de toneladas, tendo ainda contado com o apoio da carga Ro-Ro [“roll on-roll off” — automóveis, por exemplo] (+15,3%), carvão (+11,3%) e minérios (+14%), representando no seu conjunto cerca de 457,8 mil toneladas”.
Em sentido contrário, o petróleo bruto foi a categoria que registou a maior quebra, de 12,4%, seguindo-se a carga fracionada (-8,2%).
Quanto ao movimento de navios comerciais, houve 5.490 escalas entre janeiro e junho, o que representa “um volume recorde de arqueação bruta (GT) de 101,6 milhões, que têm subjacentes variações de, respetivamente, 2,6% e 7,4% face ao primeiro semestre de 2016”.
“O Porto de Lisboa regista um notável crescimento de 20,6% no número de escalas (mais 214 navios), apenas ultrapassada pelo porto de Portimão que, numa dimensão pouco significativa, regista um acréscimo de 63,6%, correspondente a mais 14 navios, maioritariamente de cruzeiro”, acrescenta a AMT.