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Medidas inserem-se nas ambições do Pacto Ecológico Europeu. (Foto: Pixabay)

Portugal na luta por uma “economia azul”

Membros da União para o Mediterrâneo apostam em medidas de cooperação para o desenvolvimento de uma “economia azul”, com o objetivo de promover a sustentabilidade ambiental da região e combater a crise económica derivada da pandemia.

Numa declaração emitida, na passada terça-feira, pelos Estados-membros da União para o Mediterrâneo, da qual Portugal faz parte, os ministros dos países envolvidos garantem cooperar no sentido de “intensificar esforços” para desenvolver uma “economia azul sustentável no Mediterrâneo”.

A organização, na qual Portugal é representado por Ricardo Santos, ministro do Mar, compromete-se, ainda, a promover políticas e ferramentas que apoiem uma mudança global no sentido da utilização de novas tecnologias que garantam uma “economia azul circular”.

O conjunto de políticas acordadas tem como objetivo a cooperação entre os países envolvidos e passa pela aposta em novas atividades e projetos relativos à poluição marítima, às energias renováveis e ao turismo baseado na natureza.

Com a atual situação pandémica a afetar o turismo, um setor forte na região Mediterrânea, a aposta numa economia azul revela-se “crucial” para os Estados-membros, uma vez que esta região se encontra “exposta às transições climáticas, aquecendo a um ritmo 20% mais rápido do que a média mundial”, refere o comunicado.

Virginijus Sinkevicius, comissário europeu para o Ambiente, Oceanos e Pescas, sublinha que estas medidas englobam uma estratégia comum de recuperação da crise derivada da pandemia, sendo “um passo primordial para a uma gestão sustentável do Mediterrâneo e uma contribuição para as ambições do Pacto Ecológico Europeu”.

Por seu turno, Nasser Kamel, secretário-geral da União para o Mediterrâneo, congratulou as medidas anunciadas, afirmando que estas também poderão constituir “elementos importantes” relativamente à recuperação da pandemia, garantindo ao mesmo tempo que as ambições coletivas dos governos envolvidos poderão assegurar que “as atividades marítimas sejam duráveis, inovadoras e criadoras de emprego”.