Construção de “um Portugal mais digital só é possível com o envolvimento de todos”, garante o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo.
No WebMorning realizado, na passada quinta feira, pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), com o objetivo de debater uma estratégia “cloud” para a Administração Pública em Portugal, o secretário de Estado mostrou-se confiante no projeto de digitalização do país, realçando, no entanto, que o mesmo só será possível “com uma colaboração estreita entre o setor púbico e privado”.
André de Aragão Azevedo explica a estratégia em causa através de dois objetivos primordiais: definir os termos em que a Administração Pública pode recorrer a este serviço, e consolidar os moldes “em que essa avaliação poderá e deverá ocorrer”.
A estratégia de “cloud” em causa vem na sequência da posição de Portugal, abaixo da média europeia, relativamente à utilização deste tipo de serviços, pelo que o objetivo de os desenvolver passa por aumentar a eficiência da gestão de sistemas variados e por reduzir o excedente de computação na Administração Pública.
Neste sentido, o desenvolvimento da “cloud” torna-se uma questão prioritária para o Estado, uma vez que, como salienta, “a rapidez na resposta é essencial para o sucesso de serviços que sejam lançados”. O secretário de Estado destaca, ainda, a possibilidade de esta estratégia reforçar as ferramentas de cibersegurança e privacidade, bem como democratizar “o acesso a algumas tecnologias de ponta”.
A estratégia faz parte do Plano de Transição Digital do Estado e, atualmente, a adoção da “cloud” em termos de organismos da Administração Central situa-se à volta dos 33%, como afirma Teresa Girbal, vice-presidente da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (eSPap).